Alto, goleador e promissor. Essas eram as características principais de um jovem jogador argentino observado e contratado pelo Chelsea no início de 2008. Com apenas 18 anos e 1,93m de altura, Franco Di Santo saiu do Audax Italiano, do Chile, rumo à Inglaterra. Tido como uma promessa do ataque da Argentina, despertou o interesse de grandes europeus e foi rapidamente levado pelos Blues por sete milhões de dólares.
Era um investimento para o futuro. Com um contrato de cinco anos, o clube esperava que ele pudesse virar peça importante do elenco estrelado. No começo do contrato, durante os primeiros meses de 2008, Di Santo atuou apenas pelo time B, onde marcou sete gols em oito partidas. Mais do que o suficiente para empolgar a comissão técnica.
Um pedido de Felipão
Até que, em julho, Felipão foi contratado para comandar o Chelsea numa curta passagem que durou sete meses. No entanto, logo de início, o treinador brasileiro pediu para que o jovem atacante argentino fosse promovido à equipe principal. E foi o que aconteceu. Na época, Di Santo era constantemente convocado para a Seleção Argentina sub-20, onde fez cinco gols em 25 jogos.
Seus primeiros jogos sob o comando de Felipão aconteceram na China, durante a pré-temporada dos Blues para 2008/09. E Di Santo não foi mal. Contra o Guangzhou Pharmaceutical, marcou seu primeiro gol. No jogo seguinte, contra o Chengdu Blades, fez mais um. Mas foi só. Com Drogba e Anelka de titulares, o argentino dividia a reserva com Kalou e Quaresma.
Ainda assim, Di Santo nunca pôde reclamar de falta de chances. Ele atuou em 16 jogos sob o comando de Felipão, mas não conseguiu fazer sequer um gol. Entre banco de reservas e alguns minutos em campo, o argentino permaneceu no clube de Londres até agosto de 2009, quando o treinador era Carlo Ancelotti. Sem ser utilizado e vendo a chegada de nomes como Schevchenko, Sturridge e até mesmo Borini, acabou sendo emprestado para o Blackburn Rovers.
Empréstimos e oscilações
Em seu empréstimo de um ano, o argentino também não conseguiu render. Sua passagem pelo Blackburn durou 24 jogos, com apenas um gol marcado. Em 2010 voltou ao Chelsea, mas desta vez nem para ficar no banco. Sem oportunidades com Ancelotti, negociou sua saída para o Wigan por três temporadas. Lá, conseguiu mostrar um pouco mais do que em suas passagens anteriores: fez 97 jogos e 13 gols. Seu rendimento um pouco melhor fez com que ele fosse convocado pela primeira vez para a Seleção Argentina principal em 2012. Porém, nos três jogos que atuou, não conseguiu marcar nenhum gol.
Do Wigan, o argentino foi para o Werder Bremen, em 2013, onde mais rendeu. Em 51 jogos pelo clube, anotou 18 gols. Desde 2015, Di Santo atua pelo Schalke 04, também da Alemanha. Lá, até o momento, fez 52 jogos e apenas oito gols. Hoje com 28 anos, o atacante já não é mais uma promessa e vê mais longe as oportunidades de convocação para a Argentina.