O Chelsea empatou, em casa, em sua estreia na Premier League, diante o Swansea City, resultado que pode ser considerado um tropeço, por ter sido em Stamford Bridge e contra um adversário de menor porte. Contudo, segundo José Mourinho, os seus comandados mostraram tremenda personalidade, por jogar mais de meia hora com 10 homens, após a expulsão de Thibaut Courtois, em pênalti cometido e convertido em Bafétimbi Gomis, que deu o resultado final da partida em 2-2
Liderando o placar por 2-1, graças a gols de Oscar e Willian, o Chelsea viu a vitória fácil que se encaminhava mudar de rumo aos sete minutos do segundo tempo, quando Bafétimbi Gomis, que recebeu lançamento sozinho de frente para Courtois, foi derrubado pelo goleiro, que era o último homem.
Com 38 minutos ainda por jogar, o Chelsea manteve a intensidade e buscou um terceiro gol mesmo com um jogador a menos em campo. Os torcedores azuis ainda reclamaram no final do jogo, quando o capitão Swansea Ashley Williams derrubou Diego Costa fora da área, mas que arrancava em uma posição ameaçadora, e escapou de punição ou qualquer falta.
Mourinho, satisfeito com o desempenho com 10 homens em campo, elogiou a sua equipe também pela qualidade mostrada nos primeiros 45 minutos de partida:
“No primeiro tempo o resultado foi justo, eu acho que nós jogamos muito bem. A equipe estava confiante e você podia ver isso. A partir do momento em que eles empataram, até o final do primeiro tempo, nós jogamos com muita confiança, movendo muito bem a bola, por isso estou muito feliz com o que fizemos no primeiro tempo.
Com a penalidade, o cartão vermelho, um jogador a menos, e o 2-2 no placar, obviamente tudo mudou. Se você tem um jogador a menos, mas você está feliz com o resultado, você tem uma certa abordagem e, normalmente, você pode esconder o fato de que você tem um jogador a menos.
Mas quando você tem um jogador a menos e você quer tentar ganhar, é diferente; você se expõe mais, os jogadores de ataque correm para cobrir espaços e chegam a um momento em que eles estão tão cansados que não podem manter as linhas compactas e é difícil de pressionar. Isso muda muito. Para mim o importante é que fizemos um primeiro tempo muito bom e no segundo lutamos para obter um resultado.”
O treinador português também explicou que seu time se recusou a se contentar com um empate jogando com um homem a menos, ressaltando que o Chelsea é um time que se impõe em casa, mas reafirmou que o empate só foi um bom resultado dado às circunstâncias:
“Mesmo na minha primeira passagem aqui, o meu retrospecto em Stamford Bridge é algo incrível. Eu nunca joguei por um empate, não. Então, se hoje nós perdemos pontos, perdemos, mas em casa um empate só é um bom resultado em circunstâncias especiais.
Por exemplo, na última temporada, quando estávamos quase campeões, um empate contra o Man United teria sido um bom resultado. Porém, por jogar em casa, jogamos para ganhar, tentamos o resultado, é normal.
Os jogadores sabem que é um mau resultado, mas eles também sabem que um ponto é um ponto e jogar com 10 homens por um tempo tão longo é muito mais difícil.
Fundamentalmente eles sabem que eu estou feliz com a qualidade que tiveram no primeiro tempo e pelo espírito que eles tiveram no segundo tempo, por isso estamos em paz, mas não estamos satisfeitos com o resultado.”
Diego Costa
Mourinho também comentou a atuação e a performance física de Diego Costa, que era dúvida até o momento da partida, por seu recorrente problema no tendão. E apesar de ter sido poupado contra a Fiorentina e de ter sido praticamente descartado para o jogo de domingo, o atacante jogou os 90 minutos e demonstrou boa movimentação e uma desenvoltura física de um jogador plenamente em forma.
O treinador se mostrou satisfeito com o desempenho de Diego, que se desdobrou e passou a voltar ainda mais para marcar após a expulsão de Courtois, fazendo papel fundamental no preenchimento de espaços defensivos e na recomposição da defesa:
“Ele jogou muito bem e na segunda etapa foi muito difícil para ele porque havia uma grande distância (entre ele e seus companheiros de equipe), tivemos um jogador a menos e foi um grande esforço de Diego.
Mesmo assim, eu não estava esperando que ele fosse resistir os 90 minutos, mas como queríamos tentar mais um gol, decidimos deixar ele em campo até o fim e foi muito importante para nós o fato de que ele jogou por 90 minutos com um desempenho tão físico. Ele está muito feliz com a reação de seu corpo depois de um jogo tão difícil.”
Mourinho também ficou satisfeito com a movimentação e com a disponibilidade tática de Diego, que, com a entrada de Falcao, passou a se movimentar mais fora da área, mesmo com seu cansaço físico:
“Depois da expulsão jogamos num 4-4-1, com Diego na frente, mas ele também voltava e para marcarmos com três homens no meio-campo. Na última parte do jogo eu coloquei Falcao no ataque como um homem de referência e Diego passou a flutuar mais jogando de trás.”
O Chelsea agora descansa uma semana até o confronto contra o Manchester City, pela segunda rodada da Premier League, no domingo, dia 16 de agosto. A partida será fora de casa e os Blues não poderão contar com o goleiro Thibaut Courtois que, por ter sido expulso com cartão vermelho direto, desfalca neste confronto e em outros dois, como mandam as regras da FA. A partida contará com cobertura completa do Chelsea Brasil.
