Guia da Temporada dos Meias

O Chelsea na temporada 2021/2022: Meias

O Chelsea Brasil dá sequência ao Guia da Temporada 2021/22. Hoje, Jéssica Frota e Maria Akemi apresentam os Meias. Vale lembrar que até o final da semana, diariamente nossos colaboradores discutirão o elenco e considerações sobre o plantel de Thomas Tuchel.

Em primeiro lugar, é importante destacar que o meio-campo do Chelsea é um setor com muitas opções. São várias peças na marcação. Por outro lado, também há bons nomes na criação. De pronto, iniciaremos essa parte do guia abordando os meias defensivos.

As opções na marcação

Três nomes despontam entre as principais peças do alemão: Jorginho, Mateo Kovacic e N’Golo Kante. O trio se alternou na titularidade em 2020/2021. Curiosamente, os titulares da reta final tiveram uma temporada de altos e baixos.

Desta forma, Jorginho oscilou sob o comando de Frank Lampard e se reencontrou com Tuchel. Kante, que foi marcado por lesões se recuperou e voltou a demonstrar a qualidade de sempre. Quem correu por fora foi Kovacic, que também ficou um bom tempo no Departamento Médico.

meias do chelsea são importantes
Jorginho e Kante devem permanecer na titularidade (Foto: Getty)

Em síntese, no desenho apresentado na reta final de 20-21, Jorginho e Kante despontam como titulares absolutos no meio-campo de Tuchel. Ou seja, Kovacic seria o reserva imediato. Ademais, o croata tem qualidade no passe e marcação, que o credenciam para brigar pela titularidade.

Setor inchado por emprestados retornando

Todavia, apesar de três peças praticamente certas no plantel, Tuchel tem se mostrado disposto a recuperar Ruben Loftus-Cheek. Tanto que o inglês – que estava emprestado – ganhou espaço na pré-temporada. E o meia pode agregar um estilo diferente dos companheiros marcadores.

Quem também esteve afastado de Londres na última temporada e retorna por empréstimo é Danny Drinkwater. Com características de um meia mais centralizado, que também atua como marcador, o inglês é experiente e foi campeão no Leicester City justamente ao lado de Kante.

Entretanto, nunca conseguiu se firmar nos Blues. Pelo contrário. Desde que trocou os Foxes pelos Blues, Drinkwater viveu uma onda de empréstimos. Agora, resta saber o que Tuchel fará com ele. Especialmente porque o meia não é tão jovem e não apresenta indícios de evolução técnica.

Ruben Loftus-Cheek foi emprestado ao Fulham para a temporada 2020/21. (Chelsea FC / Website)
Seria a temporada da recuperação de Loftus-Cheek? (Foto: Chelsea FC/Website)

Um nome já bem distante…

Em síntese, Tiemoué Bakayoko também está no elenco. O atleta treinou sob o comando de Tuchel na pré-temporada. Contudo, é pouco provável que permaneça no clube. Assim como Drinkwater, Bakayoko chegou com boas expectativas e não demonstrou resultados.

O francês, inclusive, é sondado pelo Milan. Por conseguinte, a expectativa é de uma nova saída. Resta saber se em definitivo ou novamente por empréstimo. Em conclusão, o elenco do Chelsea se mostra “inchado” no meio-campo. Porém, poucos nomes devem ficar. De certo, Jorginho, Kante e Kovacic serão utilizados por Tuchel. Aos demais, resta brigar por espaço e até mesmo pela permanência no clube.

As peças ofensivas: dupla de jovens deve comandar a criação de jogadas

Se na marcação são vários nomes disponíveis, a situação é um pouco mais escassa na criação. Em resumo, Tuchel pode não ter quantidade. Porém, conta com qualidade. Isso porque na parte ofensiva do meio estão duas peças preciosas: Mason Mount e Kai Havertz.

Mount foi eleito o Jogador da Temporada, justamente por ser o trunfo do time. Já Havertz é reconhecido como talento geracional. Tanto que chegou ao Chelsea com o rótulo de segundo jogador mais caro da história do clube. Após a temporada 2020/2021, entre os torcedores, não há dúvidas de que tamanho investimento foi justificado.

Na Premier League os números podem ter sido discretos. Em síntese foram quatro gols três assistências. Isso passa longe dos 36 gols e 25 assistências em 118 jogos na Bundesliga. Apesar disso, Havertz mostrou lampejos de genialidade e foi peça de indiscutível importância para que os blues alcançassem seus objetivos.

Kai Havertz tenta sair da marcação do atleta do Crystal Palace.
Havertz foi discreto na Premier League, mas essencial na temporada blue (Foto: Chelsea FC/Website)

As qualidades de Havertz para fortalecer o meio

Durante a sua primeira temporada pelo Chelsea, talvez a maior marca do alemão tenha sido sua versatilidade. Embora se possa defender que sua melhor posição seja pelo centro do campo, ditando o jogo e criando oportunidades para os atacantes, apenas em oportunidades pontuais o vimos desempenhando esse papel (por exemplo, no empate de 3 a 3 com o West Brom no início da temporada).

Isso foi consequência da ausência de um goleador clínico e consistente. Tanto que Frank Lampard e, posteriormente, Tuchel buscaram alternativas táticas. Em resumo, a resposta estava em Havertz. O alemão cumpriu diferentes funções em campo. Desta forma, ele variou de ponta-direita, centroavante e a segundo atacante.

Assim sendo, a dinamicidade e a maleabilidade no seu estilo de jogo encontraram o ápice com o gol marcado na final da Liga dos Campeões contra o Manchester City. Entretanto, com iminente chegada de Romelu Lukaku o grande questionamento para Tuchel é como utilizar Havertz. Seja como for, uma coisa é certa: o alemão é nome obrigatório na escalação titular.

Mount chega consolidado para nova temporada

Queridinho da torcida por sua ligação com a base e pelo papel que desempenhou na temporada de estreia de Frank Lampard como treinador dos blues, a temporada 2020/2021 revelou uma versão mais madura de Mount. Em resumo, pela primeira vez em sua carreira a nível profissional, o inglês teve que lidar com a mudança de treinador, perdendo temporariamente a posição de titular com a chegada de Tuchel.

Mount chega com moral após ser eleito Jogador do Ano do Chelsea (Foto: Darren Walsh/Chelsea FC)

Todavia, não demorou muito para que conquistasse novamente a titularidade através de suas atuações consistentes em campo. Diligente em seu trabalho defensivo, sua boa antecipação e leitura de jogo fazem com que ele seja peça fundamental em um sistema que busca recuperar a posse de bola ainda na área de defesa adversária.

Muito além da obediência tática, ao lado de Havertz, Mount oferece uma segunda válvula de criatividade. Apesar de não ser um criador puro ou um 10 tradicional, a forma como ele usa o movimento dos adversários para encontrar lacunas na linha de defesa de oposição e, consequentemente, possibilitar a progressão dos seus companheiros no campo é extremante inteligente. Disso resultou a assistência ao gol que deu ao Chelsea o título de campeão europeu.

Nomes com pouco espaço

Por fim, após destacarmos os prováveis nomes titulares na criação, alguns jovens não devem ganhar espaço com Tuchel. Tino Anjorin é um deles. Apesar de vir impressionando o treinador desde a temporada passada, há pouca probabilidade de sua permanência.

Da base, Anjorin atua bastante pelo lado esquerdo do campo, é forte fisicamente e segundo Tuchel “marca muitos gols e assistências durante o treinamento”. Infelizmente, o inglês-nigeriano contraiu Covid-19 durante a pré-temporada. Ademais, ficou afastado dos treinos e perdeu amistosos que seriam essenciais para uma avaliação a nível de elenco.

Mais uma vez, caberá ao Tuchel e a seus auxiliares decidir se contarão com o jovem promissor para a nova temporada. Na mesma situação está Lewis Baker. Com o final de seu empréstimo ao Trabzonspor, e após passagens pelo F. Düsseldorf da Alemanha e pelo Reading da Inglaterra, Baker voltou aos quadros do Chelsea. No entanto, a expectativa é que o jogador volte a ser emprestado para a nova temporada.

Na outra ponta da balança está um outro atleta que voltou de empréstimo. Atual dono da camisa 8, Ross Barkley esteve emprestado ao Aston Villa. Em resumo, foi para um clube menor para jogar mais. E retorna como opção ofensiva no meio. No Villa, Barkley teve um bom desempenho: marcou gols e deu assistências. Resta saber se o “herdeiro da camisa de Lampard” terá chances com Tuchel.

Category: Conteúdos Especiais

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Article by: Chelsea Brasil

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