Mourinho explica opções táticas na vitória de 2×0 sobre o Hull City

Mourinho comemora gol contra o Hull City. (Foto: Getty Images)
Mourinho comemora gol contra o Hull City. (Foto: Getty Images)

Em entrevista à Chelsea TV, o técnico José Mourinho falou sobre as opções táticas que usou em seu primeiro jogo oficial com o Chelsea, na abertura da Premier League contra o Hull City. Com gols de Oscar e Lampard, os Blues saíram vitoriosos, mas alguns torcedores ficaram surpresos com as ausências de Romelu Lukaku e Marco van Ginkel no time titular, já que jogaram mais partidas que seus concorrentes na pré-temporada.

Mourinho justifica as escolhas de Frank Lampard e Fernando Torres e também comenta sobre a postura do time em campo.

Contraste do primeiro e segundo tempo

O time foi fantástico no primeiro tempo. Eu já joguei aqui muitas vezes e nunca apresentamos um futebol tão bonito como hoje no primeiro tempo. Tudo estava lá: qualidade; dinamismo – mudando posições constantemente; jogadas que nós ensaiamos durante a pré-temporada; intensidade; profundidade; recuperação rápida da posse de bola; boas escolhas para transição tanto da defesa para o ataque, quanto prendendo a bola. Nós apresentamos tudo.

Quando o segundo tempo começou e eu percebi que as coisas mudaram, eu fiquei frustrado, mas depois de cinco, dez minutos vi que nós não poderíamos repetir a atuação do primeiro tempo porque não tínhamos condições físicas para isso. Se nós conseguirmos jogar por 90 minutos como jogamos os primeiros 45, nós destruiremos qualquer time, mas [hoje] nós não pudemos fazer isso.

Escalação e ausências de van Ginkel e Lukaku

A primeira partida é sempre difícil. Não importa se você está jogando em casa ou fora, se contra um adversário mais forte ou mais fraco, o primeiro jogo é sempre muito difícil. Do ponto de vista emocional [mental], às vezes o time não consegue jogar tudo que pode. Por isso eu tentei dar ao time mais estabilidade, optando por estrear menos jogadores. Eu nunca estrearia van Ginkel, Schürrle e de Bruyne ao mesmo tempo no primeiro jogo. Eu sempre optarei por dar estabilidade ao time.

Fernando [Torres] era um dos atacantes que não viajou [no meio da semana] para jogar amistosos internacionais. Ele treinou conosco a semana inteira e isso faz a diferença porque, por exemplo, no segundo tempo o que nós sentimos foi que Oscar e de Bruyne desapareceram. E eu creio que foi porque eles tiveram de jogar pelas suas seleções durante a semana. Eles não treinaram [com o time], eles não descansaram, eles continuaram viajando… da Ásia para Nova Iorque e de lá para os países onde jogaram com as seleções.

No segundo tempo eu percebi que o time precisava descansar. Eu coloquei sangue novo na equipe com Lukaku e Schürrle e tentei matar o jogo e Schürrle quase conseguiu [ao tentar encobrir o goleiro McGregor, porém a bola raspou a trave e foi para fora]. Mas o meu objetivo era dar estabilidade emocional aos jogadores e nós temos de achar o jeito certo de usar os garotos, dar a eles estabilidade mental, colocá-los no momento certo, sem jogá-los todos no fogo ao mesmo tempo. Eu tenho um tipo de elenco hoje diferente do que eu tinha aqui na minha primeira passagem. E esses garotos precisam de um tipo de gerenciamento e liderança diferentes do que meu outro time aqui precisava.

Category: Competições

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Article by: Chelsea Brasil

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