Em suas últimas declarações que antecedem a partida desde sábado (03) contra o Southampton, José Mourinho seguiu falando sobre a forma como trabalha os erros de seus jogadores, explicando que a observação deles serve como aprendizado.
“É claro que eu faço isso (críticas) na frente dos outros jogadores, porque eu os treino. Se eu critico um erro do lateral-direito e um jovem jogador como Ola Aina está presente, então isso é educativo para Ola Aina. Se eu critico um erro cometido por Gary Cahill, se John Terry estiver na reunião e não tiver jogado ele saberá o que eu quero. E quando digo isso para um winger, digamos, o Willian, ‘você tem que fazer esse movimento porque o movimento que você fez é errado’, Pedro, que trabalha comigo há apenas dois meses, está ouvindo e aprendendo.
Os dois wingers que vão jogar contra o Southampton estavam me dizendo que podem mudar de posições. Eu lhes dei as razões pelas quais não podem, isso é comunicação. Gosto do grupo e de falar e às vezes quando sinto que não é suficiente eu tento estimulá-los. Eu faço perguntas.
Por exemplo, em relação ao segundo gol do Porto, eu disse ao nosso goleiro que o gol não foi sua culpa, mas ‘você se comunicou o suficiente, você falou com o homem da zona, dizendo a ele que talvez alguém viesse por trás dele para antecipar o espaço’. Ele disse que sim, mas ele pode fazer isso de forma mais persuasiva, com um tipo diferente de alerta.”
Além de falar sobre a forma como conduz o time, sobretudo quando ocorrem erros, Mourinho também falou que a omissão não é a forma correta de resolver os problemas, quando estes acontecem.
“Há um animal que enfia sua cabeça na areia, um avestruz, mas no futebol, nos maus momentos, você não pode fazer isso e não pode esperar por um momento melhor ou que os problemas se resolvam por si mesmos. Você não pode esperar a lua mudar e então conseguir melhores vibrações.
Se você comete erros, você está em um mal momento – mas nada de avestruz. (Você) Ergue a cabeça, enfrenta os problemas, fala, trabalha e para mim esse é o caminho.
Alguns jogadores se escondem no campo, eles não querem a bola e isso é a pior coisa quando você não quer estar lá. Eu tive jogadores assim, mesmo em grandes clubes, mas nós mostramos contra o Arsenal, quando estávamos em nossa pior sequência de resultados, que não temos esse perfil. Todos estavam lá.
Agora, não penso que estejamos tendo problemas para encontrar a personalidade para jogar.”
