A última semana foi, discutivelmente, a pior na temporada do Chelsea. E digo isso pelo simples fato do time ter sido eliminado das duas últimas competições as quais buscava títulos: UEFA Champions League e FA Cup. Com a posição mediana na tabela da Premier League, agora nada mais resta além de terminar a temporada com a dignidade compatível com o clube.
Dentre os reveses dos últimos dias, é fundamental criticar o que deve ser melhorado, mas também destacar o que ainda vem dando certo. Nesse sentido, Diego Costa merece ressalvas pelo seu trabalho recente nos Blues. Para justificar a escolha, é preciso contextualizar sua temporada e, querendo ou não, deixar de lado as glórias de 2014/15.
O início da temporada de Diego foi desastroso – assim como o de quase todo o elenco. Derrotas seguidas, intrigas internas e, acima de tudo, falta de vontade eram fatores que atrapalhavam o rendimento do grupo. O atacante naturalizado espanhol viveu jejum de gols, brigou contra lesões e também contra José Mourinho (quem diria). Seu lado emocional voltava a se exaltar e o futebol que admirou muitos espectadores estava ficando em segundo plano.
Passados os tempos de crise forte, veio a recuperação. Entretanto, as duas últimas partidas mostraram o quão agitada está a montanha russa chamada Chelsea Football Club. Acredito que Diego seja um ótimo representante desta situação, e por isso é destacado hoje. Contra PSG e Everton, ele brigou como nunca, nos dois sentidos possíveis. No confronto internacional, marcou um gol que reviveu as esperanças de uma classificação histórica, e batalhou muito por ela. Após a primeira eliminação, fez contra o Everton tudo o que o torcedor não queria: em vez de somar um gol, somou uma expulsão.
Dessa forma, temos uma boa noção de como está sendo nossa temporada e como Diego Costa é importante para seu bom andamento. Quando ele briga pelo jogo, é um líder em campo. Quando briga contra o jogo, a noite tende a ser daquelas de esquecer. Nosso camisa 19 foi apenas mais um que lutou para sair da terrível situação, mas acabou atolado na crise de 2015/16.