Pré-jogo: meio campo em foco para o duelo em Elland Road

Na 3ª rodada da Premier League, o Chelsea viaja para o norte da Inglaterra para enfrentar o Leeds. A última partida dos Blues foi marcada por polêmicas de arbitragem que, no fim das contas, custaram dois pontos ao time do oeste de Londres. Mais ainda, N’Golo Kanté acabou sentindo a coxa e se tornou mais um desfalque para Thomas Tuchel no meio de campo.

Nesse sentido, a performance animadora diante do Tottenham traz boas expectativas para o duelo deste domingo (21). No entanto, ao mesmo tempo, representará um primeiro desafio para Tuchel que terá que pensar, pela primeira vez na temporada, um meio campo alternativo sem Kanté e Mateo Kovacic, que segue em processo de recuperação de uma lesão no joelho.

O quebra-cabeça do meio campo

Jorginho, ainda mais com a ausência anterior de Kovacic, é um dos titulares pela faixa central do campo. Desde o final da temporada passada e na pré-temporada de 2022/23, Tuchel deu mais espaço para o camisa 5, que em alguns momentos em 2021/22, se viu no banco de reservas. Agora, muito pouco provavelmente a condição de titular do ítalo-brasileiro será perdida.

Com Jorginho em campo, o Chelsea ganha em qualidade de trabalho de posse, sem dúvidas. Porém, acaba perdendo em intensidade, sobretudo defensiva. Além disso, o camisa 5 tem adotado uma postura mais conservadora, no sentido de preferir passes laterais a passes em profundida em direção ao terço de ataque. Com isso, surgem as críticas de que o jogo dos Blues é bastante “previsível” ou “rígido”, quando na verdade não deveria ser.

Enfim, a grande questão não é sobre Jorginho, uma vez que, sem qualquer imprevisto acontecendo, ele estará no time que começará jogando a partida em Elland Road. O olhar, então, se volta para as outras opções que Tuchel terá a sua disposição: Ruben Loftus-Cheek, Conor Gallagher e Carney Chukwuemeka.

Dentre esses nomes, Loftus-Cheek, que pode tranquilamente jogar pela faixa central, tem sido mais aproveitado como ala – inclusive, jogando nessa posição na partida contra o Tottenham. Chukwuemeka ainda está trabalhando em seu condicionamento para o nível que a Premier League demanda, mas isso não impede que tenha minutos contra o Leeds. Logo, Gallagher aparece como a opção mais segura para substituir Kanté – mesmo que traga características distintas em seu jogo.

Time que tá ganhando não se mexe?

Em tese não foi uma vitória sobre Spurs. Mas foi uma performance sólida e dominante do time de Tuchel com Reece James e Loftus-Cheek combinando pelo lado direito como zagueiro e ala respectivamente. E mais tarde no jogo contra os Spurs, já no segundo tempo, com a entrada de César Azpilicueta, James foi para a ala e Loftus-Cheek se tornou um dos meias centrais.

O camisa 12 demonstra seu potencial desde as categorias de base, mas por conta de lesões recorrentes, teve problemas para ter sequência no futebol profissional. Acima de tudo no Chelsea. Ainda assim, nos preparativos para a temporada 2021/22, ele impressionou Tuchel e conquistou seu espaço no elenco – onde se mantém até hoje.

Em um momento em que o setor de meio de campo se mostra fragilizado, no sentido de reposição, a presença de Loftus-Cheek é importante, principalmente, por sua versatilidade. O jogador em grande parte da carreira atuou como um pivô no meio do campo. Ou seja, contribuindo com a ocupação e aproveitamento de espaços, seja com passes ou corridas, quando o time tem a bola e com a retomada da posse sem a bola.

Loftus-Cheek em ação contra o Tottenham (Reprodução: Squawka/Twitter)

Porém, mais recentemente, Ruben tem atuado com alguma frequência pela ala direita. Pela faixa lateral, consegue vantagem para fazer suas jogadas de corpo bem conhecidas e escapar com a bola em velocidade, o que também é um aspecto de seu jogo bastante reconhecido. Mais ainda, com o apoio de Reece James na marcação, ele tem um pouco mais de liberdade para atuar, sabendo que tem a cobertura do camisa 24.

Mesmo assim, nada impede que RLC seja movido para faixa central e atue ao lado de Jorginho. Com isso, muito provavelmente James cairia pela ala direita e Azpilicueta atuaria pelo mesmo lado na defesa. Portanto, uma boa opção nesse cenário seria explorar a qualidade de passe e posicionamento de Jorginho e Loftus-Cheek, favorecendo aos dois a criatividade e o controle da bola e, sobretudo, a distribuição para os homens de frente ou para a descida dos alas.

Defensivamente, o Chelsea perder muito sem Kanté, principalmente por sua movimentação em campo e por suas disputas pela posse. No entanto, Tuchel tem isso em mente e com certeza fará alterações táticas para suprir os aspectos perdidos na ausência do camisa 7, até porque o francês deve ficar fora por pelo menos três semanas.

Possível estreia em Leeds

Outra das opções do treinador alemão é Carney Chukwuemeka, que chegou ao clube ainda no início do mês. Caz está participando dos treinos desde que chegou, mas ainda não recebeu uma oportunidade na Premier League. O que é justo, afinal, o ritmo dos times principais são mais corridos e mais demandantes e um jovem de 18 anos vai demandar um certo tempo de adaptação.

Inclusive, seu primeiro jogo na temporada foi na última segunda-feira (15), pela equipe de desenvolvimento na derrota por 3-0 diante do Fulham. O meia foi substituído aos 21 do segundo tempo, o que é justo uma vez que não participava de um jogo desde a final da Euro sub-19 ainda no início de julho. Além disso, apesar do placar, Chukwuemeka fez uma apresentação sólida, demonstrando o porquê de sua contratação: ocupando os espaços para receber a bola e, então, distribuir as jogadas. Além disso, demonstrou suas qualidades de movimentação, chegando bastante na área, mas também ficando mais estacionado pelo meio e recuando para apoiar a defesa quando necessário.

Chukwuemeka estreia como Blue diante da torcida (Reprodução: Mohxmmad/Twitter)

Caz faz boas atuações em um duplo pivô, mas tendo liberdade dentro do esquema tático. Enquanto Loftus-Cheek tende a se movimentar mais pela faixa onde atua, o jovem de 18 anos tem mais mobilidade no próprio setor de meio de campo em adição às suas características box-to-box e fisicalidade. Nesse sentido, sua movimentação por quase todo o campo parece mais similar à forma como Kanté se movimenta, mas, ainda assim, o aspecto defensivo ainda fica abaixo do que o esperado quando o francês está em campo.

Defensivamente, a atuação de Chukwuemeka é bem mais efetiva no terço final de campo. Como atua como um box-to-box, tem liberdade para se aproximar da área dos rivais, pressionando-os para retomar a posse de bola em áreas perigosas que geram boas oportunidades de ataque. E isso se deve à tática de duplo pivô que permite que ele possa se movimentar, enquanto o outro meia fica mais “preso” no meio de campo e dá mais suporte defensivo – o que não vai de encontro com as características de Jorginho.

Por conta do pouco tempo de jogo até aqui parece pouco provável que o camisa 30 faça sua estreia como titular em Elland Road. O que não significa que sua estreia não vá acontecer. Sem dúvidas, o cenário parece propício parar dar as primeiras oportunidades ao jovem que, de certa forma, já está habituado à rotina da equipe. Apesar de ainda precisar construir as condições para que possa jogar cada vez mais minutos e, principalmente, de tempo para se adaptar a Premier League.

A solução que parece mais óbvia

Resta um: Conor Gallagher, que brilhou no Crystal Palace de Patrick Vieira na temporada passada e, agora, busca não mais espaço, mas a titularidade na equipe de Thomas Tuchel. E com Kanté e Kovacic fora essa parece ser a maior das oportunidades do camisa 23 até aqui:

Thomas Tuchel vê Conor Gallagher como o jogador mais adequado no plantel para assumir a posição de N’Golo Kanté por conta de sua energia e habilidade de utilizar o campo. Essas podem ser semanas importantes para Gallagher”, disse o setorista do Chelsea Matt Law para o London is Blue Podcast.

Pelo Palace, jogou mais adiantado no meio de campo, como um 10 posicional. Ou seja, atuando como o maestro do time em direção ao ataque, bem como tendo sua liberdade para cair pelos lados, em especial pela direita, favorecida. No Chelsea, ainda mais sob as circunstâncias atuais, pouco provavelmente atuará nesta função. Porém, sua qualidade e suas características de jogo podem favorecer uma nova função tática para o jovem inglês.

A partida contra o Everton marcou a estreia oficial do jogador pelo time principal masculino do Chelsea (Créditos: Darren Walsh/Chelsea FC via Getty Images)

Uma grande qualidade de Gallagher é sua tomada de decisão. Enquanto Chukwuemeka ainda tem o quê desenvolver nesse sentido, duas temporadas de Premier League fizeram o atual camisa 23 dos Blues desenvolver bem esse aspecto. Desse modo, ele não apenas contribui na retenção da posse, mas também criando espaços para seus companheiros receberem a bola – o que é bastante necessário no esquema de Tuchel. Somado a isso, o meia tem uma boa seleção de passes, observando o espaço e o posicionamento de seus companheiros antes de realizar a ação.

De certa forma, suas características com a bola são parecidas com aquelas que Kanté oferece enquanto o Chelsea tem a posse. Se for possível, Conor vai partir com a bola em direção ao ataque para criar situações ofensivas, seja para si ou para seus companheiros. De forma parecida, também, tem facilidade para passar pelos espaços com movimentos rápidos que mudam a direção de sua corrida e finaliza bem da entrada da área, como por vezes o camisa 7 se aventura a fazer.

Na questão defensiva, Gallagher pressiona com intensidade contra qualquer adversário. Sua mobilidade e mudança de direção ajudam nesse aspecto, favorecendo que ele consiga a melhor aceleração e força para disputar a bola. Lógico, que ele não opera de uma forma idêntica a Kanté, mas apresenta características mais próximas às do francês, também, defensivamente. Por isso, o treinador o vê como o substituto ideal e, sem dúvidas, com a experiência que já tem na liga, a pressão será muito menor sobre seus ombros.

Janela se fechando: o balanço do meio campo até aqui

Em condições normais, com todos saudáveis e à disposição, os nomes que Tuchel tem para o meio de campo são de altíssima qualidade e, de certa forma, se complementam bem. Em adição aos nomes acima, Billy Gilmour e Ethan Ampadu, apesar do interesse de outros clubes, ainda são jogadores do Chelsea e, se for do desejo do treinador e de sua comissão, podem integrar o plantel.

De qualquer forma, um fator é evidente: pelo menos mais um meio campista precisa chegar nesta janela. Não é mais uma questão de ser um desejo do clube, mas sim uma necessidade. E não é uma necessidade só imediata, mas também para o futuro, visto que os contratos de Kanté e Jorginho vencem ao fim desta temporada.

Por mais que a renovação com os camisas 5 e 7 possa acontecer, é evidente que nenhum dos dois rende mais o que rendeu no passado e o clube vai muito além do presente. Nesse sentido, a oxigenada com Gallagher e Chukwuemeka se mostra importante, porém, não suficiente.

Loftus-Cheek também traz aspectos positivos dentro do esquema de Tuchel, entretanto, seu histórico de lesões também acende um alerta quanto à possibilidade de contar com o camisa 12 com regularidade na temporada.

Outras soluções caseiras

Sendo assim, os Blues buscaram Cesare Casadei na Inter de Milão. No entanto, o jovem de 19 anos ainda não vai ser integrado ao elenco principal, de forma que começará seus primeiros passos em Londres na equipe de desenvolvimento. Ao longo da temporada, pode ser que figure no plantel, só que para uma solução mais imediata não será possível contar com a mais nova contratação do clube.

Ainda olhando para a Academia, aparecem como opções Charlie Webster, Lewis Hall e Xavier Simons. Simons atrai interesse de clubes da EFL e pode sair por empréstimo, porém, caso permaneça em Londres, pode acabar sendo uma boa opção para Tuchel como meia defensivo, atuando como pivô de meio campo. Ou seja, sendo mais um intermediário entre defesa e meio, dando mais solidez nos dois setores. Inclusive, Simons fez sua estreia pelo time principal como ala direito, podendo ser uma opção por esse setor também, operando de uma forma um tanto similar a que Reece James opera: com liberdade para apoiar o ataque, porém, combinado à intensidade defensiva.

Webster e Hall, por outro lado, contribuiriam mais com sua movimentação ao longo do campo, combinada com sua capacidade defensiva. Webster pode contribuir dando mais intensidade ao time tanto no ataque como na defesa. Sendo um meia com liberdade para se movimentar, ele tende a exercer um papel parecido com o de Jorginho quando o time tem a posse: orquestrar a equipe. Porém, sem a bola, Webster traz uma intensidade que o camisa 5 não apresenta, sendo mais incisivo nas disputas.

Por fim, Hall que já estreou sob o comando de Tuchel como zagueiro, também pode servir ao alemão como meia. Com bom senso de posicionamento, Hall favoreceria a ocupação no setor de meio, recebendo a bola e apoiando as ações ofensivas – sobretudo com eventuais aberturas para a faixa esquerda do campo, por onde também atua. No aspecto defensivo, sua recuperação nas jogadas chama atenção. Sua inteligência e posicionamento favorecem sua leitura de jogo e permitem que ele faça desafios e interceptações importantes, sobretudo no campo de defesa.

Hall e Webster em treino junto à equipe de Tuchel na última temporada (Créditos: Chelsea FC)

A formação mais provável para enfrentar os Whites

Apesar das muitas possibilidades para além daquelas mais esperadas, o treinador dos Blues é bastante cauteloso e deve começar com aqueles que já estão em plenas condições de jogo. Por isso, na faixa central do meio campo o alemão deve entrar em campo com Jorginho e Gallagher – que inclusive entrou no lugar de Kanté após a lesão.

Assim, RLC se manteria na ala direita e, com Ben Chilwell ainda retomando sua condição física plena, é provável que Marc Cucurella comece a partida pela esquerda. Por sua vez, James começaria como zagueiro direito, dando ainda mais solidez defensiva a equipe, que perderá nesse sentido com a ausência do camisa 7.

Nesse cenário, Gallagher deve ser mais liberado para atuar se aproximando do ataque, enquanto defensivamente deve atuar mais intensamente no campo de ataque e no setor de meio, dando os primeiros combates. Enquanto Jorginho deve manter suas características de jogo. Sendo assim, o Chelsea ganharia muito em qualidade de passe e deve se aproveitar disso para marcar o quanto antes e o quanto mais for possível.

Mais uma vez: nada impede que essa possível formação inicial se transforme, seja com a saída de Jorginho ou de Gallagher. Ao que a lógica indica, a saída de um dos dois seria acompanhada da entrada de um novo defensor, possivelmente Azpilicueta ou Trevoh Chalobah, pela direita. Como consequência: Reece se torna ala e Loftus-Cheek assume uma posição mais central no meio de campo.

Sob esse novo quadro, é possível que os meias centrais fiquem mais controlados para permitir a distribuição para os alas que, por sua vez, ficariam mais livres para descer. O que não impede que os dois meias não avancem, porém, muito provavelmente esse avanço seria, em parte, condicionado ao apoio aos alas. Assim, criando situações de triangulação e abrindo espaços.

Logo, são dois cenários que podem ser explorados por Tuchel se utilizando, quem sabe, de todas as opções disponíveis ao longo dos 90 minutos. Caz também pode acabar fazendo sua estreia, talvez substituindo o próprio RLC uma vez que ele caia para a faixa central. Logo, favorecendo essa triangulação com a bola e uma eventual pressão na marcação na saída de bola dos adversários.

Falando de tática: o que esperar do Leeds

Jesse Marsch assumiu os Whites já no fim da última temporada com o objetivo de livrar o time do rebaixamento e teve sucesso nisso. Logo, o projeto para a temporada é outro e, sem dúvidas, não envolve o time brigando para escapar da queda para a Championship. No entanto, para 2022/23, o elenco do americano tem duas baixas importantes: o volante Kalvin Phillips e o ponta direita Raphinha, ex-alvo dos Blues.

Dessa forma, para esta temporada, até aqui (lembrando que a janela permanece aberta até o dia 1º de setembro), o plantel do Leeds conta com os seguintes nomes, na imagem, dispostos de acordo com suas posições no esquema que é preferido por Marsch, o 4-2-3-1:

Nesse sentido, são seis novas adições ao elenco do clube do norte da Inglaterra, com quatro desses nomes assumindo a titularidade até aqui. Em outras palavras, nas últimas duas rodadas da Premier League, Marsch entrou em campo com Meslier; Struijk, Llorente, Koch e Kristensen; Adams e Roca; Harrison, Rodrigo e Aaronson; Bamford. Levando em conta que a base se manteve nas duas últimas partidas, então, a expectativa é que esse mesmo time entre em campo no domingo.

Mais ainda, Marsch contará com boas opções no banco, notadamente, Sinisterra e Daniel James no ataque. Além de Mateusz Klich, titular na última temporada, e Lewis Bate, formado em Cobham, para o meio de campo e Stuart Dallas e Liam Cooper, duas grandes lideranças do elenco, que aparecem como opções para a defesa.

Pontos de atenção

O esquema de Marsch busca sua profundidade a partir da atuação dos laterais, sobretudo, com a triangulação que é criada com a descida do lateral para o ataque, como ilustrado abaixo:

Créditos: The Athletic

A combinação do lateral com o meia e o ponta do mesmo lado cria espaços, uma vez que a troca de passes leva à movimentação dos defensores. Assim, a própria movimentação dos pontos do triângulo é favorecida, tendo como opção a abertura da jogada para o cruzamento ou a penetração pelo centro da defesa, caso apareça o espaço.

Não apenas nas situações de combinação, mas também em roubadas de bola ou se o jogo apresentar a oportunidade, os jogadores buscam a movimentação entre os defensores para receber o passe nas costas da defesa. Com isso, saindo cara a cara com o goleiro. Por outro lado, é um aspecto que favorece o contra-ataque adversário quando o passe entre os defensores é interceptado.

Outro aspecto bem trabalhado pelo treinador americano combina ataque e defesa e consiste na pressão na saída de bola. O que acontece, portanto, é uma espécie de “cercamento” do jogador adversário que está com a posse para roubá-la próxima ao gol:

Créditos: The Athletic

Esse aspecto da pressão na marcação se dá também quando o time perde a posse nas mais diversas zonas do campo. E se faz necessária pela forma como o time joga. As descidas dos laterais abrem muitos espaços para os adversários, favorecendo eventuais contra-ataques. Por isso, a pressão pós-perda de posse se faz tão importante para evitar que os adversários saiam e cheguem ao seu terço ofensivo com facilidade.

Chaves para o Chelsea

De pronto, sendo um time que gosta de trocar passes e trabalhar a bola na defesa, é necessário ter atenção para não cair na marcação-pressão do Leeds. Nesse sentido, os meias centrais podem ser bem aproveitados a partir de seu posicionamento. Ou seja, com a marcação pressão, se a bola não for perdida, os espaços ficarão escancarados. Então, desafogar a bola para um dos meias centrais para rapidamente puxar um contra-ataque ou um ataque em velocidade, ainda mais com alas de qualidade e um trio ofensivo móvel, aparece como grande opção para superar as características do time de Marsch.

Esse é um típico jogo em que o Chelsea tem que controlar em todos os sentidos e aproveitar muito bem as chances que aparecem porque, como o último encontro em Stamford Bridge demonstrou, os Whites não largam o osso facilmente. E, agora, Marsch não tem mais a pressão e teve tempo maior para preparar e adaptar o time ao seu estilo. Portanto, a dificuldade do confronto deve ser ainda maior, uma vez que, mesmo com a saída de Raphinha, o ataque do Leeds mantém as mesmas características. Porém, com Rodrigo brilhando mais atuando pelo centro – o que é mais um fator para atenção.

Defensivamente, por fim, a linha de três defensores deve ficar bastante atenta às triangulações e a recomposição dos alas será essencial para evitar que essas situações sejam bem aproveitadas. Sem Kanté, quem quer que esteja atuando pelo centro também deverá ter atenção aos espaços, buscando ocupá-los para evitar que a triangulação tenha sucesso.

Premier League
3ª rodada

Leeds x Chelsea
Elland Road
21 de agosto – 10h (horário de Brasília)
Transmissão: Star+

Category: Conteúdos Especiais

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Article by: Nathalia Tavares