Os ‘Vira casaca’ do Chelsea: jogadores que autaram em rivais e foram bem sucedidos em Londres

Brilhar no Chelsea não é fácil, ainda mais vindo de um rival. Alguns jogadores provaram que isso é possível (Foto: Getty Images)
Brilhar no Chelsea não é fácil, ainda mais quando o atleta vestiu as cores de um clube rival. Alguns jogadores provaram que é possível ser ídolo mesmo assim (Foto: Getty Images)

Tradicional clube da cidade de Londres, o Chelsea coleciona rivalidades históricas com seus vizinhos e até mesmo com times de outras cidades, como Manchester e Liverpool. Mas alguns atletas colocaram a torcida a prova no decorrer da história dos Blues. Bem sucedidos com as camisas dos “inimigos”, certos jogadores tiveram carreiras bem sucedidas em Stamford Bridge e até conquistaram lugar na galeria de ídolos.

O especial de hoje do Chelsea Brasil separou alguns desses atletas “vira casacas”. Alguns estão no clube até hoje. A lista com os jogadores está em ordem cronológica, começando pelos anos 1960. Nos parágrafos abaixo, contamos um pouco da carreira de cada um nos Blues e por qual clube rival eles atuaram. Confiram:

Tommy Docherty (1961-1967)

Docherty tem seu nome lembrado até hoje (Foto: Getty Images)
Docherty tem seu nome lembrado até hoje (Foto: Getty Images)

O nome Docherty está gravado na história do Chelsea mais pelo período em que comandou o clube do que quando atuou pelos Blues. Antes de jogar com a camisa azul, Tommy vestiu as cores do Arsenal entre 1958 e 1961.

Bem sucedido nos Gunners, Docherty chegou ao Chelsea ainda em 61 e atuou apenas em uma temporada, entrando em campo em quatro partidas e sem anotar gols. Isso porque Tommy passou a ser jogador-treinador após a saída de Ted Drake naquele ano. Mesmo com o rebaixamento para a Segunda Divisão, Docherty marcou história. Reergueu a equipe, promovendo renovação no elenco – dando oportunidades para atletas como Terry Veneables, Bobby Tambling e Peter Bonetti – e mudando as cores do uniforme para o tradicional azul de hoje. Até 1967 ele comandou os Blues e brilhou como treinador. Em 1964-1965 a equipe de Docherty terminou a Segunda Divisão em primeiro lugar e voltou à elite.

Mark Hughes (1995-1998)

Hoje treinador, Hughes fez sucesso no ataque do Chelsea (Foto: Getty Images)
Hoje treinador, Hughes fez sucesso no ataque do Chelsea (Foto: Getty Images)

Atual treinador do Stoke City, Hughes jogou no Chelsea de 1995 a 1998. Antes disso, jogou em dois rivais dos Blues: Manchester United e Barcelona. No United viveu o ápice de sua carreira, mas em Londres também viveu alguns anos de glória.

Nos três anos em que jogou no Chelsea, Hughes teve participação crucial para a reerguida do clube como uma das potências do Campeonato Inglês. Ao lado de Gianfranco Zola, o galês viveu uma das mais bem sucedidas duplas de ataque da história do clube.

Em 1998, ajudou a equipe comandada por Gianluca Vialli a conquistar a UEFA Cup Winner’s Cup e a FA Cup. Nesta, se tornara o único jogador do século 20 a conquistar aquele troféu quatro vezes. Em 123 partidas atuadas, Hughes anotou 23 gols e cavou uma vaga na galeria de ídolos.

Jimmy Floyd Hasselbaink (2000-2004)

Hasselbaink marcou época nos anos 2000 (Foto: Getty Images)
Hasselbaink marcou época nos anos 2000 (Foto: Getty Images)

Um dos ídolos do Chelsea no começo dos anos 2000, Hasselbaink atuara no rival Leeds United entre 1997 e 1999, onde é querido pela torcida até hoje. Durante quatro temporadas nos Blues, o holandês marcou gols, conquistou títulos e escreveu seu nome na galeria de ídolos.

Figurando entre os principais goleadores do Campeonato Inglês durante as temporadas que atuou no Chelsea, Hasselbaink formou uma dupla de sucesso com Eidur Gudjohnsen. Em números, foram 188 jogos e pouco menos de 90 gols.

Frank Lampard (2001-atualmente)

Lampard é hoje um dos maiores nomes da história do clube (Foto: Getty Images).
Lampard é um dos maiores nomes da história do clube (Foto: Getty Images).

O craque e ídolo inglês é considerado um dos melhores jogadores do mundo de sua geração. Entre suas características, chutes extremamente fortes, combinado com excelente visão de Jogo. Lampard cresceu e evoluiu nas categorias de base do West Ham – na época comandado por seu tio, Harry Redknapp e auxiliado pelo seu pai, Frank Lampard Sr.

Durante sua passagem pelo clube do Upton Park, a pressão sempre foi forte com muitos questionamentos ao seu estilo de jogo: grande parte dos adeptos afirmava que ele só estava no time por ser filho e sobrinho dos comandantes da equipe. Depois de ser emprestado para o Swansea City em 1995, Lampard passou a fazer grandes temporadas pelo West Ham até despertar o interesse do Chelsea que o trouxe por 11 milhções de Libras em 2001. Participando e tendo presença incisiva em inúmeros títulos dos Blues além de ter marcado 203 gols em 536 jogos, sua identificação com a torcida londrina só aumentou.

Joe Cole (2003-2010)

Cole foi por muitos anos camisa 10 do Chelsea (Foto: Getty Images)
Cole foi por muitos anos camisa 10 do Chelsea

Também advindo das categorias de base do West Ham, o “garoto prodígio” teve um brilhante começo de carreira que o levou a seleção inglesa juvenil e depois à principal. Meia habilidoso, Cole foi apontado como o futuro maior craque do futebol inglês durante os anos 90, o que acendeu o interessante de gigantes do mundo da bola. Marcando 13 gols em 150 jogos no West Ham, Joe se transferiu para o Chelsea em 2003 e foi vital em muitas vitórias dos Blues.

Além da habilidade, Joe Cole ganhou identificação com a torcida por sua raça e entrega nos jogos do time. Antes de sair do clube em 2010 e ir pro Liverpool, Cole marcou 39 gols em 280 jogos.

Ashley Cole (2006-atualmente)

Além de polêmicas, Ashley colecina sucessos (Foto: Mike Hewitt)
Além de polêmicas, Ashley coleciona sucesso
(Foto: Mike Hewitt)

O lateral-esquerdo Ashley Cole começou sua carreira no time juvenil do Arsenal onde depois de ser emprestado ao Crystal Palace por uma temporada, subiu a equipe principal. Mostrando toda sua velocidade e destreza nos passes, Ashley conseguiu um lugar no English Team e disputou as três últimas copas do mundo.

Em 2006, o lateral não se sentia mais a vontade nos Gunners devido a brigas internas com a diretoria do clube, em virtude de salários atrasados, além de também ter se reunido secretamente em 2004 com José Mourinho, técnico do Chelsea. Segundo o próprio, sua saída do time também aconteceu por ciúmes do craque Thierry Henry que era a única estrela atraía assediado por da imprensa e torcida.

Concretizando sua chegada no Chelsea, Cole foi trocado por Gallas e passou a ser chamado pela torcida do Arsenal de “Cashley Cole” em trocadilho à palavra “Cash” (dinheiro). Aparecendo bem em 250 jogos nos Blues, o lateral ganhou atenção e carinho de muitos torcedores do Chelsea.

Juliano Belletti (2007-2010)

Em três anos. Belletti assinou pinturas (Foto: Zimbio)
Em três anos. Belletti balançou as redes adversárias com belas pinturas (Foto: Zimbio)

O polivalente brasileiro aterrissou em Londres no ano de 2007. Os Blues eram comandados por José Mourinho, Belletti trazia em sua bagagem uma vitoriosa carreira no Barcelona. No clube catalão, Belletti conquistou o Campeonato Espanhol e Copa da Espanha (duas vezes) e marcou o gol do título da Champions League de 2005-2006.

Durante as três temporadas pelas quais atuou no Chelsea, Belletti vestiu a camisa de número 35. Aos poucos foi conquistando seu espaço na equipe titular. Sua principal característica era a capacidade de atuar tanto na defesa como no meio campo, habilidade que sempre o mantinha entre as peças principais dos treinadores nos Blues.

Mas foi com seus chutes de fora da área e belos gols que Belletti esculpia um lugar no coração da torcida. Foi assim contra Wigan, Middlesbrough entre outros. As mudanças de treinadores, concorrência na lateral-direita e lesões limitaram as atuações do brasileiro, que encerrou seu ciclo em Londres com pouco mais de 50 partidas pelo Chelsea. Em três temporadas, conquistou duas Copas da Inglaterra, uma Supercopa e o Campeonato Inglês, além do vice-campeonato da Champions League em 2007-2008. Nessa competição, Belletti marcou um dos gols na disputa por pênalti.

Nicolas Anelka (2008-2012)

Anelka foi artilheiro da Premier League pelo Chelsea (ADRIAN DENNIS/AFP/Getty Images)
Anelka foi artilheiro da Premier League pelo Chelsea (ADRIAN DENNIS/AFP/Getty Images)

Apesar de ser considerado um dos andarilhos do futebol mundial (no total, passou por 12 clubes), o francês Nicolas Anelka jogou bem e fez números expressivos no Chelsea. No total, foram 58 gols em 176 jogos. Formado nas categorias de base do Paris Saint-Germain, Anelka foi descoberto pelo técnico do Arsenal Arsène Wenger que o trouxe pra Londres por 750 mil Euros.

Depois de atuar em outros clubes – inclusive o Liverpool – , o francês chegou aos Blues em 2008 e triunfou sob o comando de Luiz Felipe Scolari e posteriormente, Guus Hiddink. Depois de se tornar artilheiro da Premier League em sua segunda temporada. Com isso, Anelka ganhou popularidade e apego dos torcedores. Antes disso, acabou marcado por ter sido um dos responsáveis da derrota do Chelsea na final da Champions League onde acabou desperdiçando um pênalti decisivo, dando assim a vitória ao rival de Manchester, o United. Em 2011, acabou assinando sua transferência para o Shanghaï Shenhua, da China.

E ai leitores, para vocês quem foi o ‘vira casaca’ mais bem sucedido de todos? Eles fizeram um bom negócio em deixar os rivais e atuarem no Chelsea? Até a próxima!

Produzido por: Kris de Lima e Maria Akemi

Category: Conteúdos Especiais

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Article by: Chelsea Brasil

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