Os ídolos e as camisas: os números utilizados pelas lendas do Chelsea

Apenas um gênio vestiu a 25 do Chelsea (Foto: site oficial)
Apenas um gênio vestiu a 25 do Chelsea (Foto: site oficial)

A galeria de ídolos do Chelsea é repleta de grandes nomes. Mas no especial de hoje, não falaremos da história de nenhum deles especificamente. A equipe do Chelsea Brasil preparou algo diferente com as lendas dos Blues.

A numeração da camisa para alguns é escolhida por superstição, por influência de alguém na família ou amigos e até mesmo porque lhe foi dada. E na matéria de hoje, listamos alguns dos números mais míticos da história do futebol e quem carregou a “responsa nas costas”.

Confiram:

Camisa #1 – O número do “paredão”

A camisa 1 é reservada aos jogadores de uma posição ingrata para alguns e já passou pelas mãos de brilhantes goleiros no Chelsea. O atual representante dela – Petr Cech – é um clássico exemplo que o número também representa a importância do jogador para a equipe.

Petr Cech, se transferiu para os Blues em 2004, saindo do time francês do Rennes. Chegando apenas para ser um “mero reserva” do goleiro Carlo Cudicini, Cech mostrou estrela quando teve que entrar em ação. Ganhou a titularidade da posição ainda na sua primeira temporada e ficou quase 1030 minutos sem sofrer gol. Conquistando inúmeros títulos com a camisa do Chelsea, Cech passou por um momento delicado na sua carreira, quando sofreu uma fratura craniana que quase custou sua vida. Recuperado, passou a usar um capacete especial que hoje é sua marca registrada.

Antes de Petr Cech, outro Peter foi o cara da 1 (Foto: site oficial)
Antes de Petr Cech, outro Peter foi o cara da 1 (Foto: site oficial)

Voltando ao começo dos anos 70, encontramos outro grande mártir da camisa 1. Peter Phillip Bonetti fez 105 jogos com a camisa do time inglês e foi muito importante em títulos como a FA Cup e a Recopa Europeia. Bonetti jogou também na seleção inglesa, onde substituiu outro grande ídolo das traves, Gordon Banks, na Copa de 1970 contra a Alemanha Ocidental.

Ed de Goey também tem seu nome marcado nas metas do Stamford Bridge. O holandês chegou em 1997 e se transferiu para o Stoke City em 2003, clube onde se aposentou. No Chelsea, participou das conquistas da Copa da Liga, Recopa Europeia e a Copa da Inglaterra, em 2000. Curiosamente, de Goey perdeu a titularidade na seleção holandesa para o jovem Edwin Van Der Sar, ídolo no rival Manchester United .

Camisa 8 – O cérebro do time

Antes de Lampard, Poyet era o dono da 8 (Foto: Getty Images)
Antes de Lampard, Poyet era o dono da 8 (Foto: Getty Images)

A camisa 8 do Chelsea também sempre teve uma importância significativa para a história do clube inglês. Gustavo “Gus” Poyet não teve um começo agradável nos Blues. O uruguaio chegado do Zaragoza, sofreu uma grave lesão nos ligamentos do joelho, ficando longe dos gramados por vários meses. Mesmo assim, ele deu a volta por cima e retornou a tempo da conquista da segunda Recopa Europeia de sua carreira e ainda terminara aquela temporada como segundo maior artilheiro do Chelsea. No total, foram 36 gols em 105 jogos.

Outro grande jogador que brilhou carregando esse número nas costas foi um certo garoto de ouro. Nos tempos áureos do futebol, aproximadamente na década de 1950, surgia para o mundo do futebol o garoto Bobby Tambling.

Advindo das categorias de base do Havant Town FC, Tambling passou dois anos no time juvenil dos Blues até ser promovido para o elenco principal. Por 47 anos, Bobby foi o maior artilheiro da história do Chelsea, com 202 gols em todas competições que disputou. Tambling passou quase 10 anos usando a “8” (e também a “10”) em Stamford Bridge, completando assim 302 aparições.

Tambling construiu recordes com a 8 (Foto: site oficial)
Tambling construiu recordes com a 8 (Foto: site oficial)

O recorde, que antes pertencia ao garoto Bobby, foi quebrado justamente por outro mito da camisa 8 e ídolo da torcida inglesa. Frank Lampard, um dos melhores jogadores do futebol mundial de sua geração, hoje faz parte da história do clube, sendo venerado no mundo todo.

Lampard começou sua carreira no West Ham United, passando pelas categorias juvenis do English Team, e chegou ao Chelsea em 2001. Ajudando o time a se tornar bicampeão inglês, bicampeão da Copa da Liga Inglesa e ser semifinalista da Liga dos Campeões da UEFA por três vezes, ele acabou ficando com o segundo lugar na eleição da FIFA para Melhor Jogador do Mundo sendo superado apenas por Ronaldinho Gaúcho.

O futuro de Lampard – assim como o de Ashley Cole e John Terry – é incerto. Muitos apontam a saída do trio como praticamente certa, mas há uns anos existe uma “campanha” para que sua camisa seja aposentada. Boato ou não, fazer isso não seria nenhuma loucura. Pelo contrário, os números evidenciam que o meia inglês foi “o cara” da camisa 8 em toda a história do clube.

Camisa 9 – O homem gol

Vialli já teve a responsabilidade de usar a #9 (Foto: Getty Images)
Vialli já teve a responsabilidade de usar a #9 (Foto: Getty Images)

A camisa de número 9 é comumente conhecida como a do homem gol, o artilheiro matador de qualquer equipe. No Chelsea, grandes nomes já vestiram essa numeração – hoje, utilizada por Fernando Torres. Desde a fundação do maior de Londres, o número 9 foi utilizado por ídolos do clube, como Roy Bentley, Ian Hutchinson, Gianluca Vialli e Peter Osgood.

Falecido em 2006, Ossie marcou 150 gols em mais de 250 partidas no Chelsea. Ídolo criado nas bases dos Blues, também representou o English Team nos anos 1970. Osgood fez parte do elenco campeão da FA Cup de 70, Copa da Liga em 65 e Copa dos Campeões em 71. Nessa competição, o camisa 9 mostrou seu faro de gol e balançou as redes nas duas partidas contra o Real Madrid.

Osgood é um dos maiores artilheiros do Chelsea (Foto: Getty Images)
Osgood é um dos maiores artilheiros do Chelsea (Foto: Getty Images)

Assim como Ossie, Roy Bentley também vestiu a 9 e marcou 150 gols pelo Chelsea. Atacante nato, Bentley tinha no cabeceio e chute forte suas maiores armas, o que lhe tornava um centroavante perigoso para os adversários.

Entre os nomes citados por nós, Ian Hutchinson é talvez o jogador mais “sortudo de todos”. Seu principal atributo: cabeceio. Fora isso, ele se destacava por raça em campo. Tanto é, que mais passou seus anos no Chelsea lesionado por algum osso quebrado – seja da perna ou braço. O ponto alto de Hutch nos Blues foi a final da FA Cup de 1970. Até os 85 minutos, o Leeds United vencia o jogo, até que Hutchinson igualou o placar e levou o jogo para o replay – vencido pelos Blues de forma dramática, na prorrogação.

Ídolo mais recente, Gianluca Vialli tem história para contar. Supercampeão na Itália, Vialli repetiu a carreira campeã em Londres. Seja como jogador-treinador, ele levantou os canecos da Copa da Inglaterra, Copa da Liga, Supercopa da UEFA e Copa dos Campeões da UEFA.

Membro da lendária equipe formada por Giafranco Zola, Dan Pretescu, Roberto Di Matteo, Didier Deschamps, Gus Poyet, Dennis Wise, Eddie Newton e Ed de Goey. Ao todo, foram cinco títulos em pouco mais de três anos no Chelsea.

Camisa 10 – O número do craque

Cooke (esq) foi o 10 do Chelsea no século passado (Foto: site oficial)
Cooke (esq) foi o 10 do Chelsea no século passado (Foto: site oficial)

A camisa 10 por si só já se caracteriza por seu charme e peso todo especial. Usar o mesmo número que jogadores como Zico, Pelé, Maradona, Zidane, Puskas e Gheorghe Hagi é mais que prestígio, é uma imensa responsabilidade.

No Chelsea, o escocês Charles Cooke foi um dos que honraram a “pesada” camisa 10 do Chelsea. Passando pelos times do Aberdeen United e Dundee, Charlie teve duas passagens pelos Blues. A primeira foi de 1966 a 1972 onde fazendo parte do time que contava com Peter Bonetti, Peter Osgood, Alan Hudson e Ian Hutchinson, Cooke fez 15 gols em todas competições disputadas. Após deixar os Blues definitivamente, se aventurou pelas terras norte-americanas onde jogou pelo Los Angeles Aztecs, Memphis Rogues entre outros até se aposentar no Dallas Sidekicks.

Camisa 10
Camisa 10

O garoto prodígio Joseph “Joe” John Cole foi outro que soube aproveitar bem o garbo e elegância dessa camisa. Advindo da ótima base do West Ham, Cole fez 39 jogos nos seus 280 jogos com os Blues. Entre belos gols e jogadas, o inglês ajudou os Blues a conquistar três campeonatos inglês, três copas da Inglaterra, duas copas da Liga Inglesa e duas supercopas da Inglaterra.

Em títulos individuais, Cole também ganhou prêmios como Jogador do Mês, em março de 2005, na Premier League, PFA da Equipe do ano em 2006, e Jogador do Ano no Chelsea, em 2008. Com isso, Joe Cole tem um lugar cativo no coração dos torcedores em Stamford e no mundo todo.

O último jogador a utilizar esse número foi o espanhol Juan Mata, até ser negociado com o Manchester United na atual temporada.

Camisa 25 – A lenda

Falar nos números das camisas utilizadas pelos grandes ídolos do Chelsea requer a citação do #25. O mítico número usado por ninguém menos que o gênio e mito Gianfranco Zola.

O número 25 foi visto em campo entre 1993 e 2006. Nesse tempo, Zola conquistou seis títulos, incluindo os europeus com Vialli, tendo inclusive marcado o gol da vitória contra o Stuttgart na Copa dos Campeões. Apesar de ser atacante, os números de Zola não chegam perto aos de Bentley e Osgood.

Mas a contribuição do italiano é inesquecível. Ele fez parte da geração que recolocou os Blues no topo da Inglaterra e mostrou para a Europa que Londres é azul.

Sem contar as inúmeras partidas magistrais, com belíssimos gols e jogadas espetaculares. Não por menos, Zola foi considerado o Melhor Jogador da História do clube, em 2003. O carinho da torcida por Zola é imensurável, o canto de “Gianfranco Zola la la la” na despedida do italiano de Stamford Bridge arrepia qualquer um que vê o vídeo abaixo:

Camisa 26 – O capitão

Terry em sua primeira temporada como profissional no Chelsea
Terry em sua primeira temporada como profissional no Chelsea

Encerrando nossa jornada pelos números utilizados pelos jogadores do Chelsea, terminamos no capitão da atualidade. John Terry cresceu nas categorias de base do Chelsea, se tornou profissional no clube e é hoje, o capitão mais vitorioso na história dos Blues.

Já como profissional no Chelsea, o garoto Terry recebeu a camisa com número 26 para atuar em sua primeira temporada no clube. Desde então, o capitão mantém esse número. O principal motivo para isso, segundo o jogador, é não ter que trocar o número da sua camisa, já que isso faria com que os seus fãs fossem obrigados a trocá-lo também.
Independente do número que carregar nas costas, Terry é capitão, ídolo e lenda viva no Chelsea.

Ao lado de Frank Lampard, levantou os canecos da FA Cup, Premier League, Copa da Liga e a tão sonhada e esperada Champions League, em 2012.

Por trás de um grande ídolo, há um número. E o Chelsea tem sorte de ter tantos jogadores como esses citados, atuando com o manto azul. Eles são nosso passado e presente, inspiração para os novos talentos e futuras lendas de Stamford Bridge.

Produzido por: Kris de Lima e Maria Akemi

Category: Conteúdos Especiais

Tags:

Article by: Chelsea Brasil

Somos o Chelsea Brasil, marca oficialmente reconhecida pelo Chelsea no Brasil e especializado em conteúdos e na comunidade de torcedores do Chelsea no Brasil.