Especial: O mapa da mina para enfrentar o Southampton

(Foto: Getty Images)
Southampton vem fazendo boa temporada em 2014/15 (Foto: Getty Images)

Desmanchado e reconstruído em 2014, o Southampton faz outra boa campanha na Premier League. Era vice-líder da competição até enfrentar Manchester City, Arsenal e Manchester United em sequência e perder as três partidas. A fase ruim ruim continuou com o revés frente ao Burnley, que resultou na queda para a quinta colocação. Com Arsenal e Tottenham se aproximando, os Saints precisam de recuperação durante a maratona de jogos na virada do ano e deve ser um adversário duro para o Chelsea, no St. Marys Stadium, no próximo domingo (28).

O surpreendente Southampton, de Mauricio Pochettino, se notabilizou pela posse de bola. Nenhum time na temporada passada teve uma média de posse por jogo superior ao time do argentino: 58%. Ronald Koeman e diversos jogadores chegaram para reestruturar o time, mas a valorização da posse segue como princípio, embora menos “importante”. Os Saints tentam iniciar seus ataques com passes curtos, progredindo gradualmente até chegar ao campo adversário, mas não recusam uma ligação direta para Pellè vencer pelo alto. Saber pressionar o adversário é uma das chaves para o Chelsea vencer o embate.

Quando o oponente joga com passes curtos, é normal exercer certa pressão até forçar um lançamento longo ou mesmo um chutão sem muita direção. Já quando o adversário gosta das ligações diretas para seu centroavante, é compreensível recuar o time para vencer a disputa pela bola. É importante que o Chelsea saiba o momento certo de adiantar e recuar suas linhas, escolhendo a melhor alternativa para recuperar a posse. Existe ainda uma terceira possibilidade, muito bem executada pelo Manchester City de Manuel Pellegrini.

Pellegrini misturou as duas opções. Armando seu time no 4-4-2, mandou os dois atacantes para apertar a saída adversária e recuou o restante do time para ganhar a bola após a ligação direta.

Observe na imagem abaixo que os dois homens de frente estão apressando a saída dos defensores, mas o restante do time nem aparece na imagem, uma vez que está recuado para vencer a segunda bola.

Atacantes pressionam a saída e forçam bola longa da defesa dos Saints (Foto: Reprodução/Sky Sports)
Atacantes pressionam a saída e forçam bola longa da defesa dos Saints (Foto: Reprodução/Sky Sports)

Na sequência, é possível ver todos os meio-campistas e mais um defensor empenhados em conquistar a bola após o cabeceio. Claro que isso não funciona sempre, vez ou outra os defensores conseguirão superar a primeira pressão, passar para os meio-campistas e aliviar a pressão, mas é uma forma eficiente de se defender contra os Saints.

No centro do gramado, meio-campistas aguardam a bola longa (Foto: Reprodução/Sky Sports)
No centro do gramado, meio-campistas aguardam a bola longa (Foto: Reprodução/Sky Sports)

Este lance ainda ilustra bem outra arma importante para enfrentar os comandados de Koeman: a transição ofensiva rápida. José Mourinho adora as transições ofensivas e sabe usá-las como poucos treinadores, enquanto o Southampton tem dificuldade em contê-las. Parece ser um caminho bem promissor para o Chelsea no confronto do dia 28, assim como foi para o City.

Continuando a jogada anterior, temos o Southampton ganhando a segunda bola. Prontamente, os Citizens pressionam, recuperam a bola e atacam, tudo muito rápido. A velocidade não permite uma recomposição e surge um enorme buraco na frente da defesa. Por ali o Manchester criou e só não marcou o primeiro gol porque um defensor salvou a bola quase em cima da linha.

Saints deixam espaço grande no meio-campo durante a recomposição defensiva (Foto: Reprodução/Sky Sports)
Saints deixam espaço grande no meio-campo durante a recomposição defensiva (Foto: Reprodução/Sky Sports)

Alguns jogadores do Southampton também merecem uma atenção especial. Schneiderlin é quem faz o meio-campo do time funcionar. Desarma e passa bem, qualifica a saída de bola e chega à frente para concluir. Tadic é o homem das assistências. Com seis, é o terceiro melhor da liga no quesito. Com cruzamentos ou enfiadas de bola, é sempre um jogador perigoso. Quem comanda o ataque é Pellè. Ótimo finalizador com os pés ou cabeça, e também se destaca pela força física.

Certo é que o Chelsea não terá vida fácil no duelo contra os Saints. Mesmo que o adversário não esteja vivendo seu melhor momento na temporada, tudo indica que será um jogo muito duro para os Blues.

Com as duas melhores defesas da competição em campo, treinadores e jogadores terão suas capacidades de furar bloqueios colocadas a prova. Para o Chelsea, Hazard, jogador que mais dribla no campeonato, pode ser fundamental nesse cenário. Com muitos jogadores altos no time, cabe atenção também às bolas aéreas. Saber pressionar, atacar em velocidade, explorar a bola área e o drible de Hazard podem ser as chaves para a vitória do Chelsea.

Southampton e Chelsea se enfrentam neste domingo (28), ao meio-dia (horário de Brasília). A partida terá cobertura completa do Chelsea Brasil.

Category: Conteúdos Especiais

Tags:

Article by: Chelsea Brasil

Somos o Chelsea Brasil, marca oficialmente reconhecida pelo Chelsea no Brasil e especializado em conteúdos e na comunidade de torcedores do Chelsea no Brasil.