
Alcançar 300 jogos por um clube é um marco especial na vida de qualquer atleta. É um fato que ajuda a assegurar um lugar na história da equipe. Branislav Ivanovic chegou a essa marca de 300 jogos no último final de semana, contra o Manchester City, apenas o 35º jogador a alcançar esse feito pelo clube e agora diz o que isso significa para ele e como ele vê o futuro da equipe na temporada.
Confira abaixo:
É um importante marco para você, Branislav?
“Trezentos jogos é realmente significante para mim e estou muito orgulhoso de tudo, fazer parte desse clube e desse sonho por tanto tempo assim. Foram sete belos anos e eu passei a melhor parte da minha carreira no Chelsea, estou muito orgulhoso.”
No começo da sua carreira, você imaginava que passaria tanto tempo em um clube?
“Era difícil pensar desse jeito. Sempre sonhei em jogar no melhor nível e estar nas grandes equipes e meu sonho se tornou realidade, mas não pensava mais do que isso, só tentei dar o meu melhor e ficar por quanto tempo fosse possível, tentando fazer tudo para o time e para o clube.”
Trezentos jogos é um sinal que seu físico está bom.
“Eu acho que isso vem um pouco da minha natureza, mas também de muito trabalho. São muitos jogos, mas para mim não é tão importante a quantidade, mas sim como você joga essas partidas. Eu também não sou uma pessoa que pensa muito no passado, sempre olho para o futuro.”
Você é o quinto jogador estrangeiro a alcançar 300 jogos com o Chelsea, então você deve gostar da Inglaterra, de Londres, da cultura daqui – sua família se sente bem acomodada?
“A adaptação foi muito difícil para mim no começo porque eu não falava inglês e tudo é novo quando se muda de país. Quando você muda de time é uma coisa, mas mudar de país é uma história completamente diferente. Foi difícil, mas então comecei a aprender inglês e a minha família agora, estamos todos muito felizes sobre como as coisas estão indo. Estamos felizes em Londres.”
Lembramos de seu filho Stefan marcando um gol em Stamford Bridge após o último jogo da temporada alguns anos atrás. Seus filhos se sentem tão ingleses quanto sérvios?
“Isso é normal com a educação e com as escolas, então não é um problema. Meu filho ama futebol e continua jogando, mas é ainda muito jovem.”
Quando você marcou um gol de cabeça contra o Liverpool, recentemente, isso te trouxe lembranças dos seus primeiros gols pelo Chelsea em Anfield, em 2009?
“Minha carreira no Chelsea realmente começou marcando dois gols em Liverpool, e aí quando você está próximo de 300 jogos e você marca de novo é uma boa lembrança. É legal e é um sentimento muito bom de chegar à final da Capital One Cup. É o único troféu que não ganhei com o Chelsea e desejo muito isso.”

José Mourinho disse após a partida contra o Liverpool, em que você jogou com o pé lesionado, que sua chuteira encharcada de sangue seria exibida na Academia.
“Eu estava muito feliz em ter marcado, mas mesmo se não tivesse, sabia que seria um exemplo. Eu também conheço vários jogadores que fazem isso e jogam sangrando. Isso é algo a mais que você dá durante um momento em um jogo e é uma coisa pequena. Acontece em todas as equipes.”
O ataque do Chelsea recebeu muitos aplausos nesta temporada, mas a equipe também tem uma das melhores defesas da Premier League. O treinador frequentemente relembra da contribuição dos defensores. É bom ouvir esses elogios?
“Claro e é ótimo ter essa filosofia e olhar para a mesma direção. Para ganhar troféus é muito importante ter um jogo defensivo forte e ter uma equipe compacta. Isso realmente nos dá a confiança de que estamos na direção certa, mas estamos ainda no meio do caminho.
Uma das coisas sobre a minha carreira aqui é que eu sempre joguei com ótimos defensores e com vários grandes jogadores, e agora estamos nos defendendo bem, mas também em qualquer jogo podemos criar vários problemas para os oponentes. Estamos em um momento muito bom.”

Nessa temporada você tem recebido muitas oportunidades de subir ao ataque.
“Nós controlamos o jogo e temos mais posse de bola do que antes, então isso me dá mais tempo de ir para frente e criar algo no ataque.”
Conte para nós sobre o gol recente marcado pelo Oscar contra o Newcastle, onde você e o Willian surpreenderam o adversário cobrando um escanteio rápido.
“Eu vi a bola com o Willian e pedi o toque porque normalmente quando o oponente está desprevenido você tenta usar isso. Tive espaço para receber a bola e conseguimos marcar o gol, o que foi ótimo para o time. Isso mostrou uma boa mentalidade.”