Equilíbrio marca pequeno histórico entre Chelsea e Bayern

Jogadores comemoram gol de empate, marcado por Drogba, na final da UCL 2012/13 (Foto: Reuters)
Jogadores comemoram gol de empate, marcado por Drogba, na final da UCL 2012/13 (Foto: Reuters)

Nesta sexta, os campeões das principais copas europeias da temporada 2012/13 ficarão frente a frente no Eden Park, em Praga, capital República Tcheca, em duelo que promoverá o reencontro entre José Mourinho e Pep Guardiola, treinadores que travaram grandes batalhas por Real Madrid e Barcelona, respectivamente. E pra esquentar esse duelo de campeões dentro e fora dos campos, o Chelsea Brasil preparou um especial que vai fazer você viajar no tempo e reviver os incríveis jogos envolvendo o Leão de Londres e o Urso de Munique.

Vencedores de três das últimas quatro competições europeias, Chelsea e Bayern de Munique se enfrentaram apenas três vezes em toda a história – todas elas pela Uefa Champions League. No retrospecto, tudo igual: uma vitória para cada lado, além de um empate. No entanto, a grande diferença está no valor de cada disputa. E, nesse quesito, os Blues têm uma mínima vantagem suficiente para causar inveja a qualquer bávaro.

No último encontro entre ingleses e alemães, o 1 a 1 em plena Allianz Arena garantiu ao Chelsea a inédita taça da Liga dos Campeões, prolongando o sonho da quinta conquista do Urso de Munique por mais um ano. E o pior: não haveria palco menos apropriado para um desastre alemão do que o próprio território do clube 23 vezes campeão nacional. O mar vermelho de lágrimas local se contrastou com a festa azul londrina. Após várias tentativas, em sua segunda chegada à final, o Chelsea levantava, pela primeira vez, a orelhuda taça da UCL.

Mas, para chegar lá, o caminho foi longo para os azuis de Londres. Numa dessas várias tentativas frustradas, o Bayern apareceu como barreira a ser ultrapassada. E foi. Só que o até então “novo rico” da Europa parou, na fase seguinte, no surpreendente Liverpool, que viria a ser o campeão daquela edição após uma final épica com o Milan na Turquia. Mas essa é uma outra história. Por hora, vamos relembrar o mini histórico desse confronto que reúne os dois últimos vencedores da principal competição do continente.

Chelsea FC 4 x 2 Bayern München (6/4/2005) – Quartas de finais da Uefa Champions League 2004/05 – Jogo 1 – Londres

 
2005 (April 6) Chelsea (England) 4-Bayern… por sp1873

Depois de passarem por Barcelona e Arsenal, respectivamente, nas oitavas, Chelsea e Bayern mediram forças duas vezes na luta pela classificação rumo às semifinais do torneio. No jogo de ida, melhor para os ingleses.

Joe Cole arriscou um chute de fora da área, a bola desviou em Drogba e enganou o goleiro Oliver Kahn: 1 a 0 para os donos da casa com apenas 4 minutos de jogo. O empate dos visitantes só aconteceria na segunda etapa. Aos 7 minutos, Michael Ballack cobrou falta, a bola bateu na barreira e voltou. Cech seria testado desta vez. O arqueiro tcheco bateu roupa e Schweinsteiger não perdoou: 1 a 1.

Oito minutos mais tarde foi a vez de Lampard entrar em cena e recolocar o Chelsea na frente. Após bola alçada na área, Drogba dividiu de cabeça com o zagueiro e escorou para o camisa 8, que acertou uma bela finalização rasteira, no canto esquerdo de Kahn. O Super Frank apareceria novamente para fazer outra obra prima.  Aos 25, Claude Makélelé levantou bola na área, o atual maior artilheiro da história dos Blues dominou no peito, girou e pegou a pelota no lado contrário. Sem deixa-la tocar o chão, ele fuzilou para fazer o terceiro dos comandados por José Mourinho. A nove minutos do fim, Drogba aproveitou o bate rebate, após a cobrança de escanteio, e guardou o seu. Ballack ainda diminuiu o prejuízo dos alemães nos acréscimos. Final 4 a 2.

Chelsea FC 2 x 3 Bayern München (12/4/2005) – Quartas de finais da Uefa Champions League 2004/05 – Jogo 2 – Munique


2005 (April 12) Bayern Munich (Germany) 3… por sp1873

Uma semana depois, o Olympiastadion receberia a partida de volta do certame. Precisando reverter uma desvantagem de dois gols, o Bayern viu sua situação ficar ainda pior quando Lampard recebeu de Joe Cole e soltou a bomba de fora da área para inaugurar o marcador a favor dos visitantes, aos 30 minutos da etapa inicial. Curiosamente, assim como na peleja de Stamford Bridge, a bola encontraria mais um obstáculo que acabaria com qualquer possibilidade de defesa do arqueiro alemão. Desta vez, o brasileiro Lúcio desviou contra o próprio patrimônio.

O empate dos bávaros veio tardio. Aos 20, Sagnol cruzou quase do meio da rua, Ballack cabeceou, Cech se esticou e tocou na bola que foi parar na trave. Na sobra, o peruano Claudio Pizarro empurrou para as redes: 1 a 1. Não adiantou muito. O último fio de esperança da torcida local caiu quando Cole correu para alcançar uma bola que parecia perdida e cruzou pela esquerda. Drogba, novamente ele, testou para a meta de Kahn e anotou mais um para os Blues.

Os alemães já pareciam eliminados, mas os descontos do árbitro espanhol Manuel Mejuto González foi um verdadeiro teste cardíaco para a porção azul do estádio. Futuro algoz dos Blues, Paolo Guerreiro recebeu lindo passe de Zé Roberto, que cruzou por baixo, e o atual corintiano mandou para o gol. Um toque sutil de Schweinsteiger seria o suficiente para trair o camisa 1 do Chelsea.

Os donos da casa atingiram a virada aos 46, com Mehmet Scholl. Havia pouco tempo para mais um gol bávaro, que garantiria à equipe ao menos a prorrogação. Tarde demais. Mesmo com o revés, o time de José Mourinho avançou às semifinais.

Chelsea FC 1 x 1 Bayern München (19/5/2012) – Final da Uefa Champions League 2011/12 – Jogo Único – Munique

Tidos como azarões, as equipes chegaram à grande decisão da Uefa Champions League após despacharem os favoritos e badalados Real Madrid e Barcelona. Além de eliminar o time de Messi, os Blues viraram placares improváveis, como nos 180 minutos do duelo com o Napoli, pelas oitavas de finais. Já o Bayern teve uma vida mais tranquila e foi acumulando goleadas até o encontro decisivo com o Real Madrid, que acabou em classificação alemã nos pênaltis, dentro do Santiago Bernabéu.

Para a finalíssima, entre lesões e suspensões, os comandados pelo interino Roberto Di Mattteo não poderiam contar com alguns de seus principais jogadores, entre eles o zagueiro Terry, o lateral Ivanovic e o meia Ramires. Tudo isso somado aos poucos entraves do outro lado deixariam a partida com o desfalque de algumas figuras importantes.

O JOGO

1° TEMPO

Empurrado pela torcia, o Bayern tomou a iniciativa do jogo e apostava nas jogadas envolvendo seus principais jogadores de frente. Um desses, Robben obrigou Cech a fazer uma boa defesa logo de cara. Após se livrar da marcação, ele bateu forte, rasteiro, e o arqueiro tcheco evitou o pior com os pés.

Salomon Kalou foi o primeiro a ameaçar a meta adversária. Drogba pegou lançamento dentro da área e pulou para recuar, de calcanhar, para Lampard, que rolou para o camisa 21 na ponta direita. Ele soltou a bomba que foi espalmada por Manuel Neuer para escanteio.

Os donos da casa eram mais agressivos e as tabelas envolvendo Robben, Ribéry e Muller paravam nas péssimas finalizações do artilheiro Mario Gómez, que parecia não estar em um grande dia. Ribéry ainda balançou as redes depois de aproveitar o desvio em um chute de Robben, mas o árbitro assinalou impedimento do francês, aliviando a porção azul do estádio.

2° TEMPO

Só que o desespero londrino seria real na volta do intervalo. Aos 37 minutos, Müller recebeu cruzamento da esquerda e cabeceou para o chão. A bola quicou e, na subida, encontrou o travessão. Sem saltar, Cech se esticou todo, mas não conseguiu evitar com que a bola fosse parar dentro do gol.

Naquele momento, o 1 a 0 praticamente dava a quinta taça ao clube da Bavária. A festa local era nítida e contrastada com a frustração e o desapontamento dos ingleses que haviam viajado para apoiar o simpático Chelsea, cuja sua superação em confrontos, como contra o Barcelona, conquistou a admiração e o carinho de vários torcedores pelo mundo.

E foi quando tudo já parecia estar perdido que Drogba, sempre ele, entrou em ação para impedir mais um revés dos Blues em uma final europeia. Após a cobrança de escanteio pelo lado direito, o marfinense brigou, esbravejou, se movimentou para sair da marcação, subiu mais que a zaga e, mesmo empurrado, colocou a bola dentro da baliza de Neuer para deixar tudo igual em Munique aos 42 minutos; confirmando a teoria de um famoso locutor brasileiro de que o Chelsea era sim um “time iluminado”.

A PRORROGAÇÃO

O destino, no entanto, parecia ter mudado de lado e sido cruel com o eterno ídolo da camisa 11 da equipe inglesa. Já na prorrogação, Drogba – autor do tento salvador – derrubou Ribéry dentro da área e o árbitro não pensou duas vezes para marcar a penalidade. Estava nos pés de Robben a chance de recolocar o Bayern em vantagem a poucos minutos do fim. Mas debaixo das traves azuis havia um camisa 1 responsável por grandes milagres ao longo da competição e que não desapontaria os turistas que aterrissaram em  Munique. Petr Cech foi mais forte que o baque e defendeu o pênalti do ex-blue, ressuscitando, mais uma vez, o Chelsea na decisão e reafirmando a tese do “time iluminado”. Os anfitriões seguiram desperdiçando um caminhão de oportunidades e o título foi ser definido nos pênaltis.

AS PENALIDADES

Nas três primeiras séries, Lahm, Mario Gómez e o goleiro Neuer converteram para o Bayern. Enquanto que Juan Mata errou a primeira londrina, antes de David Luiz e Lampard garantirem os seus.  Quando Cech pegou a cobrança do croata Olic, a situação se inverteu na Allianz Arena. A partir daí, os visitantes tinham a chance de empatar a disputa. E foi o que aconteceu. O veterano lateral esquerdo Ashley Cole não se intimidou e fuzilou as redes de Neuer.

Schweinsteiger fez o favor de abrir o caminho para a virada dos oponentes. Com uma tímida paradinha, ele acertou a trave esquerda de Cech, que chegou a resvalar na bola com a mão. O Chelsea estava a uma cobrança de faturar a inédita taça da Uefa Champions League.

Não haveria personagem mais apropriado para executar tal tarefa que não fosse o artilheiro salvador Didier Drogba. Responsável pelo gol, pênalti e até cartão amarelo, o marfinense estava lá para decretar o destino final da orelhuda. Sem temer nem vacilar, ele só esperou o apito para a autorização. Com as mãos na cintura, deu uma passada rápida e bateu, com o pé direito, no canto oposto ao escolhido pelo arqueiro alemão. O Chelsea era campeão europeu pela primeira vez em sua história.

SUPERCOPA

De volta a uma decisão, Chelsea e Bayern de Munique medem forças pelo título da Supercopa pouco mais de um ano depois da finalíssima da Liga dos campeões.

Sexta-feira é dia de usar nossas camisas do Chelsea. Seja a camisa home ou aquela  jaqueta!

O reencontro de gigantes é nesta sexta, às 15h45, e tem transmissão de Band (HD) e ESPN Brasil (HD).

Category: Conteúdos Especiais

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Article by: Chelsea Brasil

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