No início da presente temporada, buscando mais minutos em campo, sobretudo em razão da óbvia reserva que mais uma vez lhe esperava em Barcelona, Pedro Rodríguez decidiu deixar o Camp Nou e partir para um novo desafio. Vitorioso com as camisas do Barça e da Seleção Espanhola, o atacante foi disputado por Manchester United, que segundo as especulações esteve bem perto de anunciá-lo, e Chelsea e acabou desembarcando em Stamford Bridge. A expectativa era de ser um 12º jogador, uma figura para ser importante em alguns momentos da temporada.
Meio ano depois, a realidade mostra uma situação muito diferente. Com as más fases de quase todo o setor ofensivo dos Blues, excetuando apenas a forma do brasileiro Willian, e algumas lesões, Pedro vem atuando com enorme frequência e evidenciando a razão de ter passado vários anos no Barcelona sem se tornar protagonista, tendo sua posição sempre sido vista como carente de um reforço: sua pouca produtividade no campo.
Pedro era um jogador mediano em um clube excepcional e por isso destacava-se.
Com papel secundário até poderia acrescentar algo ao time do Chelsea, entrando em eventualidades para imprimir velocidade e um pouco de imprevisibilidade ao time. No entanto, jamais poderia ser considerado um jogador para substituir Eden Hazard sempre que o belga não pudesse estar presente – por pior que seja a fase do camisa 10 azul. Pedro não é criativo, assim como o Chelsea não é. No momento, o espanhol é a cara do time. Seu jogo é enrolado, limitado e pouco produtivo.
Pedro já demonstrou que não é jogador para desempenhar papel relevante na missão de resgate da temporada do Chelsea. E se é cedo para lançar Kenedy e não há outra opção, que se busque um novo esquema tático e novas alternativas para as ausências de Hazard, que bem ou mal é extremamente superior ao espanhol. Não é à toa que o ex-jogador do Barça completou apenas sete das 24 partidas que disputou pelo Chelsea. Praticamente só destacou-se em seu jogo de estreia.
Bom mesmo seria a contratação de um novo jogador para o setor ofensivo, mas uma figura criativa, com visão de jogo e qualidade nos passes, não mais um velocista driblador, alguém para clarear as jogadas e potencializar o futebol dos jogadores que atuam pelas pontas. Nem Oscar e nem Fàbregas vêm conseguindo exercer esse papel com qualidade.
No entanto, isso não parece estar tão em pauta no clube, que vem sendo relacionados a muitos atacantes, e não vale a pena insistir nessa tecla. Para já, dentre outras, uma situação não pode perdurar: a titularidade de Pedro.
As palavras contidas nessa reportagem condizem à opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil