No primeiro episódio da nova série que foca nos jogadores emprestados, o site oficial do Chelsea analisou a primeira parte da temporada de Dominic Solanke como titular regular do Vitesse Arnhem, da Holanda.
O atacante de 18 anos iniciou 13 partidas pelo quinto colocado da Eredivisie, partindo do banco em outras três. Ele impressionou com seu psicológico forte e movimentação em campo, junto com os companheiros de Chelsea, Lewis Baker, Izzy Brown, Danilo Pantic e Nathan.
Artilheiro da UEFA Youth League e da FA Youth Cup, ele contou ao site oficial do Chelsea sobre sua experiência como futebolista.
Chelsea Football Club: Como você define sua experiência na Holanda?
Dominic Solanke: Muito boa. É ótimo ter tempo de jogo. É uma liga muito boa para o desenvolvimento. Muitos times colocam a bola no chão e jogam futebol. É bem parecido com a Premier League nesse aspecto, sem muitas bolas longas. É um bom lugar para o desenvolvimento, tanto tecnicamente quanto fisicamente. Isso é importante. Estou gostando do desafio.
CFC: Quais são as diferenças entre o futebol de base e o futebol sênior?
DS: Ser um jogador de uma liga principal é querer vencer, e isso é o principal. Você tem que fazer tudo para ganhar e você tem que jogar com o time para vencer. É muito mais puxado jogar contra jogadores maduros toda semana e isso é uma coisa com que você precisa se adaptar rapidamente.
CFC: Na nossa academia, você foi utilizado como meia de ligação e também como atacante – qual o papel que desempenhas no Vitesse?
DS: Eu jogo como camisa nove aqui, mas há muita troca de papéis entre os atacantes do time. É uma liga bastante técnica então temos que fazer combinações rápidas. Falando assim, não é muito diferente do time jovem do Chelsea. Gostei de jogar contra alguns times grandes. O jogo contra o PSV, em dezembro, foi uma das minhas melhores performances na temporada. Eles são um dos maiores clubes do mundo, estão nas oitavas de final da Champions League, então jogar contra eles foi ótimo para mim. Infelizmente, venceram no final. Jogamos muito bem e foi duro perder, mas aprendi com isso.
CFC: Qual o sentimento de jogar na frente de milhares de pessoas toda semana?
DS: É o que todos querem fazer. Para ser sincero, não senti pressão extra. É ótimo jogar na frente de grandes públicos e ter uma torcida atrás de você ajuda. Gostei disso. Os fãs do Vitesse são bem positivos e gostam de estar envolvidos nas coisas. Tivemos algumas experiências junto aos fãs.
CFC: Como foi a adaptação à Holanda? Deve ser bom ter alguns parceiros de Chelsea com você…
DS: Foi bem fácil me adaptar com a cultura e linguagem daqui. O fato de que todos falam inglês ajuda muito. Comunicamo-nos muito facilmente. O apoio de Izzy e Lewis foi uma das razões de me juntar ao Vitesse. É muito bom ter, no meu primeiro empréstimo, jogadores familiares ao Chelsea e que me ajudaram a me sentir em casa. Tenho contato com Eddie [Newton] e Paulo [Ferreira], em Cobham. Eles gostam de falar comigo, ver meus jogos e me dar conselhos. Todos os jogadores emprestados se ajudam e é bom falar com eles para ver como estão indo.
CFC: Você fez sua estreia na Inglaterra sub-21 desde que começou a jogar pelo Vitesse…
DS: Foi impressionante. Quando percebi que fui convocado fiquei muito feliz e começar os jogos [um empate com a Bósnia e uma vitória sobre a Suíça] foi ainda melhor. Senti que foi um grande passo jogar com todos os talentos do país. Todos jogam em diferentes níveis, alguns na Premier League, alguns na Championship, alguns fora do país e é interessante ver todos se envolvendo. É ótimo jogar com eles pelo país.
CFC: Você marcou cinco gols até agora e foi nomeado para o time da semana algumas vezes – já definiu alguma meta para a segunda parte da temporada?
DS: Não marquei tantos gols quando planejava, então marcar gols é definitivamente a meta. Quero também desenvolver meu jogo como um todo.
CFC: O Vitese voltou em ação na última semana após a pausa de inverno, outra experiência para si…
DS: Sim, é muito diferente ter uma pausa de inverno. Na Inglaterra, você não tem essa pausa e ter algumas semanas de parada foi ótimo, especialmente quando você esteve longe de casa por tanto tempo. Foi ótimo ver sua família e amigos. Então fomos para um campo de treinamento na Espanha e acho que estamos preparados para a próxima temporada.