Colunas: Omissão por novos reforços pode custar caro ao Chelsea

Falcao García é a única surpresa até o momento para a temporada 2015/16 (Foto: Getty Images)
Falcao García é a única surpresa até o momento para a temporada 2015/16 (Foto: Getty Images)

Antes de iniciar a coluna deste sábado, devo avisá-los, caros leitores, que estarei substituindo o colunista Rafael França, que deve retornar em breve para o site e consigo suas publicações neste espaço na próxima semana.

Finalizada a pré-temporada e a um dia da final da Community Shield diante do Arsenal, trago uma certa preocupação para o início da temporada 2015/16: a falta de ambição dos Blues no mercado de transferências. 

O fato do Chelsea ter conquistado, com certa tranquilidade, a última edição da Barclays Premier League não significa que o clube obterá o mesmo êxito nesta nova temporada que se inicia no próximo sábado (8).

Mourinho mostra um otimismo exagerado, a ponto de afirmar que o Chelsea tem equipe para lutar pela Champions por “10 anos”. Lutar, é bem provável que o clube tenha, de fato, força para acreditar num novo título da Uefa Champions League. Mas as duas últimas eliminações dentro de Stamford Bridge provaram justamente o contrário.

É inegável que os onze titulares possuem talento de sobra para brigar de frente contra qualquer adversário, independente da competição. Mas se não houver competitividade dentro da equipe, muitos jogadores tendem a se acomodar, ou seja, sentem-se confortáveis com suas posições estabelecidas e com opções no banco com pouco perigo a oferecer.

Hazard sabe que é titular absoluto, dono do time – intocável. Os brasileiros Oscar e Willian, apesar da importância mostrada ao longo da temporada, mostraram-se irregulares – mas nada que gere muita preocupação. Afinal, como temer a titularidade sendo que o único reserva visto como possível ameaça aos brasileiros é o colombiano Juan Cuadrado, que passou em branco até o momento com a camisa dos Blues: sem gols, sem assistências e até pênalti perdido na pré-temporada.

Ainda no meio-campo, Matic só perde sua vaga se estiver suspenso ou machucado – e seu substituto, de imediato, é John Obi Mikel, claramente inferior no aspecto técnico e tático. Se Fàbregas estiver ausente, que outro atleta do mesmo nível técnico pode substituí-lo à altura? Ramires?

No ataque, com a saída de Drogba, veio Falcao García, uma aposta arriscada e, a julgar antes do início da Premier League, não deve oferecer perigo a Diego Costa, nosso artilheiro da última temporada. Enquanto isso, na parte defensiva, o Everton faz jogo duro para segurar a promessa John Stones.

O Chelsea segue sua postura em renovar o elenco – mas apenas para substituir as lendas do clube com “idade avançada”, como Cech, com a chegada de Asmir Begovic, Lampard, com a vinda de Fàbregas na temporada passada, e Drogba, agora com Falcao García como substituto. Está na hora de ir além: se o time está bem, é preciso fortalecê-lo, indo atrás de novos jogadores com potencial e deixar de lado o pragmatismo rotineiro.

As palavras contidas nessa reportagem condizem à opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil.

Category: Opinião

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Article by: Chelsea Brasil

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