Um dos jogadores mais queridos pela torcida azul, o pequenino Joe Cole sempre mostrou habilidade e intuição dentro de campo. Durante sete anos no Chelsea, o inglês viveu o auge da sua carreira como profissional. Para relembrar e homenagear o futebol de Joe Cole, o Chelsea Brasil retorna com nossa série “Conheça o Ídolo”.
Carreira Pré- Chelsea
O garoto prodígio que teve seu estilo de jogo comparado com o polêmico Paul Gascoigne, começou sua carreira no tradicional West Ham. Não por acaso, o time é chamado de “Academia do Futebol”, desde cedo lapidando os talentos da sua base juvenil.
Recebendo atenção do mundo da bola depois de se destacar na Seleção Inglesa nas categorias de base, Cole foi apontado como o futuro maior craque do futebol inglês e segundo boatos divulgados pela imprensa nacional, foi até assediado pelo Manchester United, que quis o levar para Old Trafford por 10 milhões de Libras.
Joe fez parte do grupo que foi campeão da FA Youth Cup e sua estréia no time principal dos Hammers foi no começo do ano de 1999 aos 17 anos contra o Swansea City em uma partida válida pela Copa da Inglaterra. Nessa primeira temporada, o meia só entrou em campo oito vezes. Ainda no mesmo ano, marcou seu primeiro gol na vitória de 3×2 sobre o Birminghan na Taça da Liga.
Somente no ano seguinte conseguiria balançar as redes na Premier League, em jogo contra o Bradford City numa partida repleta de gols: 5 x 4 para o West Ham. Aos 21 anos, foi presenteado com a faixa de capitão do time pelo então técnico Glenn Roeder, até sair do time em 2003 com o prêmio de “Hammer of the Year”, ano esse que selou o rebaixamento da equipe do leste de Londres. No total, foram 120 jogos e 13 gols.
Carreira no Chelsea
Pelo valor de 6,6 milhões de Libras, Cole chegou a Stamford Bridge quando os Blues eram dirigidos pelo técnico italiano Claudio Ranieri. Sua estréia foi na Champions League contra o Žilina, jogo esse vencido pelo time inglês por 2×0. Aproveitando-se das lesões de jogadores como Damien Duff e o habilidoso Arjen Robben, Joe manteve sua regularidade no time na sua temporada mais sucedida da história, a 2004/2005 onde só não ganhou a tríplice coroa por ser eliminado da Champions pelo Liverpool na semifinal com um polêmico gol de Luís Garcia. Nessa temporada, Joe Cole marcou 10 gols.
Na temporada seguinte, nosso garoto prodígio conquistou a titularidade e renovou seu contrato por mais quatro temporadas. Num de seus momentos marcantes nesse período, marcou um dos três gols do time na vitória sobre o Manchester United por 3×0, jogo esse que sacramentou mais um título inglês da Premier League.
Vale a pena relembrar os três gols marcados contra o United:
Depois de ser convocado para jogar a Copa do Mundo de 2006 pela Seleção Inglesa, Cole se machucou na pré-temporada e passou por uma cirurgia por estresse no seu pé, mas nada que o tirasse por muito tempo da titularidade dos Blues. Em 2007, marcou mais um gol na semifinal da Taça da Liga contra o Everton que levou o Chelsea a mais uma final. Ele estava em campo também na final da Champions League de 2008 quando viu seu time ser derrotado nos pênaltis para o rival de Manchester, o United. Nesse ano, Joe passou por uma cirurgia no joelho e ficou “de molho” pelo resto da temporada.
Até sua saída em 2010, Joe Cole participou de 280 jogos, fez 39 gols e ajudou o time de Stanford a ganhar três campeonatos inglês, três copas da Inglaterra, duas Copas da Liga Inglesa e uma supercopa da Inglaterra.
Carreira internacional
Prodígio também na seleção inglesa, Joe Cole ganhou notoriedade no país ao marcar sete gols em uma única partida pelo English Team sub-17. O feito conquistado quando tinha apenas 16 anos contribuiu para a vitoriosa campanha do time nacional na competição europeia, quando foi campeã. O gol da vitória foi marcado por Cole.
Nos anos seguintes, Joe Cole marcou presença no sub-18 e sub-21 até que em 2001 o baixinho inglês ganhou oportunidade de atuar na equipe principal do English Team. As boas atuações de Cole – que ainda era jogador do West Ham – o levaram a fazer parte da delegação na Copa do Mundo de 2002. Apesar de reserva, atuou em uma partida na campanha do mundial.
Constantemente convocado para fazer parte da seleção, Cole compôs a equipe que foi à Eurocopa de 2004. Desta vez, porém, não entrou em campo. Sua grande chance veio apenas no mundial de 2006, na Alemanha.
Desta vez já como jogador do Chelsea, Cole ganhou a vaga do preterido Shaun Wright-Phillips (seu companheio nos Blues). Titular em praticamente toda campanha, Cole foi autor de um gol antológico contra a Suécia. A grande atuação contra os suecos lhe rendeu o prêmio de Homem do Jogo. Reveja o gol contra a Suécia no Mundial:
Assim como em 2002, a participação dos ingleses chegou ao fim antes das finais e a Inglaterra foi eliminada por Portugal nos pênaltis. Apesar do fracasso coletivo no Mundial, 2006 continou sendo um bom ano para Cole. Contribuições vinham por meio de gols e assistências, até que uma lesão o afastou dos gramados.
Seu retorno no English Team aconteceu somente em 2007. Na reinauguração do estádio de Wembley, Cole voltou a atuar pela seleção. A partida terminara empatada em 1-1 com o Brasil.
Nos anos seguintes, Cole buscava se firmar no Chelsea e na seleção. As lesões atrapalhavam seu rendimento, mas mesmo assim o jogador conseguia demosntrar seu talento. Passes para gols e tentos anotados lhes rendiam prêmios de Homem do Jogo e Cole foi até a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul. O mundial foi decepcionante para ingleses e mais uma vez, o adeus veio mais cedo, desta vez contra a Alemanha.
Carreia pós-Chelsea
A despedida de Cole do Chelsea aconteceu em 2010, após conquistar o Double no clube. Sem renovar o contrato, o meio-campo acertou com o Liverpoool. A transação era a primeira da era Roy Hodgson nos Reds.
Apesar do destaque dado pela mídia nacional, Cole não conseguiu se firmar no novo clube. Mesmo tendo o aval do treinador e elogios do capitão Steven Gerrard, Joe Cole não “sentiu conexão com os fãs e com o clube” e afirmou ter cometido um erro ao assinar com os Reds.
O baixo desempenho resultou em apenas um gol com a camisa 10 do Liverpool. O clube, comandado por Kenny Dalglish em 2011, resolveu emprestar o meio ao Lille. A negociação foi acertada em agosto do mesmo ano e marcou o renascimento de Cole.
Com o empréstimo de um ano, o Lille viu o inglês mostrar o porquê de ter sido ídolo no Chelsea. Gols, assistências, partidas espetaculares e a volta por cima na França. Na passagem encerrada em 2012, Cole foi companheiro de Eden Hazard.
As boas atuações no Lille fizeram com que Brendan Rodgers, então treinador do Liverpool, pedisse o retorno do jogador. Novamente com o aval do técnico, Cole teve um bom começo. Mas as lesões o tiraram dos gramados e após o retorno, não consguiu ser titular nos Reds.
Em 2013, Joe Cole acertou com o clube que lhe formou. O contrato com o West Ham inicialmente era de 18 meses, mas a idolatria e importância para os Hammers o mantém na equipe até hoje. Atualmente, com 32 anos e dono da camisa 26 dos Hammers, é peça fundamental da equipe.
Pra encerrar esse especial, segue abaixo uma compilação com os gols mais bonitos de Cole com a camisa azul. Até a próxima!
Matéria produzida por: Kris de Lima e Maria Akemi
