O magnata Roman Abramovich investiu cerca de £100 milhões em um grande projeto na academia do Chelsea e, após esse esforço, o russo deixou claro que espera um retorno da sua equipe. A informação é do Daily Mail.
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Abramovich assiste com frequência os jogos da academia, gastando muito mais de seu tempo do que os 10 minutos que o técnico José Mourinho insiste em afirmar que são suficientes para se avaliar a vontade do jogador para passar ao time principal. Há uma certa obsessão sobre essas vagas, após Mourinho ter prometido integrar alguns dos vencedores da UEFA Youth League na primeira equipe. Após a vitória por 1 a 0 sobre o Manchester United, em abril, ele afirmou:
“Não posso ter um elenco com 10 homens e 10 crianças – eu devo ter um elenco como o que nós temos hoje com 16 ou 17 experientes, e três ou quatro crianças.”
No entanto, ao analisar o time que jogou contra o Arsenal na decisão da Community Shield, é alarmante notar que, com exceção do capitão John Terry, nenhum jogador formado nas categorias de base do clube foi escalado.
Três jovens jogadores do elenco – Ruben Loftus-Cheek, Betrand Traoré e Ola Aina – receberam uma oportunidade de jogar na derrota para a Fiorentina por 1 a 0, pelo torneio amistoso Copa dos Campeões. Nenhum deles convenceu e mostrou maturidade e confiança para seguir atuando com a equipe principal.
O custo de ser ter um grande fracasso é assustador, já que o Chelsea tem injetado milhões nas categorias de base e nenhum jogador se firmou na equipe titular desde John Terry, em 1997.
As equipes de meio de tabela da Premier League, que tem o foco em formar jogadores para serem aproveitados no elenco durante o campeonato, investem cerca de £4,5 milhões por ano em suas categorias de base.
Além dos custos com funcionários, viagens e os estabelecimentos de ensino, o Chelsea ainda tem a questão dos altos salários para jogadores de base e transferências para contar com os melhores jovens do mercado.
Loftus-Cheek, que foi criticado por José Mourinho pela suposta falta de esforço do atleta durante o tour pós-temporada, recebe cerca de £18.000 por semana.
Somado às taxas de transferências, como por exemplo a do atacante Izzy Brown, que veio do West Bromwich Albion por £1 milhão, Abramovich tem o direito de saber o porquê da equipe não conseguir formar um jogador que seja aproveitado constantemente no time titular. Mark, pai do ex-blue Josh McEachran, contou um história envolvendo o Real Madrid, que entrou nas negociações de um novo contrato do jovem com o Chelsea em 2011.
Na época, McEachran, que fez parte do elenco campeão da FA Youth Cup e que já tinha figurado algumas vezes no time titular, foi considerado como um dos jogadores mais talentosos no país. Com o interesse do gigante espanhol, o Chelsea renovou com o jovem por mais cinco anos, com salários de £38.000 por semana. Com a recente transferência em definitivo de McEachran para o Brentford, da segunda divisão inglesa, os Blues viram suas chances de recuperar o investimento ruírem.
O Centro de Treinamentos de Cobham reúne jogadores com grande reputação e salários maiores ainda, antes mesmo deles se tornarem opções no banco de José Mourinho.
O retorno do ex-lateral Paulo Ferreira é um passo positivo, trazido para ser assistente de Eddie Newton no desenvolvimentodo dos jovens emprestados pelo Chelsea. No momento, 14 jogadores estão emprestados, sendo que ainda mais jogadores podem sair antes do fim da janela de transferências.
Ferreira, que está combinando seu trabalho no Chelsea com os estudos para as graduações como técnico, tem grande confiança e voz com Mourinho, que o vê como altamente qualificado.
O treinador quer que seus jogadores já cheguem com uma mentalidade de um campeão, conquistando seus lugares no time principal e deixando para trás os nomes já estabelecidos. No entanto, ele só consegue vê-los aperfeiçoando suas habilidade e seus pontos fracos.