Após o retorno do futebol na Inglaterra, alguns jogadores parecem ter se beneficiado do tempo de “folga”. É o caso de Andreas Christensen, zagueiro do Chelsea. Antes da suspensão das competições, o dinamarquês havia perdido espaço dentro do elenco. Porém, quando os Blues liberaram seus atletas para retornarem a suas casas, o jogador pôde retornar para casa depois de muito tempo.
“Foi algo que eu não havia conseguido fazer por um tempo”, afirmou Christensen em entrevista para a Sky Sports. O dinamarquês de 24 anos se juntou ao Chelsea com apenas 15 vindo do Brondby. “Foi uma ótima folga para mim e algo muito bom”, completou o zagueiro.

Além disso, a pausa parece ter sido importante também para Frank Lampard. Assim, o técnico inglês, que testou diversas formações defensivas ao longo da temporada, parece ter encontrado em Christensen e Antonio Rudiger a sua dupla titular. Além disso, a pausa trouxe a oportunidade de uma “segunda pré-temporada” para alguns atletas. Assim, o preparo físico estava em dia na volta das atividades.
Futuro em cheque
O jogador passou duas temporadas emprestado ao Borussia Mönchengladbach e chamou atenção dos Blues. Com Antonio Conte, Christensen recebeu mais chances na equipe principal e seu futuro parecia trazer boas notícias. Entretanto, com Maurizio Sarri, o defensor foi preterido em favor de outros atletas e só iniciou oito partidas na liga. Com a chegada de Frank Lampard, a presença do dinamarquês foi garantida desde janeiro, quando descartou qualquer saída do jogador. O camisa 4 ainda tem dois anos de contrato com os Blues.

“Eu sempre só tive olhos para o Chelsea. Eu tive meu contrato e sempre esperei termina-lo. Sempre sonhei em muito mais do que isso”, afirma o atleta. “Eu nunca duvidei da minha situação e nada mudou. Obviamente foi uma situação diferente temporada passada, mas ainda amo estar aqui, é simples assim”, completa Christensen.
Competição saudável
Contudo, apesar da confiança do treinador, o jovem de 24 anos enfrenta competição dura dentro do elenco. Mas, considera que é saudável para o treinador ter opções. Rudiger, Kurt Zouma e Fikayo Tomori são os zagueiros que Lampard tem à disposição hoje. Assim, Christensen sabe que terá de superar obstáculos para conseguir tempo de jogo.
“Todos queremos jogar em todos os jogos”, disse. “O objetivo principal para todos nós é sermos campeões esta temporada e, ao mesmo tempo, queremos terminar entre os quatro primeiros. Todos os defensores jogaram uma quantidade semelhante de jogos. Isso é bom porque não importa com quem você está jogando, já que disputou muitas partidas com todos”.
Temporada até agora
Com 20 aparições até agora na temporada, o dinamarquês coleciona elogios do manager. “Eu gosto do Andreas como jogador. Costumava treinar com ele e vi o talento que surgia e quero que ele seja o melhor que ele possa ser. Você vê a altura, a capacidade física e a qualidade com a bola nos pés, particularmente suas escolhas de passe e eu quero que ele seja tudo o que ele pode ser”, afirmou Frank Lampard.
Com Rudiger fora de combate, Christensen formou uma promissora parceria com Zouma. Assim, mesmo com o surgimento de Tomori, o dinamarquês aparecia sempre como primeira escolha de Lampard, independente do sistema. Entretanto, uma lesão o tirou de campo pelo mês de outubro. Quando retornou, eram Zouma e Tomori que mantinham boa parceria. Ou seja, foi a vez do camisa 4 esperar no banco.

Um nariz quebrado contra o Manchester United e uma recorrente lesão nas costas foram mais alguns obstáculos que o dinamarquês teve que superar para ter suas oportunidades novamente. Todavia, o Chelsea não deixou de conceder gols e, antes da pausa, Christensen ainda não havia recuperado a posição.
Na volta do campeonato as atuações do zagueiro corroboram a decisão do manager. Sendo um dos melhores em campo nas duas partidas da Premier League disputadas até agora, Christensen parece ter reencontrado seu bom futebol e promete mais segurança defensiva aos torcedores.