Em entrevista ao jornal inglês The Guardian, o capitão do Chelsea, John Terry, afirmou que nunca seguiria os passos dos ex-companheiros Frank Lampard ou Petr Čech, que acabaram se mudando para outros clubes na Inglaterra. Segundo ele, ainda restam “pelo menos alguns anos” no Chelsea.
O experiente zagueiro, que está com 34 anos, superou todas as expectativas sobre ele ao jogar todos os minutos na última Premier League, levantando a taça tando da Premier League quanto da Capital One Cup.
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Neste mês, o ídolo Čech assinou com o rival Arsenal, uma mudança que Terry que jamais faria. Frank Lampard e Steven Gerrard, dois dos maiores ídolos do futebol inglês nos últimos anos, se transferiram para o futebol norte-americano, que está em ascensão. Um caminho que Terry deu a entender que poderia trilhar um dia.
“Todo verão eu trabalho mais ou menos todos os dias para me dar a melhor chance. Se chegar nesse ponto que eu for deixado de lado eu saberei que não foi por culpa de não ter tentado. Olhar a mim mesmo e a minha família no espelho é tudo o que eu faço na minha carreira.
Eu poderia lidar com o fato de ficar fora da equipe. Sem dúvidas, pessoas como eu e o Steven (Gerrard) querem jogar, é claro. Esse é o nosso instinto natural. Quando você joga a carreira toda, é difícil. Petr Čech foi um profissional exemplar no ano passado e é por isso que ele conseguiu a mudança que ele queria, pelo quão bem ele reagiu no local.
Eu vi jogadores seguindo outro caminho. Eu certamente seguiria o caminho de Petr e continuaria dando tudo pela equipe. Se depois eu sentisse que o Chelsea fosse me dispensar ou achasse que eu não teria mais nada para oferecer, mas que eu achasse que teria, então é claro que eu iria querer continuar jogando. Mas não seria na Premier League”.
Sua disponibilidade certamente chamaria atenção das franquias da MLS. Geralmente, os times procuram jogadores nas posições de ataque ou meio-campo, um dos motivos pelo qual as defesas deixam muito a desejar. No entanto, Terry está totalmente focado em seu atual momento com os Blues.
“Não estou tomando nada como garantido. O treinador falou que se eu conseguir manter minha forma, estou dentro. Mas se eu não mantiver minha forma ele não terá escrúpulos em me deixar de fora e colocar alguém no lugar.
Temos uma relação honesta. Eu não duvido de que ele confia em mim. Eu espero retribuir isso porque ele tem sido incrível comigo. Eu darei tudo por ele. E ele tem sido uma figura paterna na minha carreira, então eu devo muito a ele. Eu sei que uma dia minha carreira chegará ao fim então darei tudo de mim nesses próximos anos”.
Enquanto os principais rivais do Chelsea na Premier League já investiram pesado nessa janela de transferências, como Manchester City, Manchester United e Liverpool, o Chelsea tem sido mais um expectador, ciente de que seu elenco precisa apenas de ajustes pontuais. Terry comentou sobre essa questão e sobre a transferência do jovem Raheem Sterling, que trocou o Liverpool pelo Manchester City por incríveis £49 milhões.
“Sterling foi um dos melhores jogadores que eu enfrentei ano passado. Ele causou muitos problemas e acho que ele será um grande jogador para eles.
É muito dinheiro, mas que outro jogador inglês você poderia procurar e comprar? Para mim, ele foi um dos melhores jogadores da liga. Tem coisas que ele não lidou muito bem, mas ele é um jovem garoto que quer jogar bem e no topo.
E não é culpa dele que ele tivesse que ir e fazer isso no Manchester City, porque o Liverpool não fez por onde ano passado. Então eu entendo de onde ele veio e desejo-lhe sorte, porque eu acho que ele é um jogador inglês de elite. Esqueça o dinheiro.
Eu acho que o jeito que jogamos e o jeito que ganhamos (a Premier League), mantendo-nos no topo o ano todo, mostrou o quão bom nós somos. Eu acho que muitos (dos nossos rivais) precisavam se fortalecer e eles fizeram isso. E acho que eles voltarão com muito mais fome, prontos e acreditando que podem nos alcançar ou mesmo nos superar.
Sim, eu acho que nós forçamos os outros clubes a crescerem. E talvez os clubes tiveram que colocar £5 milhões a mais em jogadores que eles pensavam que tinham, porque a nossa qualidade ano passado os forçou a isso”.
