A Copa do Mundo não é uma novidade para Ramires. O volante, que fez parte do plantel brasileiro na competição de 2010 na África do Sul, vai disputar pela segunda vez a competição mais importante de seleções no planeta. A experiência que Ramires carrega é algo raro na seleção de Luis Felipe Scolari, visto que apenas ele, Julio César, Dani Alves, Maicon, Thiago Silva e Fred disputaram uma Copa do mundo.
No último mundial, Ramires ganhou a titularidade em meio a competição, que acabou para o Brasil nas quartas-de-final, quando a eliminação para a Holanda veio. Dessa vez, o jogador garante que os erros da última campanha não serão repetidos em 2014. Com o apoio fervoroso da torcida e carregando na bagagem uma campanha fantástica na Copa das Confederações do ano passado, o Brasil entra como um dos favoritos, fazendo páreo a Espanha, Alemanha, Argentina e outras potências.
“Da última vez foi a minha primeira experiência da Copa do Mundo. Quando vi meu nome na lista para ir pela primeira vez, eu tive muitas emoções e fui para a Copa do Mundo muito nervoso, pois aquele era um momento de muita importância pra mim”.
“Começamos bem aquela campanha, e apesar do nervosismo passamos pela Coréia do Norte. Depois, nas eliminatórias, alguns erros acabaram custando a classificação. Mas agora acredito que esses descuidos não se repetirão”, disse Ramires, ao site oficial do Chelsea.
Logo após a eliminação, Ramires veio para o Chelsea, mas as chances na seleção passaram a não vir mais. Ansioso e um pouco confuso com a situação, Ramires disse que não sabia bem o que pensar naquele momento.
“Foi difícil de entender no momento por que eu não estava sendo chamado. Foi mais ou menos um ano fora das listas. Meu nome era comentado, mas eu não ia. Mas eu não estava infeliz, porque apesar dessa situação, os meus colegas de equipe estavam sendo convocados, então eu sabia que o técnico (Mano Menezes) estava atento aos jogos do Chelsea. Eu estava um pouco preocupado, mas sabia que o momento iria chegar”, relatou.
As oportunidades voltaram a ser mais constantes depois que Scolari assumiu, e Ramires se diz muito grato ao treinador.
“É um processo parecido com o de um clube quando o treinador muda. Há toda uma mudança de filosofia, e os grupos se renovam. Depois de estar fora por um ano eu me senti um pouco nervoso na minha volta, pois ao mesmo tempo que conhecia vários jogadores, passei a ter que me relacionar com muitos outros diferentes”.
“A equipe tem agora um grande líder. É uma equipe forte, com excelentes jogadores e dentro de campo todos nós damos o nosso melhor, pois não queremos decepcionar o técnico. Acreditamos nele”, acrescentou Ramires
O mais recente sucesso do Brasil em Copas veio em 2002, quando Ronaldo e companhia bateram a Alemanha. Ramires, que tinha apenas 15 anos, se recorda bem do momento.
“Doze anos é muito tempo, mas a Copa do Mundo é jogada apenas a cada quatro anos. Mas já são três Copas em que passamos em branco. Em 1994, eu era apenas um garotinho, em 1998 eu já companhei um pouco mais, mas em 2002 eu me lembro muito bem, pois passei a entender melhor. Eu assisti a final contra a Alemanha, e quado Ronaldo marcou os dois gols foi um momento de muito orgulho no país”.
“Agora, a responsabilidade recai sobre os 23 jogadores convocados. A última vez que jogamos uma Copa do Mundo em nossa casa foi a mais de 50 anos atrás, quando perdemos contra o Uruguai. Ninguém sabe da próxima vez em que haverá outra oportunidade, então não podemos desperdiçar”, completou.
