Completando 400 partidas como jogador profissional neste domingo (15) na partida contra o Southampton, em Stamford Bridge, o jogador Eden Hazard se reuniu com o site oficial dos Blues para contar como chegou a essa marca, já que é tão novo – apenas 24 anos.
“Sou como Messi, ele quase nunca se machuca, Ronaldo é o mesmo. Talvez seja até sorte. Quando eu era mais novo, fiz judô, quem sabe isso ajude.”
Hazard explica que, com o judô, aprendeu a cair no chão com mais segurança, a se proteger de adversários, considerando que muitas vezes é atingido por um jogador. Apesar disso, Eden diz que sempre gostaria de estar em campo, ao invés de estar no ginásio praticando a luta.
“Eu gosto de jogar, jogar, jogar. É mais fácil entrar no ritmo desta forma. É bom ter dias de folga, e no verão, as férias são importantes, mas quando começo a jogar, não quero parar. Eu posso alcançar um bom nível desta forma.”
Na sequência, Hazard edicontou sobre sua estreia, em 2007, pelo Lille, quando era apenas um garoto de 16 anos e contou uma curiosidade: veio a campo pela primeira vez junto a Kevin Mirallas, que hoje é seu companheiro na seleção da Bélgica.
“Eu era reserva e fui a campo junto com Mirallas. Estávamos á 10 minutos do fim e toquei na bola três ou quatro vezes; perdemos por dois a zero, não foi um bom resultado, mas obter uma experiência com os profissionais foi especial.”
“Quando você é jovem, sente um pouco mais de pressão antes de um jogo por causa de sua idade. Agora é algo natural, normal. Você aprende tudo com a experiência, por exemplo, que não se joga todos os jogos bem.”
Hazard também comentou sobre sua família: seus pais foram jogadores de futebol, um de seus irmãos é – joga pelo Borussia Monchengladbach – e os outros dois caminham para se tornarem um. Segundo Eden, seu pai era quem dizia se jogou bem ou não, diferente de sua mãe, que sempre o elogiava.
“Falava muito com meu pai depois dos jogos, quando era jovem. Ele sabe tudo de futebol, me dizia se eu era bom ou ruim. Um monte de vezes disse que joguei mal, mas eu sempre fui bom. Agora, quando temos tempo, falamos muito, mas tentamos esquecer o futebol. Nós falamos sobre família, as crianças e esse tipo de coisa.”
“Minha mãe sempre foi muito positiva e dizia que joguei muito bem, mesmo quando não jogava. Hoje, ela fica muito nervosa quando eu jogo, ela não fica na frente da televisão ou no estádio quando jogo, sempre procura fazer outra coisa. Mas sempre diz que o outro time não era bom, e sim eu.”
Se fosse para transmitir conselhos, Eden disse que diria a todo jovem para, em primeiro lugar, trabalhar duro. Em segundo lugar, desfrutar de cada momento dentro de campo. O futebol é um jogo bonito, antes de tudo.
De seus 400 jogos, 152 foram pelo Chelsea, 54 pelo seu país e o resto pelo Lille, da França. Nem ele acredita que conseguiu chegar à tal marca.
“Tento jogar cada jogo como se fosse o último. Tento dar tudo. Eu não quero parar de jogar futebol e não tenho nenhum arrependimento. Espero que possa fazer muito mais que 400.”
