
Inglês de nascimento, mas representante das cores da Seleção Irlandesa, o ex-atacante Tony Cascarino, que representou as cores do Chelsea entre 1992 e 1994, trabalha agora na mídia, tanto na televisão quanto como colunista de um jornal e, recentemente, concedeu entrevista ao site oficial do Chelsea.
Primeiramente, o ex-Blue falou sobre os atacantes atuais do clube londrino. No início da atual temporada, após um ano marcado pelo fraco desempenho de Fernando Torres, Samuel Eto’o e Demba Ba, José Mourinho promoveu uma mudança radical na frente do Chelsea, contratando Diego Costa, Didier Drogba e Loic Remy, para substituir o trio de 2013-2014. A parte mais interessante disso é que, além de demonstrarem desempenho superior ao de seus antecessores, os atacantes trazem consigo diferentes características, algo útil para o comandante português.
“Adoro a fome e o desejo de irritar pessoas do Diego. Ele nunca para de incomodar os defensores e tornar o mais difícil possível a tarefa de qualquer adversário. Adicione os gols que ele tem marcado e essa tem sido uma temporada tremenda.
Loic chegou e tem feito o que ele é pago para fazer – mormente, mudar o jogo como um substituto e conseguir importantes gols. Didier também tem feito um trabalho, seja por cinco ou 10 minutos, por vez, ou por todo o jogo. É por isso que José o persuadiu a voltar. Ele também conseguiu um ou dois gols importantes.”
Voltando mais de duas décadas, Cascarino foi um dos jogadores responsáveis por liderar o ataque do Chelsea, sob o comando de Ian Porterfield. O atacante, nascido em Kent, foi contratado em fevereiro de 1992, vindo do Celtic, que recebeu o zagueiro Tommy Boyd em troca.
No tempo entre sua chegada e seu último jogo pelo clube – como um substituto, na final da FA Cup de 1994 – Cas, como era conhecido, foi parceiro de ataque de Kerry Dixon, Mick Harford, Gavin Peacock, John Spencer e Mark Stein. E ele se recorda de que era um Chelsea muito diferente, todavia, como ele explica, se sentia o começo de algo especial.
“Quando entrei pela primeira vez no clube, Ken Bates se sentou conosco e disse que esse (o Chelsea) seria o melhor time de Londres um dia. Alguns dos garotos ficaram rindo. Estávamos conseguindo 10.000 expectadores, às vezes, mas o Ken disse que o Chelsea tinha o potencial para ser o maior time de Londres. Hoje, olho para isso – o Ken tinha razão. É óbvio o quanto esse clube cresceu.
Nós tínhamos um ótimo grupo de garotos, então. Tivemos muita diversão! Provavelmente, não éramos tão sérios quanto deveríamos. O Ian Porterfield era um homem amável, mas havia uma atmosfera muito relaxada. Pessoalmente, eu tive alguns momentos difíceis aqui. Sofri uma dura lesão no joelho, a qual tentei superar e que não me fez nenhum favor, mas, se você me perguntar qual foi o melhor vestiário do qual fui parte, em termos de atmosfera com o grupo, eu diria o Chelsea, de mãos atadas.
Tivemos alguns grandes personagens: Andy Townsend, Kerry Dixon, Vinnie Jones, Wisey, Frank Sinclair, Jason Cundy e muitos, muitos outros. Passamos por bons e maus momentos juntos. Eu consigo ver a mudança. Meu pai era torcedor do Chelsea e costumava me levar aos jogos; meu filho é um grande torcedor do Chelsea hoje. Tenho muita afeição por esse time de futebol. Fazer parte de sua história é bom o suficiente para mim. O time cresceu a um nível que apenas Ken Bates viu em 1992. Ele está em grande forma.”