As atuações de Diego Costa na atual temporada consolidam – mais do que nunca – a referência criada no ataque do Chelsea. E digo “mais do que nunca” porque o hispano brasileiro não é apenas o goleador do time ou aquele jogador identificado com a torcida. Partidas como a vitória sobre o Manchester City provam que Diego tem outra mentalidade, diferente da que costumávamos ver, e ele certamente já percebeu isso.
Para sustentar o argumento, não devemos nos ater muito a alguns números. Quando se fala em cartões recebidos, por exemplo, poucas coisas mudam. Costa já soma quatro cartões amarelos na atual temporada, metade do número recebido nas duas anteriores. Sua fama negativa muito se ligava às entradas violentas, discussões acaloradas e até mesmo jogadas desleais em campo. Esse é o ponto que mudou e criou o jogador que vemos hoje.
As duas temporadas completas em Londres transformaram o Diego que gosta de brigas e de fazer gols pelo Diego que coordena o time, mas que ainda gosta de fazer gols. O péssimo exemplo de Sérgio Aguero, em jogada com David Luiz, poderia ser atribuído ao atacante do Chelsea há algum tempo, mas ele vem mostrando que, de fato, só pensa na artilharia.
Não estou dizendo que seus dias nervosos acabaram, todos podem perder a cabeça, mas afirmo que Diego pensaria no mínimo duas vezes antes de fazer o que Aguero fez. Ele continua recebendo entradas duras de seus marcadores, e sempre irá, mas não revida com pontapés e cotoveladas, e sim com um futebol bem trabalhado que o possa levar ao gol – aí sim, a explosão é não só permitida, mas desejada.
Acho importante concluirmos que a ascensão de Diego vem num momento muito importante. Um novo treinador, uma nova filosofia e alguns novos jogadores fazem o atual Chelsea superar tudo aquilo que vimos em 2015/16. O faro de gols do atacante não mudou, tampouco seu comprometimento com o time, mas é fato que a colocação e comportamento de Diego mostram, da melhor maneira possível, a arma que temos para voltar a vencer e pensar grande, como já vemos acontecer.
