A euforia dos jogadores do Chelsea ao fim do jogo contra o PSG – onde os londrinos venceram por 2×0 e garantiram a classificação para as semifinais da Champions League – era visível na comemoração com os membros da comissão técnica e depois com os torcedores presentes no local. Enquanto o técnico José Mourinho garante que nos vestiários a empolgação durou apenas alguns poucos minutos, na saída do campo os protagonistas da heroica classificação ainda estavam com a adrenalina alta e o autor do gol da classificação, Demba Ba, mal conseguia conter as lágrimas quando falou com a Sky Sports (emissora de TV inglesa) apenas segundos após sair de campo.
“Para ser sincero tudo aconteceu tão rápido que eu nem vi como marquei o gol. Lembro-me de ver a bola chegando enquanto eu estava de frente para o gol e daí a bola já estava no fundo das redes. Isso foi uma grande alegria para todos nós. Eu sei que tenho de aproveitar quando eu tenho chances (de jogar) e eu não tive muitas nessa temporada, mas as que tive eu aproveitei” disse o senegalês.
John Terry também falou com a TV e revelou que o time tinha planos para cada situação de jogo e que a experiência de Mourinho e do time – que passou e sobressaiu a mesma situação em 2012 – ajudaram os jogadores a ter confiança e acreditar que eles seriam capazes de sair com a classificação.
“Foi muito importante para nós não cedermos nenhum gol, isso aumentou nossas chances. Durante a semana, nós nos preparamos para vários cenários: 1×0, 2×1, 3×1 e para cada um deles nós tínhamos um plano de ação. Em um desses o Demba entra, ele é um jogador alto e ele hoje marcou o gol, então conseguimos executar o plano bem. Essa competição significa muito para nós e o nosso treinador é muito bem sucedido nela, ele tem experiências com vitórias e decepções. Mas ele mantém você acreditando e lutando e esse sentimento de acreditar que você é capaz é a melhor sensação possível. E é para jogos como os de hoje que nós vivemos: grandes jogadores, grandes performances. Nós mostramos incrível personalidade, motivação e lutamos independente da situação e ao fim fomos recompensados por isso,” falou o capitão do time.
Autor de duas defesas importantes no fim do jogo, o goleiro Petr Cech também refletiu sobre a noite que realmente trouxe a nostalgia do título de 2012, especialmente a partida contra o Napoli, onde o Chelsea perdeu na Itália também por 3×1, mas venceu em Stamford Bridge por 4×1, e avançou na competição.
“Essa partida está lá junto com o jogo do Napoli entre os jogos mais marcantes que fizemos. As circunstâncias eram as mesmas e nós sabíamos que tínhamos de vencer por dois gols de diferença contra um time de contra-ataque muito perigoso. Eles (PSG) jogaram muito bem, mas nós fomos brilhantes do começo ao fim. Lidamos com os contra golpes deles de uma maneira incrível, mas arriscamos muito no segundo tempo e por isso nós (defensores) precisávamos garantir que estaríamos prontos. Creio que o mais importante foi quando acertamos o travessão duas vezes seguidas, mas não baixamos a cabeça. Nós continuamos lutando e essa foi a chave para vencermos no final. Sabíamos que os últimos cinco minutos seriam frenéticos daquele jeito. Por isso cada um deveria estar concentrado e pronto para fazer o seu papel porque nessa hora eles iriam meter bolas alçadas na área, cruzamentos, lançamentos. Mas nós fizemos isso bem durante toda a partida e por isso não tivemos problemas,” concluiu Cech.