Depois de lembrar da última Copa do Mundo, quando, na África do Sul, conquistou o título, Fernando Torres avaliou as chances espanholas no Brasil, e elogiou o impacto de seu companheiro de clube, César Azpilicueta, na seleção.
“Sanduichado” por dois títulos continentais, o título da Copa do Mundo de 2010 representou a principal glória hispânica em sua história. Neste verão (inverno), os comandados do treinador Vicente del Bosque, incluindo Torres, terão a oportunidade de fazer ainda mais história, vencendo quatro grandes torneios consecutivamente. Essa poderá ser a última oportunidade de disputar uma Copa do Mundo para alguns jogadores, dentre eles, Iker Casillas, Xavi, Xabi Alonso, David Villa e o próprio Torres.
“Você pode ter dois diferentes pontos de vista,” comentou Torres, sobre a proximidade do fim de sua grande geração. “Você pode ver isso como o último grande torneio que esta geração jogará, e depois disso, haverá novos jogadores e alguns, mais experientes, não irão mais, e isso será mais difícil e mais pressionado, porque ganhamos a anterior. Ou você pode ver pelo ponto de vista de que nós já fizemos o que ninguém havia feito na história das competições internacionais, vencer três vezes consecutivamente, e agora temos a chance de fazer a história ainda mais difícil para os times que virão depois.”
“Podemos fazer algo que ninguém fez, e, se quiserem fazer no futuro, terão de esperar um mínimo de oito anos. Essa é a forma como pensamos e a forma como queremos pensar. Temos a chance de ser ainda melhores, para a história e para nosso país.”
Esse quadro mostra-se assustador para um torcedor não-espanhol, mas, afortunadamente, o Chelsea testemunhou o rápido aparecimento de um dos integrantes da “nova geração” hispânica. Após uma bela temporada, Azpilicueta conquistou um lugar entre os selecionados de del Bosque. Para Torres, que atua com o jovem, de 24 anos, pelo clube e agora pela Seleção, o sucesso pessoal do lateral é uma recompensa.
“É realmente bom ver jogadores como ele – o profissional perfeito – tendo a chance de jogar e atuando da forma como está e improvisando como um jogador,” disse Torres. “Algumas vezes, você fica mais feliz pelo jogador, pois você pode ver que esse atleta se tornará um grande jogador e eles merecem tudo o que conquistam. Quando ele é o profissional que é, é ainda melhor para as pessoas que o cercam. Ele merece tudo o que conseguiu nessa temporada, e, esperançosamente, ele provará para todo o mundo, nesta Copa do Mundo, que ele pode ser um dos principais jogadores da Seleção Espanhola no futuro. Eu espero que sim.”