Avaliando a derrota do Chelsea por 3 a 1 frente ao Liverpool, José Mourinho disse que sentiu o jogo mudar após Lucas Leiva não ter sido expulso na segunda etapa.
Os Blues marcaram logo cedo com um cabeceio de Ramires mas, com dois gols de Philippe Coutinho – o primeiro proveniente de 35 segundos adicionados ao que deveriam ser apenas dois minutos de acréscimo no primeiro tempo -, os visitantes ficaram em vantagem, com Christian Benteke fazendo o terceiro perto do fim do jogo.
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O assunto principal da coletiva aconteceu quando, no minuto 66, Lucas, que já tinha um cartão amarelo, fez falta em Ramires e, ao invés de receber o segundo cartão amarelo, somente recebeu uma advertência verbal.
“Não. Eu prefiro escutar mais do que ser questionado”, disse Mourinho quando perguntado sobre o que pensava do jogo. Quando o questionaram sobre a possível expulsão de Lucas Leiva, Mourinho respondeu:
“O que você acha? Serei punido se eu te falar. Você não. Do que tem medo?”
Apesar do suposto erro de arbitragem, Mourinho não pôde culpar seus jogadores. Em relação a isso, o português comentou:
“Existem coisas que estão fora de nosso alcance. Os jogadores tentaram. Você pôde sentir, e não só porque marcamos nos primeiros minutos. A atitude, o desejo. Foi equilibrado, mesmo estando a vencer por 1 a 0. O árbitro concedeu dois minutos de acréscimo (no primero tempo) e nós concedemos o gol após dois minutos e 35 segundos.
O que aconteceu na segunda etapa foi uma consequência de momentos cruciais, momentos em que o estádio viu, e mais do que só viu. Sentiu. A partir daí, o que aconteceu foi só consequência.”
O técnico, que não pensa que esse foi o último jogo dele como treinador do Chelsea, sentiu que seu time ainda joga por ele quando afirmou:
“Não tenho dúvidas. Se você ver, não tiveram muitas performances individuais abaixo do normal, no máximo algumas. E mesmo esses – que atuaram abaixo do normal – sofreram porque não foram capazes de fazer mais. O time é unido.”
José ficou impressionado com o modo com que os torcedores o apoiaram, declarando:
“Eu me reconforto. O que me alimenta é que não tenho o apoio só de meros fãs, mas de gente que reconhece nosso trabalho, e é isso que nos traz resultados. Tenho jogadores realmentre tristes no vestiário e os respeito muito.
Vemos, partida após partida, que os profissionais não estão tendo o respeito que merecem. Não vamos ter um ótimo jantar de sábado, nossas famílias têm o mesmo sentimentos que nós, e eu realmente tenho pena da falta de respeito com os profissionais. Eu vou para casa triste. Tentarei assistir rugby, me desconectar disso tudo e começar a me preparar para o treino de amanhã de manhã e para o jogo de quarta-feira (04).”