Parceria entre Chelsea e Vitesse é investigada na Holanda

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Ex-dono do clube holandês alega que o Vitesse não tem permissão do Chelsea para se classificar à Champions (Foto: Erik Pasman/EPA)

A Federação Holandesa de Futebol iniciou uma investigação sobre a estrutura administrativa do Vitesse Arnhem, após seu ex-acionista majoritário ter alegado que o Chelsea exerceu influência indevida no clube holandês.

Chelsea e Vitesse tem uma relação estreita. Alexander Chigirinsky, dono da equipe holandesa, é amigo de Roman Abramovich. Quatro jogadores dos Blues – Bertrand Traoré, Lucas Piazón, Patrick van Aanholt e Christian Atsu – estão emprestados ao clube holandês, e outros jogadores estiveram por lá na primeira metade da temporada. A parceria ajudou o Vitesse a chegar na terceira colocação da Eredivisie.

Houve uma discussão recente entre Merab Jordania, ex-dono do Vitesse, e Chigirinsky, onde o primeiro sugeria que o Chelsea não queria que o clube holandês se qualificasse para a Champions League. O regulamento da UEFA impede os proprietários de entrarem com duas equipes em uma de suas competições.

O Chelsea desmentiu as alegações de Jordania, dizendo que o Vitesse é um clube independente, cuja qualificação para a Liga dos Campeões seria benéfica para o desenvolvimento de seus jogadores emprestados, mas se recusou a comentar publicamente sobre o assunto. No entanto, as afirmações de Jordania levaram a federação holandesa a pedir ao Vitesse que detalhe sua “estrutura organizacional” para garantir a integridade da competição local.

“Quero dizer aos torcedores do Vitesse a verdadeira história”, disse Jordania, georgiano e ex-jogador de futebol que salvou Vitesse da falência em 2010. “Eu queria brigar pelo título, mas ‘Londres’ não queria isso. É bom ter ambição, mas não deixam o Vitesse chegar na Champions… Eu vou te dizer agora por que [o treinador] Fred Rutten saiu [em junho]. Ele sabia que ele não tinha permissão para ganhar o título pelo Vitesse.”

“No começo da temporada, ele levou a equipe à liderança. Tivemos a sensação de que precisávamos de mais um jogador para ganhar o título, Kelvin Leerdam. A transferência parecia estar finalizada, quando de repente os londrinos intervieram. Nós não tínhamos permissão para sermos muito fortes. Eu não poderia explicar isso para Fred. Eu tinha que cobrir o clube e os londrinos, mas isso causou muita tensão e caos.”

Jordania também alegou que a venda de Wilfried Bony ao Swansea no ano passado foi realizada para evitar que o Vitesse alcançasse a Champions League. “Eu queria manter Bony em Arnhem, durante mais seis meses”, disse ele. “Eu estava em contato com Michael Laudrup, o treinador do Swansea na época. Eu disse a ele que era melhor levar Bony apenas em agosto, para dar ao Vitesse um bom começo de temporada, mas Bony tinha que ser vendido.”

Bert Roetert, atual presidente do Vitesse, disse que os comentários de Jordania eram apenas uma brincadeira de mau gosto.

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Article by: Chelsea Brasil

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