A volta da última data Fifa do futebol feminino, representou o início de uma maratona para as comandadas de Emma Hayes. Ainda no fim de fevereiro, o Chelsea enfrentou o Arsenal pela quinta rodada da Women’s FA Cup, dando início a uma sequência intensa de jogos para a equipe.
Logo, os gols de Sophie Ingle e Sam Kerr garantiram a vitória do Chelsea no confronto da Women’s FA Cup e a classificação para as quartas de final, que já tem adversário definido: Reading.
No entanto, no primeiro compromisso de março, novamente diante do Arsenal, dessa vez na final da Continental Cup, o resultado foi diferente. Sam Kerr marcou logo aos dois minutos de jogo, porém, as Gunners pressionaram e conseguiram virar a partida.
Sendo assim, o Chelsea terminou com o vice campeonato da Conti Cup pelo segundo ano consecutivo, mais uma vez perdendo a decisão pelo placar de 3 a 1. Contudo, os clássicos contra o Arsenal são apenas o início da corrida pelos três títulos que seguem em disputa para as Blues.
Respiro e confiança
Na última quarta-feira (8), apenas três dias após a derrota na decisão da Copa da Liga, o time de Emma Hayes voltou a campo para enfrentar o Brighton pela FA Women’s Super League.
Em casa, o Chelsea respondeu da melhor maneira vencendo as Seagulls por 3 a 1 e, com isso, encostando no líder do campeonato, o Manchester United.
Muito mais que a vitória, a partida do meio de semana foi importante por marcar o retorno de peças importantes ao time titular, notadamente Melanie Leupolz, que voltou ao XI inicial após dar à luz ao filho no fim de 2022, e Maren Mjelde.
Além disso, Emma viu uma boa possibilidade para descansar algumas peças importantes como Erin Cuthbert e Magdalena Eriksson – e assim ela fez.
Tudo isso somado favorece a treinadora a buscar alternativas e variações táticas, algo que faltou nos jogos consecutivos contra o Arsenal e que acabou, em algum grau, custando o título da Conti Cup.
Apesar da parte física do time, no geral, estar boa neste momento da temporada, é sempre bom evitar ao máximo cansar as jogadoras. Sobretudo porque é agora que começam as decisões e que as vitórias precisam vir.
Confronto direto pela liderança
A rápida volta por cima após a perda de um título diante de um dos maiores rivais é um bom sinal para Emma Hayes e suas comandadas. Sobretudo porque neste domingo (12), as Blues recebem o Manchester United em Kingsmeadow em jogo que bota em disputa a liderança do Campeonato Inglês Feminino.
O Chelsea tem um ponto a menos em relação ao United, líder do campeonato. Mas também tem um jogo a menos que as líderes. Sendo assim, a vitória pode colocar o time londrino em uma posição favorável para o restante da FA WSL que, mais uma vez, deve ser decidida no detalhe.
Logo, uma vitória coloca as Blues dois pontos à frente do Manchester United com um jogo em mãos. Sendo assim, é vital somar ponto(s) este fim de semana – e por isso que a resposta imediata no meio de semana foi importante, ainda mais considerando as condições de momento.
O restante do mês
Após o confronto contra o Manchester United, as Blues terão uma semana para treinamentos antes de enfrentar o Reading pelas quartas de final da Women’s FA Cup no Madejski Stadium.
Eliminando o Arsenal da competição, o Chelsea chega com certa moral e ainda tirou um concorrente direto ao título, no papel, da competição. Porém, os últimos encontros entre Royals e Blues tem sido bastante disputados e em competições de mata-mata tudo pode acontecer.
Portanto, o descanso será importante. Até porque, será a última semana “livre” que o Chelsea terá em muito tempo.
Após o jogo da FA Cup, Emma Hayes e suas comandadas vão à França enfrentar o Lyon pelas quartas de final da Liga dos Campeões Feminina no dia 22 de março. Na semana seguinte, mais especificamente no dia 30 de março, as Blues recebem o Lyon em Kingsmeadow.
Apesar da vantagem inicial de decidir em casa, será um grande desafio bater as atuais campeãs da Europa na casa delas no jogo de ida. Por isso, o planejamento que vem sendo feito ao longo do mês se mostra vital para que o time consiga se manter competitivo em todas as frentes. Em especial na competição europeia, que é o grande objetivo de Emma Hayes e das jogadoras desde o vice-campeonato em 2021.
Entre as partidas da Liga dos Campeões, por sua vez, o Chelsea terá uma viagem à Manchester para enfrentar o City, que pode não estar em sua melhor temporada, mas, ainda assim, é um grande rival nacional.
Ademais, um deslocamento até Manchester sempre é demandante física e mentalmente, dentro de uma sequência tão intensa, então, nem se fala.
Por fim, antes de mais uma data Fifa, as Blues fecham a forte sequência de nove jogos enfrentando o Aston Villa em Birmingham já no dia 2 de abril. Mais um deslocamento considerável desde a capital, sobretudo levando em conta que na sequência grande parte das jogadoras se juntará às seleções nacionais para mais viagens.
De olho no futuro
Depois de contratar Maika Hamano, atacante japonesa de 18 anos, na última janela de inverno, o Chelsea confirmou mais uma contratação visando a próxima temporada: Nicky Evrard chega do Oud-Heverlee Leuven para reforçar a meta Blue.
Evrard tem 27 anos, canhota e sofreu apenas sete gols em 20 partidas disputadas no Campeonato Belga Feminino nesta temporada. O vínculo da jogadora começará com o clube no dia 1º de julho deste ano e será válido até o verão (europeu) de 2026.
Durante o último verão europeu, a goleira defendeu a Seleção Belga na Euro Feminina, onde impressionou o público e também a Emma Hayes, que não poupou elogios à jogadora:
Nicky será uma grande adição ao nosso plantel. Certamente demonstrou qualidade e talento na Euro no último verão. Chegar a um ambiente totalmente profissional com certeza vai ajudá-la a dar os passos para a próxima direção. Eu sei que ela vai complementar Ann e Zecira e ser uma boa figura na nossa união de goleiras.
Próximo compromisso
Relembrando: o Chelsea Women volta a campo no domingo (12) para enfrentar o Manchester United. A partida acontecerá em Kingsmeadow às 9h30 (horário de Brasília).