
O ex-jogador do Chelsea, William Gallas, está pendurando as chuteiras. Seu último clube foi Perth Glory, da liga australiana, onde estava desde outubro de 2013, pouco depois de ter sido dispensado pelo Tottenham. Aos 37 anos, Gallas falou ao Sport Confidentiel, programa televisivo francês que irá ao ar na noite desta quinta feira (16) no país, anunciando o fim da sua carreira. “É algo que não é fácil de anunciar. Você fala pra você mesmo que sempre pode continuar, mas eu acho que hoje não posso.”
Cria da academia francesa de Clairefontaine, Gallas iniciou sua carreira profissional no SM Caen, em 1995, onde foi campeão da segunda divisão nacional. Deixou o pequeno time da Normandia para assinar com o Olympique de Marseille, clube que vestiu a camisa por quatro temporadas.
Em 2001, acertou com o Chelsea por aproximadamente seis milhões de libras com o aval de Claudio Ranieri. Formou com John Terry uma dupla de zaga que ficou 16 partidas sem sofrer um gol sequer, antes de ser deslocado para a lateral esquerda. Sob o comando de José Mourinho, foi parte do elenco vitorioso que levantou uma Taça da Liga, uma Supertaça da Inglaterra e a Premier League por duas vezes, uma delas com o recorde de defesa menos vazada, apenas 15 gols sofridos ao longo de toda a competição.
Deixou os Blues para assinar com o rival Arsenal como parte do acordo que levou Ashley Cole a Stamford Bridge em 2006. Nos Gunners, vestiu a camisa 10 e foi capitão, mas não conquistou nenhum título. Mais uma vez trocou de time em Londres, se transferindo para o Tottenham em 2010. Após uma boa temporada de estreia, Gallas sofreu com as contusões na segunda e não teve seu contrato renovado. De acordo com a história do clube, Gallas foi o primeiro jogador a vestir as camisas de Chelsea, Arsenal e Tottenham, os três maiores de Londres atualmente.
Pela seleção francesa, Gallas acumulou 84 partidas e cinco gols, incluindo o inesquecível tento contra a Irlanda. Após cobrança de falta de Florent Malouda, outro que vestiu a camisa do Chelsea, Thierry Henry evitou que a bola saísse pela linha de fundo com um toque de mão e cruzou para Gallas completar para as redes. O gol, já nos minutos finais da prorrogação garantiu a classificação francesa à Copa do Mundo de 2010. O zagueiro também estava no grupo vice-campeão mundial em 2006, quando perdeu para a Itália nos pênaltis. Com a camisa francesa, Gallas conquistou a Copa das Confederações de 2003, disputada em seu país.