Uma semana após o título da Women’s Super League, o Chelsea foi campeão novamente. Desta vez, o título foi a FA Cup 2021/22, conquistado após uma vitória dramática em cima do Manchester City. A final era a chance da revanche londrina, uma vez que, na Continental Cup, o time de Manchester saiu vitorioso em cima das Blues.
O jogo, no entanto, não foi fácil. O resultado final foi 3 a 2, sendo o gol vitorioso marcado apenas na prorrogação. Além disso, a partida marcou a despedida de Ji So-Yun, Drew Spence e Jonna Andersson do clube londrino – as três sairão ao final da temporada, quando seus contratos acabam.
A partida das reviravoltas
Como em quase todas as partidas entre Blues e Citizens, a final deste domingo foi bastante movimentada. Ambas as equipes apresentam grande poder ofensivo e, de certa forma, tem defesas sólidas. Ainda mais pela rivalidade recente entre as equipes – e o sentimento amargo da derrota das comandadas de Emma Hayes na copa da liga – era de se esperar um jogo com muitas movimentações ofensivas. Afinal, para levantar o troféu nada mais interessava além da vitória.
Primeiro tempo duro
De início, quem dominou a partida foi o City. Nos 10 primeiros minutos, as Citizens tiveram duas boas chances, que não aproveitaram. No entanto, o Chelsea melhorou na partida e, aos 30 minutos, Millie Bright cruzou e Sam Kerr apenas empurrou de cabeça para abrir o placar.
Porém, a vantagem não durou muito. Pouco antes do fim do primeiro tempo, Lauren Hemp recebeu livre na esquerda e cortou para dentro. Sem resistência da defesa Blue, ela chutou sem chances para Ann-Katrin Berger. Com isso, a etapa inicial terminou com o placar de 1-1. Sendo assim, era como se um novo jogo começasse na volta do intervalo, uma vez que não havia vantagem para qualquer das equipes.
Golaço e empate no final
Assim como na primeira etapa, a equipe de Manchester começou melhor o segundo tempo. Logo aos 50 minutos, Berger foi obrigada a fazer uma grande defesa para salvar o Chelsea. Apesar das boas chegadas da equipe do norte da Inglaterra, novamente, quem garantiu a vantagem foram as Blues. Aos 63 minutos de jogo, Erin Cuthbert chutou de fora da área para fazer um golaço e retomar a vantagem das londrinas no placar.
https://twitter.com/VitalityWFACup/status/1525852946214158336?s=20&t=P5KmznfQ5aNC0DnzMTonGQ
Pelo restante do jogo, o Chelsea deixou as adversárias jogarem e buscou se defender. Nesse sentido, a estratégia deu certo até os 44 minutos da etapa complementar, quando Hayley Raso ganhou de Magdalena Eriksson e empatou a partida. Com isso, a final foi para a prorrogação.
Kerr chama a responsabilidade e faz a diferença
No início da prorrogação, as Citizens tiveram uma chance em cruzamento de Hemp, mas Berger, de forma corajosa, evitou que a bola chegasse em Ellen White. Na sequência, Kerr saiu no contra-ataque, atravessando metade do campo com a bola. Na hora de finalizar, a australiana ainda contou com a sorte, uma vez que a bola desviou em Alex Greenwood e matou qualquer chance de defesa.
Com isso, as Blues deixaram o placar em 3-2 com pouco mais de 15 minutos de jogo restantes. Mais uma vez, as comandadas de Hayes se abdicaram de jogar e apostaram suas fichas na performance defensiva. Se no tempo regulamentar a estratégia foi falha, na prorrogação deu certo e o City não foi capaz de marcar. Assim, pela segunda vez consecutiva, as Blues conquistaram a FA Cup.
Despedida perfeita
A decisão marcou o último jogo de Ji, Andersson e Spence com o Chelsea. A coreana e a inglesa, de forma especial, porque estiveram presentes em todas as conquistas do clube desde a chegada de Emma Hayes – sendo as únicas, juntamente com Millie Bright, que mais conquistaram títulos com o clube: 13. Em relação à treinadora, é a terceira temporada que ela conquista uma dobradinha nacional com as Blues.