O que mudou com Roberto Di Matteo

O ex-jogador do Chelsea assumiu interinamente o comando dos Blues depois de uma passagem fracassada do antecessor André Villas-Boas, que ficou 8 meses colhendo resultados ruins e mau relacionamento com jogadores importantes.

Depois da saída do “Special One” José Mourinho em setembro de 2007, o vestiário do Chelsea nunca mais foi o mesmo. Com AVB, a má relação foi desgastante. O lusitano tentou se impor, por em prática sua filosofia de trabalho, iniciar um trabalho de reformulação, e o aproveitamento dos veteranos era posto de lado, o que provocou muitos atritos públicos e pífio futebol apresentado nos jogos, além de os resultados não estarem sendo angariados.

Em campo, o Chelsea era um time medíocre. O treinador português posicionava sua defesa bastante adiantada, com o meio-campo também ofensivo, o qual não fazia com eficácia a proteção dos zagueiros, nem dos laterais, proporcionando muitos contra-ataques aos adversários, e uma descompactação entre defesa-meio-campo.

Coletivamente, o Chelsea era horroroso. Não possuía uma mecânica efetiva, apelava para as individualidades e bolas paradas. Muito pouco. E o pior de tudo é que o português persistia no erro na montagem do time, o que configura sua falta de traquejo para lidar em situações aonde é pressionado.

Abaixo, a imagem ilustra bem a inconsistência da defesa, que foi presa fácil em muitas infiltrações do West Bromwich, clube que venceu o Chelsea e que acabou fazendo com que Villas-Boas fosse demitido.

 

Com Essien posicionado como primeiro homem de meio-campo, ou seja, jogando fora de posição, não guardava seu lugar, e muito menos Ramires e Lampard faziam a cobertura. Na imagem, Ivanovic afunila e dá combate, deixando uma avenida infindável na lateral-direita, permitindo um ataque muito perigoso dos oponentes.

Sem radicalismo, Roman Abramovich optou em efetivar até o fim da temporada Roberto Di Matteo, que era auxiliar técnico.

Time combativo e compacto

Di Matteo sumariamente mudou a formação para o 4-2-3-1, e em seu primeiro jogo, preservou alguns jogadores importantes, e posicionou Mikel e Meireles como volantes, Ramires como winger, Kalou na esquerda e mata no centro; à frente, Torres. Desta forma, o nigeriano e o português protegeram bem a defesa, que continuou adiantada, porém bem mais sólida, diminuiu o espaço entre as linhas, e ainda compactou os homens da linha 3, possibilitando melhor poder de criação. Neste jogo, contra o Birmingham, pelo replay da FA Cup, os Blues venceram por 2-0.

Com uma postura audaciosa, marcando na frente, a atitude dos jogadores mudou, e para melhor. Abaixo, uma imagem que ilustra a compactação e o perfeito posicionamento dos jogadores dos Blues, diminuindo consideravelmente os espaços do adversário.

Na imagem, Kalou dá combate, observado por Meireles e Mikel. O lateral Bertrand já se prepara para encurtar o espaço do adversário à sua frente. Ocupar os espaços e pressionar a bola é uma eficaz maneira de defender por zona.

Prioridades de Di Matteo

Indubitavelmente, Di Matteo pretendia inicialmente organizar sua defesa e a retenção da bola. Nos primeiros jogos, conseguiu. De lá pra cá, houve significativa evolução, pois a busca do aprimoramento foi fundamental para tanto.

Hoje, o Chelsea é um time totalmente diferente, afinal, o grupo está coeso, determinado, focado em terminar no top 4 na Premier League, semifinalista da principal competição interclubes do mundo, jogadores que abraçaram as ideias do treinador que, posteriormente, valoriza muito o trabalho de seus comandados.

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Article by: Chelsea Brasil

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