Fernando Torres foi contratado pelo Chelsea no ano de 2011 pelo valor recorde de 58 milhões de euros. O atacante ex-Liverpool e Atlético de Madrid, no entanto, nunca valeu de fato o que nele foi investido, e desta forma é constantemente cobrado e criticado pelos torcedores e pela imprensa. Porém, um de seus atos com a camisa blue jamais será esquecido pelos amantes de futebol.
No dia 24 de abril de 2012 o Chelsea foi até o Camp Nou enfrentar o Barcelona. Mesmo com a vantagem de 1 a 0 trazida de Londres era difícil acreditar que os Blues resistiriam ao Barça, que na época era o melhor time do mundo e também vinha sendo apontado como um dos melhores da história.
E, de fato, o roteiro parecia se desenhar a favor dos donos da casa. Logo no começo do jogo, Cahill, lesionado, foi substituído. Tempo depois, sendo dominado, o Chelsea cedeu e Busquets abriu o placar. Um minuto depois, expulsão para John Terry e, logo na sequência, Iniesta fez o gol que já daria a classificação para o Barcelona.
Apenas um milagre salvaria o Chelsea, e ele foi se desenhando aos poucos. Primeiro com Ramires que, de cobertura, fez um golaço e devolveu ao seu time a condição de classificado. No entanto, o Chelsea (com um homem a menos) teria a dura missão de segurar o melhor time do mundo por 45 minutos. E logo no início da segunda etapa tudo parecia já estar acabado para os Blues, visto que o Barcelona teve um pênalti ao seu favor. Messi, no entanto, “tremeu” diante do gigante Petr Cech, que posteriormente faria muitos milagres na partida – o melhor jogador do mundo carimbou o travessão e deixou a esperança azul acessa.
Sem zaga (a dupla, “remendada”, era formada Bosingwa e Ivanovic) e com o time todo tendo que marcar efusivamente, o Chelsea estava completamente acuado e não conseguia sequer trocar dois passes em sequência. Era chutão atrás de chutão e muita pressão por parte do rival. Cech, inexplicavelmente, seguia se virando. Diante de tanto sufoco, Di Matteo chamou Fernando Torres, o odiado, contestado, para o jogo. “O que esse cara ta pensando?”, diziam os torcedores blues.
Mas Torres parecia predestinado. Na hora certa, no lugar certo e com a frieza necessária, tratou de calar cada um de seus críticos. Em um dos muitos chutões dados pela defesa do Chelsea, o atacante, completamente sozinho, pareceu esquecer tudo o que o cercava: as críticas, a desconfiança, a falta de afinidade com as redes e um estádio com quase 90 mil pessoas. Torres dominou, avançou, driblou Valdés e fez o épico gol que garantiria a vaga para a grande final. Tudo isso com uma assustadora tranquilidade, que não refletia nem um pouco no atual momento do espanhol, que vinha sendo hostilizado em todos os lugares que jogava.
O gol, infelizmente, não transformou Torres no jogador de antigamente. Mas se o atacante não conseguiu conquistar o torcedor do Chelsea pelos seus gols, ao menos conseguiu deixar marcado na memória das pessoas esse momento histórico, que simbolizou a conquista da Champions League naquele ano de superações para o time de Roberto Di Matteo, Drogba e companhia.
Confira os melhores momentos de Barcelona 2 x 2 Chelsea
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