Melhor jogador do campeonato carioca deste ano, o holandês Clarence Seedorf vendeu o modesto Monza, da quarta divisão italiana. Iniciante em seu novo ramo, o camisa 10 do Botafogo teve que abrir mão do clube da região Lombardia da Itália, devido a problemas financeiros. O constante atraso de salários fez com que a Associazione Calcio Monza Brianza 1912 fosse punida com a perda de seis pontos na atual temporada, pela federação do país. O novo dono, Anthony Armstrong-Emery, amigo de Seedorf, também exerce a função de presidente de uma equipe brasileira: o Alecrim, de Natal.
Após comprar 51% das ações e se tornar dono do clube em 2009, o holandês acumulou uma série de insucessos fora das quatro linhas, o que gerou a criação de um abaixo-assinado da torcida local, pedindo a saída do craque. Para os Brianzolis (como são conhecidos os adeptos do Monza), Seedorf não estava investindo no clube da melhor maneira.
A equipe, que apareceu na lista dos 22 suspeitos de escândalo de manipulação de resultados no Campeonato Italiano de 2012, está nos playoffs de acesso à Série C da liga nacional. No entanto, caso coloque o salário do elenco em dia, a AC Monza garantirá sua vaga na ‘terceirona’ sem a necessidade de passar pelo mata-mata, já que terá seus pontos recuperados.
Dono de uma empresa de engenharia sustentável, Armstrong tem planos ambiciosos para a nova equipe, mas não se esquece de comandar, simultaneamente, o time brasileiro. Para tanto, o inglês se inspira no sucesso do atual campeão europeu, Chelsea.
“Ainda é cedo para falar tudo o que tem que ser feito, mas já estou realizando uma análise com meus consultores para definir os novos rumos do clube”, disse Armstrong, em entrevista ao jornal italiano“La Gazzetta dello Sport”.
“A Itália é a casa do futebol na Europa. O Brasil é a casa do futebol na América do Sul. O Monza vai atuar como uma ponte entre esses dois mundos. Eu não sou tão rico como Abramovich, mas vou fazer do Monza um “grande pequeno” Chelsea” – declarou o inglês.
