Quando o assunto é o Mundial de Clubes, só se fala na final entre Chelsea e Corinthians. Essa partida vai acontecer no próximo domingo após o clube brasileiro ter batido o Al Ahly pelo placar mínimo, na quarta-feira, e após os Blues vencerem o Monterrey.
Ao contrário do que pensavam, os comandados de Tite não tiveram facilidade diante do Al Ahly. Pelo contrário. No fim do segundo tempo, o timão recuou e sofreu pressão. Se o time egípcio fosse melhor técnica e taticamente, o empate e quiçá a virada, poderiam ter acontecido. Sem meias palavras, foi uma fraca atuação do campeão da Libertadores.
O Corinthians entrou em campo com a formação que terminou e foi preparada ao longo do ano para esta competição. Foi à campo no 4-2-3-1 que variava para um 4-1-4-1 com as chegadas de Paulinho ao ataque e até para um 4-2-2-2, quando Douglas e Danilo voltavam deixando Sheik e Guerrero na frente.
O time brasileiro jogou bem no primeiro tempo, fez valer a superioridade técnica; pressionou a saída de bola dos egípcios, usou jogadas de toque de bola em velocidade e abusou dos cruzamentos buscando Danilo e o peruano autor do gol, Guerrero.
Foi um jogo fraco do Corinthians, porém, contra o Chelsea é outra história. O time do Parque São Jorge deixou pontos positivos à vista que os comandados de Rafa Benítez podem aproveitar, mas também há pontos que deve-se ter cuidado para conseguir voltar com a taça pra Londres.
Pontos Positivos para o Chelsea:
Defesa lenta – Chicão e Paulo André são lentos e costumam ter dificuldade contra atacantes rápidos e às vezes se atrapalham na linha de impedimento. Chance boa para Fernando Torres.
Laterais – Alessandro e Fábio Santos também são lentos, Fábio menos, pois dá mais suporte ao ataque. O trio de ataque deve aproveitar as brechas deixadas.
Bola parada defensiva – O bando de loucos tem poucas peças na bola alta e não são de tão boa estatura. David Luiz, Cahill, Ivanovic e cia podem tirar proveito disso.
Pontos perigosos:
Inteligência tática – O selecionado de Tite tem uma noção tática incrível. Atacantes que recompõe bem o meio de campo, volante que chega ao ataque. Se não controlar isso, pode complicar.
Marcação pressão – Ao contrário do que pensam o Corinthians é um time bem ofensivo, pressiona a saída de bola adversária com 5, 6 jogadores. Isso pode ser um problema.
Elemento Surpresa – Além de dar proteção à defesa, Ralf e Paulinho se aventuram bem ao ataque. O segundo foi artilheiro do time na temporada. Olho nele!
Bola aérea ofensiva – Danilo, Guerrero e Paulo André. As jogadas costumam buscar esses três.
Conclusão
Tite ainda pensa em trocar o armador Douglas por Romarinho/Martínez, usando um esquema com dois pontas mais rápidos, ou colocar Edenílson no meio-campo, para marcar o trio de meias do Chelsea e dar liberdade maior para Paulinho, grande destaque corintiano, que ficou preso na marcação na primeira partida das semi-finais.
Time por time, o Chelsea leva vantagem, ainda mais se pensarmos na velocidade do trio Oscar-Mata-Hazard para cima da lenta, porém bem postada defesa corintiana. Mas os Blues sofrem com a inconstância de seu sistema defensivo, que costuma preocupar em jogadas aéreas – e o Corinthians sabe tirar proveito disso.
Para conquistar o título, o Chelsea deve evitar cair em provocação, e manter o padrão tático que funcionou na temporada passada. Os Blues estão acostumado com a marcação adversária sob pressão, ponto mais forte do rival, mas não podem achar que o jogo será fácil. Basta lembrar que, para o Corinthians, 1 a 0 é goleada.