Contratado pelo Zenit após sua demissão do Tottenham, em 16 de dezembro do ano passado, o treinador português André Villas-Boas falou um pouco de suas passagens por Blues e Spurs em sua apresentação ao time russo da cidade de São Petersburgo, onde treinará o brasileiro Hulk e o belga Axel Witsel, antigos alvos do Chelsea.
Ao falar de sua passagem por Stamford Bridge, o treinador foi enfático na afirmação de que foi peça chave no título da UEFA Champions League – em que a equipe foi comandada por Roberto Di Mateo, que fora seu auxiliar – na temporada 2011/2012:
“Sempre que terminei uma temporada em um clube, tive sucesso. Fui às semifinais da Copa da Liga de Portugal, com a Académica, e conquistei quatro títulos nacionais pelo Porto. No meu primeiro ano pelo Tottenham, a equipe chegou ao seu marco histórico de pontos na Premier League. Quando deixei o Chelsea na temporada anterior, eles continuaram e venceram a Champions League. Você tem que dar crédito aos jogadores, mas fui eu quem construiu esse time.”
Recontratado em 22 de junho de 2011, Villas-Boas comandou o Chelsea em 40 partidas, 27 pela Premier League, três pela FA Cup, três pela League Cup e sete pela UEFA Champions League. Ao todo, conseguiu 20 vitórias, 10 derrotas e 10 empates. Antes dessa passagem, já havia sido funcionário dos Blues entre 2004 e 2007, quando exerceu a função de auxiliar técnico do treinador José Mourinho.
A afirmação do português pode soar presunçosa, mas não deixa de ter um viés verdadeiro, considerando que foi sob seu comando que o clube londrino contratou, dentre outros, o zagueiro inglês Gary Cahill, o meia espanhol Juan Mata e o volante português Raul Meireles, jogadores importantes na campanha do clube. Foi também sob o comando do treinador que Ramires evoluiu taticamente, se adaptando a função de meia pelo lado direito, função que exerceu no valioso triunfo contra o Barcelona, em que foi herói. Villas-Boas deixou o Chelsea em Março de 2012.