Encantado. Essa é a palavra que define o sentimento de José Mourinho após a arrebatadora vitória do Chelsea sobre o Arsenal, por 6 a 0, na manhã deste sábado. O triunfo no clássico foi a maior goleada de Mourinho como treinador dos Blues, e, até por isso, o técnico demonstrava tanta felicidade a beira do gramado após cada gol marcado pelos seus comandados.
Mourinho tratou de exaltar os “dez minutos incríveis” de sua equipe. Nesse período, Eto’o abriu o placar, e Schürrle ainda ampliou a vantagem. Pouco tempo tempo depois, Chamberlain “jogou de goleiro” (o juiz, equivocadamente, expulsou Gibbs) e fez com que o Chelsea ganhasse um pênalti, convertido por Hazard. Tudo muito cedo.
Ainda antes do final do primeiro tempo, Torres cruzou e Oscar tratou de levar o Chelsea com uma vantagem de 4 a 0 para o intervalo. Na etapa complementar, Oscar, mais uma vez, e Salah completaram o massacre.
“Tivemos 10 minutos incríveis e com isso praticamente matamos o jogo. Eu fiquei muito feliz com a partida, destruímos eles muito cedo. Depois disso, foi fácil, tivemos um pênalti, eles tiveram um jogador expulso. Mas a minha análise fica mesmo por conta dos 10 minutos iniciais”, disse o técnico.
“Nós sabíamos que eles queriam ter a bola e fizemos o máximo para evitar. Pressionamos bastante a saída de bola, e recuperamos a bola em ótimos momentos. Foram 10 minutos tão brilhantes que ainda houve tempo para que o Cech brilhasse na única finalização do Arsenal na partida. Não somos uma equipe que geralmente começa bem, pois demoramos para nos acertar em campo, mas nos últimos dois jogos isso aconteceu de forma bem diferente”.
“Eu queria três pontos, um bom desempenho e conseguimos isso. Em cima disso temos o resultado com os números que são especiais para os torcedores. Trabalhamos para os torcedores, e hoje podemos dizer que fizemos uma coisa bonita”, acrescentou.
Mourinho preferiu “fugir” da questão sobre o seu desafeto Arsene Wenger, que estava completando 1000 jogos frente ao Arsenal e ganhou um presente bastante indigesto. Ao invés disso, o técnico do Chelsea preferiu exaltar Schurrle e Salah, que vem ganhando mais tempo de jogo e fizeram gols na partida deste sábado.
“Eu sei o que Schurrle pode fazer, tanto negativamente quanto positivamente. Esta primeira temporada é para ele se desenvolver, adaptar-se à liga, adaptar-se ao jeito que eu quero que a equipe jogue, mas acima disso sabemos do grande jogador que ele é e ainda pode ser. Hoje ele fez um grande jogo, assim como já havia sido diante do Galatasaray, na segunda etapa”.
“Para Salah é mais difícil , ele é mais jovem e vem de um ambiente e cultura diferente. Ele precisa de mais tempo, mas acreditamos que ele vai ser um jogador importante para nós na próxima temporada. Ele jogou 25 minutos hoje , a 25 minutos contra o Newcastle e 45 minutos contra o City, que é bom para ele”.
Para finalizar, Mourinho falou sobre a importância do resultado na briga pelo título.
“City e Liverpool tem tudo em suas mãos, até porque não estão jogando a Champions League, e aí fica mais fácil para desenvolver o trabalho focado apenas na Premier League. Aliás, entre os quatro primeiros, somos os únicos que ainda disputam a Champions. Mas, mesmo assim, acreditamos que é possível ser competitivo nos dois torneios”, completou o treinador do Chelsea.