Segundo a Sky Sports, o caso Eva ganhou um novo episódio e, dessa vez, a médica declarou que em “nenhum momento solicitou” a FA (Football Association), para fazer um pronunciamento sobre algumas observações que José Mourinho fez em um jogo no início da temporada.
A FA declarou que o técnico do Chelsea teria feito comentários discriminatórios para a ex-médica da equipe, pois haviam discutido no final do jogo contra o Swansea, na abertura da Premier League.
Heather Rabbatts, conselheiro independente da FA, e chefe do conselho de inclusão, disse que ela tinha “grandes preocupações” em relação ao processo disciplinar FA no caso, enquanto o presidente da entidade, Greg Dyke, questionou o julgamento de Mourinho no assunto.
A FA diz que se aproximou de advogados Dr. Carneiro para perguntar se ela queria apresentar qualquer evidência relevante, mas uma declaração de Eva insiste que ela não foi convidada a dizer o seu lado da história – tanto neste caso, quanto na última temporada envolvendo torcedores do West Ham.
“Fiquei surpresa ao saber que a FA teria investigado o incidente de 08 de agosto através da imprensa”, disse ela.
Em nenhum momento fui solicitada pela FA para fazer uma declaração. Gostaria de saber se esta pode ser a única investigação formal neste país onde não foi considerada relevante a versão de um dos indivíduos envolvidos no incidente.”
“Por escolher ignorar algumas das provas, isso certamente irá influenciar o resultado das conclusões.”
“Na última temporada, eu tive uma experiência semelhante em um jogo no West Ham FC, onde fui sujeita a abuso verbal. Na sequência de queixas por parte do público, a FA se pronunciou à imprensa dizendo que não tinha havido nenhum canto sexista durante este jogo.”
“Em nenhum momento fui questionada sobre essa declaração vil, inaceitável, um abuso sexual explícito que foi claramente ouvido.”
“São incidentes como estes e a falta de apoio das autoridades do futebol que tornam tão difícil para as mulheres no jogo.
Admiro o que Heather Rabbatts fez e agradecer a ele e os amigos e colegas que me apoiaram neste momento tão difícil.”
A FA respondeu às declarações:
“Nós nunca recebemos qualquer informação ou reclamação da Dra. Carneiro.
Incluindo em correspondência escrita com seus advogados, ficou explicitamente claro que se a Dra. Carneiro tivesse provas para fornecer ou desejava fazer uma denúncia, foi mais do que bem-vindo a fazer isso. Essa oportunidade permanece aberta.”
