A importante ressurgência de Fàbregas

Aloha, leitores do Chelsea Brasil. Estou de volta, agora semanalmente, no lugar da querida Luiza Sá e muito feliz por novamente fazer parte do time de colunistas do site. E já que é para começar bem, vamos ignorar a derrota para o Tottenham ontem (semana que vem talvez fale um pouco dela) e falar de um dos meus jogadores preferidos do elenco: Cesc Fàbregas.

Após aparecer pouco no time dos Blues nos primeiros meses da temporada, por opção tática do treinador Antonio Conte e também por lesão, Cesc Fàbregas ressurgiu em dezembro e foi fundamental para o time.

A recuperação de um jogador da qualidade técnica do espanhol é fundamental para as ambições do time da temporada, ainda que não seja titular absoluto, pois muitas partidas requerem atributos que Fàbregas não tem (em especial contra os grandes).

Titular pela primeira vez no 3-4-3 contra o Manchester City, no dia 03 de dezembro, o meio-campista emplacou seis jogos seguidos, sendo titular em quatro deles. Nos 386 minutos em que esteve em campo contra City, West Brom, Sunderland, Crystal Palace, Bournemouth e Stoke, Fàbregas anotou um gol e cinco assistências, o que significa que um gol saiu, direta ou indiretamente, de seus pés a cada 64 minutos de bola rolando.

Vale também observar a importância dos gols que passaram pelos seus pés. O gol que garantiu a vitória contra os Black Cats, assim como assistência da vitória simples contra o West Brom, sem contar as assistências decisivas (duas) na partida contra o Stoke City e em um dos gols na virada para cima do Manchester City, que levaram sua assinatura.

Esses números não podem ser ignorados, nem como a contribuição do espanhol na criação de jogadas no ataque, qualidade na saída de bola e mudança no ritmo de jogo. O 3-4-3 de Conte é característico por um futebol extremamente vertical e direto, mas com Fàbregas essas características ganham outra dimensão.

Para se ter uma ideia, a distância média dos passes dados pelo maestro nessas seis partidas foi de 20 metros. Além das cinco assistências, Fàbregas ainda criou dez chances de gol para seus companheiros.

É necessário, porém, fazer uma inquestionável ressalva. Apesar do ganho técnico que Fàbregas oferece, o espanhol compromete em outros aspectos, principalmente na força física e recomposição do meio-campo defensivo. O catalão é lento – tanto quanto Nemanja Matic – porém franzino, sendo facilmente batido pelos adversários, principalmente aqueles mais fortes ou velozes. Nas partidas que atuou, Fàbregas não falhou nas jogadas dos gols sofridos pelo Chelsea, mas fica claro que com o camisa #4 em campo, os adversários encontram mais facilidade para penetrar no meio-campo dos Blues.

Até aqui – exceto no jogo contra o Arsenal – Conte soube bem quando utilizar e quando poupar Fàbregas. Haja vista a maestria com a qual o italiano tem conduzido o time que teve 100% de aproveitamento em agosto, outubro, novembro e dezembro, acredito que Conte seguirá acertando quando deve apostar na técnica de Cesc Fàbregas.

*Estatísticas: Opta

As palavras neste texto condizem com a opinião da autora, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil.

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Article by: Chelsea Brasil

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