
A Copa do Mundo teve mais uma partida de muita emoção. Argentina e Suíça duelaram em São Paulo por uma vaga nas quartas de final em um jogo que só foi decidido nos minutos finais, quando o caminho mais natural era a disputa de pênaltis. Mais uma vez o líder do grupo classificou, mas com muito suor, assim como os outros.
A Argentina teve mais a bola no primeiro tempo. Trabalhava na intermediaria ofensiva mas tinha dificuldades na criação de oportunidades. Por sua vez, a Suíça se fechava em duas linhas de quatro bem compactas à frente de sua área e apostava no contra ataque. Tinha pegada e boa saída de bola com os volantes Inler e Behrami, velocidade e criação com Shaqiri, além dos apoios do lateral Ricardo Rodriguez. Faltava poder de conclusão ao time europeu.
Messi era quem tentava na Argentina. Recuava, saía do meio das linhas adversárias e buscava a bola no meio campo. Tentava se infiltrar fazendo tabelas com seus companheiros ou arriscava um passe em profundidade para furar o bloqueio defensivo suíço. Não funcionou. As finalizações celestes paravam no goleiro Benaglio. E quem ficou mais perto do gol no primeiro tempo foi a Suíça. Xhaka finalizou no canto esquerdo de Romero, que defendeu com o pé.
Os suíços voltaram melhor para o segundo tempo. Em tarde inspirada, Shaqiri foi o comandante do time. Levaram mais perigo ao gol de Romero e tiveram oportunidade de marcar. A Argentina demorou a se encontrar e voltou a jogar bola quando o lateral Rojo começou a apoiar pelo lado esquerdo. Por ali veio a melhor chance da Argentina até então. Rojo cruzou para a cabeçada de Higuain defendida por Benaglio. Percebendo isso, os técnicos mexeram nos times. Ottmar Hitzfeld trocou Xhaka, meia pela direita que não conseguia conter os avanços de Rojo e já tinha cartão amarelo, por Gelson Fernandes. Alejandro Sabella sacou Lavezzi e colocou Palacio. Diferente de Lavezzi, Palacio fazia a diagonal e atuava como um segundo atacante ao lado de Higuain.
A Argentina ganhou mais presença de área, mas não chegou ao gol. Hitzfeld trocou seu atacante, Drmic por Seferovic. Também não adiantou. Na prorrogação, faltou perna. Rojo sentiu uma pancada que levou na coxa e foi substituído pelo zagueiro Basanta. Os argentinos perdiam seu poder ofensivo pela esquerda. Jogavam só pelo lado direito com Zabaleta, Di María e a aproximação de Messi. Percebendo isso, o técnico suíço trocou Mehmedi, meia esquerda, por Dzemaili, reforçando a marcação no setor.
Já estava tudo encaminhado para os pênaltis, quando, aos 13 minutos do segundo tempo da prorrogação, a Argentina rouba uma bola no campo de ataque. Messi, em uma das pouquíssimas oportunidades em que teve espaço, avançou pelo meio e tocou para Di María concluir. O estádio explodiu. Os argentinos caíam no gramado de alívio, os suíços, de decepção. Dzemaili ainda acertou a trave aos 15 minutos, mas era tarde para uma reação. Mais um time americano manda um europeu pra casa. A Argentina segue viva em uma Copa onde matar ou morrer é uma questão de detalhe.
FICHA TÉCNICA
ARGENTINA 1 X 0 SUÍÇA
Local: Arena Conrinthians, São Paulo (SP)
Data: 01/07/2014
Horário: 13h (de Brasília)
Árbitro: Jonas Eriksson (SWE)
Assistentes: Mathias Klasenius (SWE) e Daniel Warnmark (SWE)
Cartões Amarelos: Rojo, Garay e Di María (Argentina); Xhaka e Gelson Fernandes (Suíça)
Cartões vermelhos: –
Gol: Di María (Argentina), aos 13’ do segundo tempo da prorrogação
Argentina: Romero; Zabaleta, Federico Fernández, Garay e Rojo (Basanta); Mascherano, Gago (Biglia) e Di María; Messi, Higuaín e Lavezzi (Palacio). Técnico: Alejandro Sabella
Suíça: Benaglio; Lichtsteiner, Djourou, Schar e Rodríguez; Behrami, Inler, Xhaka (Gelson Fernandes), Mehmedi (Dzemaili) e Shaqiri; Drmic (Seferovic). Técnico: Ottmar Hitzfeld
Durante toda a Copa do Mundo, o Chelsea Brasil fará a cobertura do torneio, informando, com o já conhecido empenho, o dia-a-dia dos jogadores dos Blues.