Na despedida da Arena Fonte Nova na Copa do Mundo 2014, Holanda e Costa Rica duelaram pela última vaga nas semifinais. Com duas propostas distintas, a Laranja não negou o favoritismo e partiu para cima da surpresa do mundial. Mais uma vez, o goleiro Keylor Navas foi destaque da partida, parando o poderoso ataque de Robben e cia. Apesar de 120 minutos de jogo, a rede não balançou e a partida foi decidida nos pênaltis e a estrela de Tim Krul – que entrara só para a decisão – brilhou mais alto.
Holanda aposta na velocidade para escapar da marcação
Os primeiros minutos da primeira etapa do jogo foram de estudo das equipes, com a Holanda tomando a iniciativa através de Arjen Robben e Dirk Kuyt. Com o meio-campo congestionado de holandeses e costarriquenhos, o time de Louis Van Gaal optou por jogar nas laterais e começou a levar perigo ao gol de Navas. Na primeira jogada de perigo, Robben trabalhou a bola com Kuyt, que lançou Memphis e terminou no chute de van Persie. Navas fez a defesa e na sobra, Sneijder chutou para nova defesa do goleiro.
A Costa Rica dependia das jogadas ofensivas do seu capitão Bryan Ruiz e explorava Joel Campbell no ataque. O camisa 9 da Costa Rica deu trabalho para os marcadores, mas não teve êxito ao atacar. Apostando na bola parada, os costarriquenhos tiveram um pênalti não marcado após cobrança de falta de Bolaños. Indi segurou Borges pela camisa, mas a arbitragem não viu.
Quando o marcador se aproximava dos 25 minutos de jogo, Ruiz errou a jogada e van Persie lançou Memphis. O atacante teve tempo para trabalhar a bola e finalizar no canto esquerdo, forçando Navas a salvar com o pé. A primeira boa chance da Costa Rica veio após cobrança de falta de Bolaños. Borges cabeceou para o meio e Van Persie afastou a bola.
No contra-ataque puxado por Robben arrancava até sofrer falta de Diaz. O defensor recebeu o primeiro amarelo do jogo aos 36 minutos. Na falta cobrada por Sneijder, Navas se esticou e mandou a bola para escanteio.
Holanda pressiona, trave e Navas evitam gol
A segunda etapa começou da mesma forma que a primeira terminou: Holanda buscando gol em jogadas de velocidade e a Costa Rica bem montada na defesa. Paciente, os holandeses tocavam bola buscando furar a forte marcação adversária.
Robben se destacava como principal criador do time holandês e explorava a lateral esquerda juntamente com Kuyt. Aos 6’ Robben avançou e foi parado com falta por Umaña. Na cobrança de falta ensaiada, Robben lançou Sneijder que isolou.
Impecável na marcação, a Costa Rica não conseguia imprimir a mesma força no ataque. Numa rara oportunidade, Diaz avançou pela ponta esquerda e lançou Campbell. O atacante reclamou de falta cometida por Indi, mas o jogo seguiu.
Minutos após atrapalhar Campbell, Indi recebeu amarelo por segurar Ruiz. Na cobrança de falta de Bolaños, Gonzalez mandou a bola para fora.
A Holanda seguiu depositando suas esperanças nos pés de Robben. Cérebro da equipe, o camisa 11 trabalhava com Sneijder, Kuyt, Memphis e van Persie. O capitão holandês em tarde pouco inspirada não conseguia ajudar sua equipe da forma esperada.
Nos últimos 15 minutos do segundo tempo a Holanda resolveu pressionar. Sneijder cobrou falta e mandou a bola na trave de Navas. O lance incendiou o jogo e os holandeses foram para cima buscar o gol.
Aos 38 Robben cobrou falta e na confusão Navas afastou. Sneijder lançou Blind, que tocou para o meio da área e cviu a bola cair nos pés de van Persie. O atacante havia furado um chute sozinho de frente pro gol na jogada anterior teve a chance de se redimir, mas Tejeda salvou o gol em baixo do travessão.
Apesar da pressão holandesa, o gol teimava em sair e a Arena Fonte Nova – pouco acostumada aos 0x0 durante a Copa. O apito final soou e pela segunda vez o estádio teria uma partida resolvida na prorrogação.
Costa Rica mantém marcação forte e gol não sai na prorrogação
A pressão holandesa continuou e Navas era o melhor jogador costarriquenho. O goleiro fez importantes defesas no início da prorrogação, como na cabeçada de Vlaar em cobrança de escanteio. A marcação forte da Costa Rica era um teste de paciência para a Holanda. Melhor em campo por seu time, Robben era o atacante mais efetivo, buscando furar a marcação pela esquerda.
Aos sete minutos do primeiro tempo, Ureña reclamou de pênalti após empurrão de Vlaar. O árbitro nada marcou e a Holanda continuava sua batalha para chegar ao gol. O ritmo da partida caiu nos últimos minutos e o placar continuava igual.
Os últimos 15 minutos foram eletrizantes e Costa Rica soube levar perigo ao gol de Cillessen. A ronda holandesa foi reforçada com a entrada de Huntelaar no lugar de Indi. Mas a Costa Rica botou Cillessen para trabalhar aos 8 minutos.
Com o jogo aberto, a última boa chance de gol foi da Holanda com Sneijder, que acertou o travessão de Navas. Antes do término, Van Gaal trocou seus goleiro e colocou Krul para a disputa de pênaltis.
Partida é decidia nos pênaltis e Krul cumpre missão
Na cobrança de pênaltis, Krul decidiu e pegou dois pênaltis da Costa Rica – Ruiz e Umaña. Sem precisar cobrar as cinco vezes, a Holanda se classificou para a semifinal e enfrentará a Argentina na Arena Corinthians na próxima quarta-feira (9).
Robben, Van Persie, Sneijder e Kuyt marcaram na disputa de pênaltis pela Holanda; Borges e Bolaños também acertaram seus chutes.
FICHA TÉCNICA
HOLANDA 0X0 COSTA RICA
Local: Data: 5 de julho de 2014, sábado
Horário: 17h (de Brasília)
Árbitro: Ravshan Irmatov Assistentes: Abduxamidullo Rasulov, Bakhadyr Kochkarov
Escalações
Holanda: Cillessen (Krul); Vlaar, De Vrij, Indi (Huntelaar); Blind, Wijnaldum, Sneijder, Robben, Memphis (Lens); Van Persie. Treinador: Loius Van Gaal
Costa Rica: Navas; Acosta, Umaña, Borges, Gonzalez; Diaz, Ruiz, Gamboa (Myrie), Tejeda(Cubero); Campbell (Ureña).
Treinador: Jorge Luis Pinto.
Cartões amarelos: Indi e Huntelaar (Holanda); Gonzalez, Umaña, Diaz (Costa Rica)
Durante toda a Copa do Mundo, o Chelsea Brasil fará a cobertura do torneio, informando, com o já conhecido empenho, o dia-a-dia dos jogadores dos Blues.