Timo Werner chegou ao Chelsea com status de artilheiro no início desta temporada. O valor pago pelos Blues por ele o desempenho nas últimas temporadas pelo RB Leipzig o fizeram chegar em Londres debaixo de muita expectativa. No entanto, isso ainda não se correspondeu como boa parte da torcida azul esperava.
O ataque nem era o ponto fraco do time londrino na última campanha, mas a contratação do alemão fez com os holofotes virassem para lá. As chegadas de Hakim Ziyech, Kai Havertz indicavam um time com muitas opções de frente, tendo o camisa 11 como referência. Mesmo sendo o atleta com mais participação em gols do Chelsea na atual temporada, as coisas para ele ainda não saíram como se imaginava.
Sendo assim, surgem os questionamentos sobre o desempenho do rapaz. O que pode ter feito com que ele não fosse o atacante letal que era na Bundesliga? Listamos abaixo três motivos que podem ser determinantes nessa queda de rendimento.
Adaptação
Antes de chegar a Londres, Werner nunca tinha atuado em nenhum clube fora da Alemanha. Apesar de não ser tão garoto, não é incomum que um jogador precise de um tempo de adaptação ao ritmo intenso presente na Premier League.
Na Inglaterra, joga-se mais do que na Alemanha, principalmente no período de fim do ano. Os times viajam mais, o desgaste é maior e isso tudo interfere no desempenho físico e técnico de um atleta.
Sistema de jogo
Pelo Leipzig, Werner dividia a referência do ataque com Youssuf Poulsen. O time de Julian Nagelsmann funcionou durante um bom tempo com um 3-5-2 clássico tendo os dois na frente. Mas, quando o atacante dinamarquês não estava, o esquema virava um 3-4-2-1 tendo o atacante alemão como comandante das ações ofensivas.
Foi assim, como um atacante móvel que partia da esquerda para o centro, que ele teve o melhor desempenho da carreira. Na última temporada, ele marcou 28 gols e deu oito assistências na Bundesliga. Pelo Chelsea, o esquema que o consagrou só se instalou agora com a chegada de Thomas Tuchel. E ainda assim, ele não atua da mesma forma que era no antigo clube.
Psicológico
A queda de rendimento, a ausência de gols, os valores investidos, as críticas das redes sociais tudo isso é somado e deixa o atleta com o psicológico abalado. Nesta temporada, ele protagonizou lances ridículos em jogadas de fundamentos básicos, como na derrota para a Macedônia do Norte. E as reações, após os closes da tv, indicavam um atleta abatido.
Entretanto, não se pode achar que ele não é um bom atacante ou que desaprendeu a jogar. Não se marca 34 gols em 45 jogos sendo um jogador comum. Não se vira alvo de disputa de clubes como Chelsea e Liverpool sendo um perna de pau.
É preciso ter um pouco mais de calma e criar condições para que ele renda da melhor maneira possível. A contratação de Thomas Tuchel é um indicativo de que a diretoria quer fazer valer os 53 milhões de euros investidos. E se esses fatores forem suavizados, é possível que o rendimento do camisa 11 renda grandes alegrias aos torcedores azuis.