O passado do Chelsea nas Copas do Mundo – Parte 3

A Copa de 98 foi bastante interessante de um ponto de vista Blue (ou seria Bleu?)
A Copa de 98 foi bastante interessante de um ponto de vista Blue (ou seria Bleu?)

A natureza cosmopolitana do nosso time no fim da década de 90 implicou na participação de dez jogadores do Chelsea na Copa de ’98, representando a considerável quantia de nove países. Além disso, foi nesta edição que vimos pela primeira vez um Blue balançar as redes de uma Copa do Mundo e também a vencer o Mundial.

Parecia que todos os dias jogadores do Chelsea estavam em campo – e no início do evento isto foi verdade. No primeiro dia da competição, vimos Tore Andre Flo liderar a Noruega no empate por 2-2 contra Marrocos; Roberto Di Matteo participou do empate pelo mesmo placar contra o Chile no segundo dia.

No terceiro dia pudemos ver duas recentes aquisições dos Blues em campo: Marcel Desailly e Brian Laudrup se transferiram para o Chelsea antes da bola rolar na França, e ambos fizeram campanhas impressionantes no evento – Desailly foi vital para a conquista do título, enquanto Laudrup marcou dois gols que ajudaram a Dinarmarca a chegar nas quartas de final.

Celestine Babayaro, da Nigéria, e Frank Sinclair, da Jamaica, começaram o torneio nos dias a seguir, antes de um grupo com mais dois defensores do Chelsea estrearem com vitórias para a Romênia de Dan Petrescu e a Inglaterra de Graeme Le Saux, contra a Colômbia e a Tunísia, respectivamente.

Foi no encontro entre as Seleções de Petrescu e Le Saux, inclusive, que o primeiro se consagrou como primeiro jogador do Chelsea a marcar numa Copa do Mundo, desempatando a partida em favor da Romênia no último minuto. Ambas as Seleções passaram da fase de grupos, para logo ver as suas eliminações nas oitavas-de-final: a Romênia caiu para a Croácia, enquanto a Inglaterra foi eliminada pela Argentina.

Petrescu foi o primeiro jogador do Chelsea a marcar em Copas do Mundo
Petrescu foi o primeiro jogador do Chelsea a marcar em Copas do Mundo

Babayaro foi outro Blue que se despediu da Copa de 98 nas oitavas, apesar de a Nigéria ter ficado em primeiro de um grupo que continha a Espanha de Albert Ferrer, outro jogador que assinou com o Chelsea pouco antes do Mundial. A Nigéria de Baba foi atropelada pela Dinamarca de Laudrup, com direito a um gol e uma bola na trave do craque. Esta vitória, porém, não foi vivida por muito tempo, com a eliminação da Dinamarca pelo Brasil na fase seguinte, porém não antes de Laudrup marcar mais um gol e mais uma assistência.

Falando no Brasil, os campeões à época tiveram uma surpresa desagradável no fim da fase de grupos, algo que se deveu em grande parte a Tore Andre Flo, que marcou um gol e ganhou um pênalti aos 88 minutos, selando a vitória contra a Seleção Canarinho, permitindo a Noruega (cujo capitão era Frode Grodas, ex-Blue) avançar de fase, para em sequência ser eliminada por uma Itália sem Di Matteo pelo placar mínimo.

A Noruega de Tore Andre Flo surpreendeu o Brasil, com brilhante atuação do jogador Blue
A Noruega de Tore Andre Flo surpreendeu o Brasil, com brilhante atuação do jogador Blue

A Jamaica de Frank Sinclair era tida por muitos como a zebra da Copa de 98, mas na sua estreia em mundiais conseguiram uma vitória por 2-1 contra o Japão, se saindo, então, tão bem quanto ou melhor que Seleções como Estados Unidos, Camarões, Bélgica, Colômbia, e o próprio Japão.

No fim das contas, jogando em casa, o Mundial era da França. Avançando por marcar gols cruciais em momentos críticos, com Desailly na defesa, a França concedeu apenas dois gols na competição, sendo um deles um pênalti. Frank Lebeouf  jogou na fase de grupos contra a Dinamarca, mas foi a expulsão de Laurent Blanc nas semi-finais (quando imediatamente entrou) que o concedeu a titularidade na final da Copa em Paris e o permitiu, numa exibição brilhante, ao lado de Desailly, anular o perigo imposto pelo maior atacante do mundo à época, Ronaldo.

Lebeouf anula Ronaldo na final para se sagrar campeão do mundo
Lebeouf anula Ronaldo na final para se sagrar campeão do mundo

Zinedine Zidane marcou dois gols em cabeçadas precisas, que, junto ao gol de Emmanuel Petit, um futuro Blue, levaram a França, capitaneada por Didier Deschamps, outro jogador que futuramente vestiu a camisa do Chelsea, à conquista de uma taça que foi levantada por dois jogadores do time azul de Londres.

2002

A primeira Copa do Mundo na Ásia, sediada no Japão e na Coreia do Sul, foi muito menos memorável que a antecessora, pelo menos aos olhos do Chelsea. Somente Jesper Gronkjaer, que jogou em todas as quatro partidas da Dinamarca, passou da fase de grupos – apenas para ser confortavelmente batida pela Inglaterra nas oitavas-de-final.

Gronkjaer foi o jogador do Chelsea que chegou mais longe na Copa de 2002: oitavas-de-final
Gronkjaer foi o jogador do Chelsea que chegou mais longe na Copa de 2002: oitavas-de-final

Como a Holanda não estava no torneio, não tínhamos Jimmy Floyd Hasselbaink, Mario Melchiot, ou Boudewijn Zenden; Gianfranco Zola e Carlo Cudicini não compuseram a Seleção Italiana, enquanto a Inglaterra de Sven Goran-Eriksson não tinha espaço para Graeme Le Saux ou o emergente John Terry.

Marcel Desailly e Emmanuel Petit foram convocados pela França, mas os atuais campeões foram eliminados na fase de grupos sem marcar sequer um gol.

Celestine Babayaro participou da sua segunda Copa do Mundo pela Nigéria, jogando na lateral esquerda na derrota para a Argentina, e no meio-de-campo na derrota para a Suécia. Foi um substituto não utilizado no empate sem gols contra a Inglaterra, encerrando a campanha das Super Águias em terras orientais.

Mario Stanic, jogador em tempo integral na campanha da Croácia que atingiu as semi-finais da Copa anterior, nada mais foi que um coadjuvante na campanha de 2002. Ele entrou como substituto nas derrotas contra Mexico e Equador, na não convencional posição de atacante central, onde não conseguiu reverter as desvantagens nos placares.

Category: Conteúdos Especiais

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Article by: Chelsea Brasil

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