Tuchel fala sobre a possibilidade de surpresas na escalação deste sábado

Neste sábado (8), o Chelsea enfrenta o Chesterfield pela 3ª rodada da FA Cup. A partida será disputada em Stamford Bridge com início as 14h30 no horário de Brasília. Como de costume, no dia que antecede o jogo, o treinador Thomas Tuchel comentou sobre as possibilidades que ele tem para escalar a equipe.

Presenças confirmadas

Apesar de serem substituídos durante a partida contra o Tottenham no meio de semana, Cesar Azpilicueta e Kai Havertz estarão disponíveis para a partida deste sábado. Enquanto Azpulicueta foi substituído após sentir câimbras, o alemão acabou deixando o campo com uma lesão no dedo.

Nesse sentido, Tuchel comentou que o elenco não conta com novas lesões e disse que isso pode ser um bom sinal:

Não temos novas notícias sobre lesões, o que pode ser uma coisa boa! Por outro lado, nenhum dos jogadores com lesões de longo prazo voltarão para este jogo. Mas estamos bem no momento“.

Depois de estar ausente em alguns jogos, o treinador dos Blues indicou a possibilidade de Andreas Christensen estar disponível para enfrentar o Chesterfield. O zagueiro dinamarquês participou dos treinos durante a semana e, ao que tudo indica, tem condições de ir a campo.

Logo, vale lembrar que Ben Chilwell não estará disponível até o resto da temporada. Da mesma forma, Reece James estará fora por mais algumas semanas se recuperando de uma lesão muscular.

Por fim, não estarão relacionados Thiago Silva e N’Golo Kanté, ambos com covid. No entanto, dependendo dos testes dos jogadores, existe a possibilidade de que possam estar de volta para a partida contra o Tottenham na próxima quarta-feira (12). Caso contrário, só voltarão ao plantel para a partida conta o Manchester City três dias mais tarde.

Maratona de jogos centrais

Após a partida deste sábado, o Chelsea já volta a campo na quarta-feira para o jogo de volta da semifinal da EFL Cup contra o Tottenham. Em seguida, enfrentará o City no sábado (15) e o Brighton na terça (18) – ambos os jogos fora de casa e válidos pela Premier League. Enfim, os Blues enfrentarão novamente os Spurs, mas em partida válida pelo campeonato inglês no dia 23 deste mês. Após essa sequência, Tuchel e seus comandados voltarão a atenção para o Mundial de Clubes da FIFA.

Então, com casos de covid e lesões de longo prazo, é importante administrar as peças do elenco. Contudo, sem comprometer as performances e os resultados. O treinador dos Blues comentou sobre a chance de aprofundar mais o uso do elenco e buscar um equilíbrio nessa missão:

Temos que ser justos com os jogadores que jogam após lesões ou covid. Além disso, teremos jogadores que têm acumulado minutos nas últimas partidas. Queremos obter confiança e utilizar a partida para dar mais minutos àqueles que precisam e querem. Como o Timo por exemplo“.

Os Blues realizaram um último treino nesta terça-feira (7), que contou com a participação de jogadores das categorias de base e desenvolvimento do clube. Nesse sentido, alguns jovens de Cobham podem figurar no plantel. De qualquer forma, o Tuchel garantiu que vai mandar o melhor time possível:

Ainda teremos um treino hoje e um ou dois testes de covid a fazer. Então, esperamos que a situação se mantenha como está. Nós buscaremos uma escalação forte e demonstraremos total respeito ao Chesterfield“.

Marcus Bettinelli, goleiro que chegou na última janela de transferências, pode fazer sua estreia pelo clube neste sábado (Créditos: Chelsea FC)

Favoritismo abismal?

Sem dúvidas, os Blues entram para a partida como favoritos. Não só por jogar em casa, mas, principalmente, pela diferença na força dos elencos e dos investimentos feitos por ambos os times. Mesmo assim, Tuchel colocou os pés no chão e relembrou que o favoritismo não significa muito:

Podemos perder qualquer jogo. Por isso que o futebol é tão popular. […] Claro que somos os favoritos. Queremos ganhar e nos cobramos por vitórias. Mas respeitamos o jogo e todos os nossos oponentes. Temos que entregar em campo. Assim, temos que ter um time forte que esteja pronto para performar nessas horas“.

Movimentações na janela de transferência

Com as ausências de Chilwell e Reece, a posição de ala, central no esquema atual dos Blues, acabou tendo suas opções bastante reduzidas. Dessa forma, há uma preocupação central para solucionar essa carência ainda neste mês de janeiro.

Logo, o treinador e a diretoria do clube já buscaram o retorno de Emerson Palmieri do empréstimo ao Lyon – que é válido até o fim desta temporada. No entanto, nenhuma decisão foi tomada, apesar da recusa inicial do time francês em permitir o retorno do ítalo-brasileiro.

Na entrevista desta terça, Tuchel comentou sobre a possibilidade do retorno Emerson e também sobre as conversas com Antonio Rüdiger sobre a renovação de seu contrato. O técnico se disse tranquilo sobre os planos para a janela de transferências de janeiro. Bem como indicou já estar em contato com o resto de sua comissão e com o conselho do clube checando todas as possibilidades:

Levando em conta nossas lesões de longo prazo, estamos de olho no mercado. Porém não temos muita pressão nesse sentido. As coisas devem fazer sentido para nós. Tanto pessoalmente como no esquema e também quanto a qualidade. Nós temos opções e checaremos elas“.

Em suma, existem muitas especulações e poucas movimentações. Além de Emerson, aparecem como possibilidades o retorno de Ian Maatsen de seu empréstimo ao Coventry City e o empréstimo/compra do lateral Lucas Digne, que atualmente pertence ao Everton.

Mudanças de acordo com as necessidades

Mais uma vez por conta das lesões, Tuchel indicou a possibilidade de mudanças no esquema tático da equipe. Na vitória sobre os Spurs no meio de semana, o alemão escalou o time em um 4-2-2-2 com Azpilicueta e Marcos Alonso nas laterais. Mesmo sendo um esquema pouco utilizado até aqui, obteve sucesso e diante das ausências que no elenco pode ser uma possibilidade para o futuro.

No entanto, o treinador do Chelsea se manteve pragmático e disse que as mudanças tem que ser feitas de modo a fazer sentido:

Eu sempre disse que não deveríamos mudar se está dando certo e se está adequado aos jogadores. Mas para montar linhas de três ou cinco defensores é necessário ter três defensores centrais disponíveis. Além de dois alas. E para a partida contra o Tottenham não tínhamos jogadores suficientes para isso“.

Na sequência, Tuchel disse que foi um pouco arriscado formar uma linha de quatro defensores enquanto os Blues estavam com a bola. Mais ainda, indicou que era possível que as diferenças não fossem tão significativas a ponto de confundir os jogadores. O treinador concluiu que o importante é sempre jogar de acordo com o plano:

O mais importante é jogar no nosso sistema. O quanto somos vívidos e corajosos dentro do esquema nos torna ainda mais fortes. Então, os jogadores foram muito bem e mostraram muita disciplina. E pode ser que isso [esquema de quatro defensores] se mantenha como opção”.

Quem é o Chesterfield FC?

O Chesterfield Football Club atualmente disputa a 5ª divisão do futebol inglês – a National League. O time está localizado na cidade que leva o mesmo nome do clube, na região centro-leste da Inglaterra. Curiosamente, a abreviação e a cor do clube são as mesmas que a do Chelsea. Então, neste sábado haverá um confronto entre CFC azuis.

Fundado em 1866, o Chesterfield nunca figurou entre os principais nomes do futebol inglês, tendo como sua melhor colocação na história o 4º lugar na segunda divisão do campeonato inglês na temporada 1946/47. Mesmo assim, os Spireites conquistaram alguns troféus ao longo da sua história: um Campeonato Inglês da Terceira Divisão (1935/36), quatro Campeonato Inglês da Quarta Divisão (1969/70, 1984/85, 2010/11 e 2013/14) e um EFL Trophy (2011/12).

Mais ainda, o clube já enfrentou o Chelsea em sete ocasiões anteriormente e o retrospecto é favorável ao CFC londrino.

Histórico do confronto

Quatro dos confrontos entre Blues e Spireites foram no campeonato inglês nas temporadas 1905/06 e 1906/07 com duas vitórias do Chelsea (7-1 e 2-0), uma vitória dos Spireites (1-0) e um empate (0-0). Um dos confrontos foi na Copa da Inglaterra da temporada 1910/11, no qual os Blues venceram por 4-1.

Por fim, os outros dois jogos disputados foram válidos pelas oitavas de final FA Cup da temporada 1949/50. No jogo de ida, as equipes empataram por 1-1 e na volta o Chelsea venceu por 3-0, garantindo a classificação. Em síntese, são quatro vitórias dos Blues, dois empates e uma vitória do Chesterfield. Além disso, são 17 gols marcados pelo time londrino enquanto o time do centro-leste inglês marcou apenas quatro.

Temporada atual

Até o momento, o Chesterfield disputou 20 partidas na National League e ocupa a liderança do campeonato. São 12 vitórias, sete empates e apenas uma derrota, o que rendeu 43 pontos e um saldo de +22 gols à equipe – que tem dois pontos de vantagem e um jogo a menos em relação ao segundo colocado.

Para chegar à terceira rodada da FA Cup os adversários do Chelsea deste sábado percorreram um caminho longo. Na última rodada classificatória, golearam o Curzon Ashton por 4-0 e garantiram uma vaga na competição. Em seguida, os Spireites venceram o Southend United pelo placar de 3-1. Bem como derrotaram o Salford City por 2-0 na última rodada.

Provável escalação

O treinador do Chesterfield, James Rowe, demonstra ter bastante conhecimento sobre o jogo – o futebol no geral – e busca construir e aplicar táticas diferentes de acordo com a necessidade. Mesmo dentro de uma mesma partida, Rowe tem planos diferentes de jogo e faz as alterações possíveis em busca do melhor resultado para sua equipe.

Apesar da flexibilidade do técnico, os Spireites tendem a começar suas partidas no esquema de 3-4-2-1 com Scott Loach no gol. Em seguida, a linha de três zagueiros deve ser formada por Jamie Grimes, Alex Whittle e Gavin Gunning. Duas peças importantes da defesa não estarão disponíveis para enfrentar o Chelsea: Luke Croll e Laurence Maguire. Por sua vez, a primeira linha de meio campistas deve ser formada por Calvin Miller, Curtis Weston, Emmanuel Oyeleke e Jeff King.

James Kellerman e Liam Mandeville devem atuar como os meio-campistas avançados, apoiando nas descidas de ataque e, eventualmente, servindo o último homem do ataque. Por fim, Rowe tem Kabongo Tshimanga no comando do ataque da sua equipe – também podendo contar com Akwasi Asante para essa mesma posição caso necessário.

 

Category: Chelsea Football Club

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Article by: Nathalia Tavares