Cresci ouvindo que boas oportunidades são coisas que se deve agarrar com unhas e dentes. E depois de não ter feito em algumas como Suárez no ombro de Chiellini, apareceu uma que não podia ser desperdiçada: a chance de ver Frank James Lampard Junior de perto, no Mineirão, há 20 minutos de casa. Não desperdicei. Graças a um ex-colega de faculdade, paguei um valor simbólico para ver a maior representação da minha torcida pelo Chelsea Football Club. E apesar de um empate xoxo, valeu muito a pena ter ido ao estádio depois de uma breve temporada de um dia no hospital.
A experiência de ter visto a seleção inglesa no Gigante da Pampulha, foi a mesma da campanha no grupo da morte: Eu esperava mais. A oportunidade de ver a possível aposentadoria de Frank Lampard da seleção, que tem minha torcida há duas copas, no estádio de gloriosos clássicos entre Atlético e Cruzeiro era ótima. Fui. E, apesar de esperar mais do jogo, não me arrependi.
O fato de ter sentido de perto o clima da Copa do Mundo foi uma coisa que valeu a pena o preço pago pelos ingressos de um jogo sem gols. Um misto de alegria – por estarem no Brasil – e da habitual tranquilidade inglesa chamou a atenção no trajeto para o Mineirão. O fato saber pouca coisa de inglês dificultou as chances de comunicação, mas deu pra ver que os britânicos se divertiram na capital mundial dos bares.
Já nas cadeiras de dentro do estádio a história era parecida até certa parte do jogo. Costarriquenhos pareciam mais dispostos a empurrarem sua seleção. Cheguei a comentar o fato da diferença entre as torcidas sul-americana e europeia na Copa das Copas. No entanto, isso durou pouco tempo. A torcida britânica acordou e, sem a ‘ola’, fez barulho e travou boa briga de torcidas nas cadeiras do Mineirão.
O fato do meu assento estar mais próximo da torcida centro-americana não fez muita diferença. Em determinados momentos dava para ouvir mais gritos ingleses. E em meio a gritos de ‘Eli-mi-na-do!’ ‘England’ assim seguia a briga nas cadeiras.
Aquilo era uma festa. E a festa ficou completa com as entradas de Gerrard e Rooney. Estava tudo armado, só faltava o gol para uma saída honrosa da Inglaterra da Copa do Mundo no Brasil. Gol que infelizmente não saiu.
Protagonizando os dois melhores jogos da Copa do Mundo até aqui, a Inglaterra de Frank Lampard se despede de Belo Horizonte me dando um presente e me devendo outro: Ter visto o Super Frankie no Mineirão e uma vitória. Afinal, sou brasileiro e não tem nada melhor que um jogo com alguns gols, né?!
As palavras contidas nessa reportagem condizem à opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil.