Relativamente desconhecido para a maioria dos torcedores do Chelsea quando contratado na última janela de transferências, Baba Rahman foi um dos destaques da última edição da Bundesliga e chegou à Londres para ocupar um lugar aberto na lateral-esquerda após a saída do experiente Filipe Luis, que voltou ao seu antigo clube, o Atlético Madrid, após apenas uma temporada vestindo azul. A transferência do ganês foi tão repentina que até mesmo o próprio jogador se surpreendeu com o fato de que o Chelsea tenha feito esforços rápidos por ele, mas admitiu que seria difícil negar uma mudança para Londres:
“Foi uma surpresa quando o Chelsea veio até mim, mas quando a oportunidade se mostrou real eu tinha que aproveitar. Eu não podia dizer não, porque eu estava tendo a chance de jogar para um dos melhores treinadores do mundo: José Mourinho.
Para mim, foi incrível e eu estou muito feliz em trabalhar em uma equipe como o Chelsea. É por isso que eu aceitei vir para cá. Outra razão é que eu sei que aqui posso lutar por troféus, o que é um sonho de qualquer jogador.”
A Inglaterra, contudo, não é o lugar mais fácil para um jogador se adaptar, especialmente quando você está vindo de um clube do meio da tabela do Campeonato Alemão, onde não há tanta pressão. Felizmente para Rahman, ele tem podido contar com a ajuda de um dos melhores jogadores que o Chelsea já teve nas últimas décadas, que por ser compatriota do lateral, tem ajudado muito o jovem:
“Eu sinto muito mais pressão aqui do que em Augsburg, mas Michael (Essien) tem me ajudado muito com isso. Ele sabia que estava vindo para o Chelsea no verão, e então tem me ajudado muito. Ele tem me dado conselhos desde que cheguei, me dizendo para continuar lutando e dizendo também que eu vou ser um sucesso aqui.
Eu tenho estado em contato com ele desde o início da temporada. É ótimo ter alguém como Michael interessado em mim e eu recebo um monte de dicas dele. Ele é um grande herói em Gana. Eu gosto muito dele pessoalmente. Ele é um dos maiores jogadores que Gana já produziu.
Claro que foi difícil quando cheguei aqui. Mas eu estou tentando me incorporar à equipe. É difícil conseguir uma vaga na lateral, mas quando você tem essa chance, você só tem que se preocupar em fazer seu papel.”
Rahman foi levado ao Chelsea para ser reserva de César Azpilicueta na lateral-esquerda, mas a lesão de Branislav Ivanovic deu ao ganês alguns jogos como titular. Nestas poucas partidas, o jogador mostrou seu talento ofensivo, apoiando quem estava na ala esquerda com sobreposições; mas ele também revelou uma série de deficiências defensivas em seu jogo, que segundo José Mourinho são normais para um jogador jovem e que serão trabalhadas ao longo da temporada. Baba sabe que ele ainda tem um longo caminho pela frente para se tornar um titular do Chelsea; e está bem ciente de onde precisa melhorar:
“Eu estou trabalhando para melhorar jogo após jogo. Acho que posso ser um jogador melhor. Eu tenho aprendido muito sobre o futebol. Aprendi o estilo do futebol jogado aqui e vejo o quanto meus companheiros trabalham muito. Acho que eu posso ser melhor com o meu combate e minha marcação.
Eu sou o tipo de lateral-esquerdo que é rápido no contra-ataque, mas a minha defesa necessita melhorar. Eu só quero dizer aos fãs que eu quero fazer meu melhor e eles vão ver muito mais de mim.”
Ivanovic voltou de lesão na última partida, contra o Norwich, e provavelmente vai voltar a ser titular absoluto da lateral direita, o que significa que o tempo de jogo de Baba voltará a diminuir. Mas, em suas poucas aparições, ele demonstrou o potencial de quem foi elogiado como um dos melhores laterais da Bundesliga na temporada passada, junto com jogadores como Ricardo Rodríguez e David Alaba. Cabe agora a ele cumprir essa promessa de evoluir seu jogo para, talvez, se tornar um jogador importante para o Chelsea no futuro.