Antonio Rüdiger abriu o jogo nesta quinta-feira e falou um pouco sobre sua vida pessoal, a dupla nacionalidade e como tem sido praticar o futebol sem torcida nos estádios. O zagueiro nasceu e cresceu em Berlim, na Alemanha, porém, ele tem raízes em Serra Leoa, país na região ocidental da África.
O atleta de 27 anos foi criado na região de Neukolln, na capital alemã. Essa é uma área considerada mais pobre da cidade e que concentra muitos refugiados, caso dos pais serra-leoninos do defensor do Chelsea.
Rüdiger comenta sobre sua origem africana, o bairro onde cresceu e também como o futebol foi importante para que ele seja como é.
“Embora eu tenha nascido e sido criado na Alemanha, reconheço que há outro país que faz parte de mim, e sou 100% orgulhoso disso. Nasci e fui criado em Neukolln, em Berlim. É uma área difícil, onde a maioria dos refugiados cresceu e meus pais fugiram da guerra civil em Serra Leoa e vieram para a Alemanha para ter uma vida melhor. O futebol me manteve longe de problemas. Eu me considero muito sortudo porque venho de uma origem muito pobre, então é importante para mim dar algo em troca, se puder ajudar.”
Preocupado com o bem estar da comunidade, o zagueiro campeão da UEFA Europa League e da FA Cup pelo Chelsea também tem ambições grandes fora de campo. Ele financiou uma série de doações para o hospital em que nasceu na Alemanha.
“Eu disse ao meu irmão que quero começar uma fundação para fazer coisas boas, não apenas em Serra Leoa e na Alemanha, mas em todo o mundo. No primeiro lockdown contatei o hospital onde nasci para ver se poderia ajudar e e eles disseram que ficariam muito gratos se eu pudesse ajudar na comida das pessoas que estão na linha de frente por três meses. Eu disse que isso era uma coisa que eu faria, principalmente no hospital onde nasci. Então reuni com a minha equipe e fizemos. – comentou.
Rüdiger defende a camisa azul desde julho de 2017 e já completou mais de 130 jogos pela equipe. Atualmente ele é um dos titulares da defesa ao lado de Cesar Azpilicueta e Thiago Silva, que está retornando de lesão.
Ele comentou como está sendo a experiência de continuar jogando mesmo no período de pandemia do novo coronavirus.
“Com todo o coronavirus, o futebol mudou para todos. É estranho porque no fim das contas estamos fazendo nosso trabalho, mas é como o campeonato no domingo com todos os preparativos. Futebol são os fãs e você quer que eles o aplaudam, o façam continuar trabalhando, e você quer que os outros torcedores te vaiem. Este é o tipo de coisa que você sente falta. Mas a FA tem feito bem em manter o futebol funcionando e você tem que agradecer aos políticos e aos trabalhadores que estão lutando arduamente contra o vírus.”
No domingo, contra o Manchester United, Rüdiger pode chegar ao seu triunfo de número 80 com a camisa azul, em 134 partidas.