Crônicas: Seriedade de Diego Costa, organização defensiva e participação excelente de Ramires: enfim, vencemos

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Ramires foi o melhor em campo neste sábado (Foto: Chelsea FC)

Mourinho pode ter sacrificado as peças erradas. Como disse, após a última partida, Matic não tem culpa. O sérvio permaneceu no banco, e teve companhia de Hazard. A respeito do belga, não vou comentar, pois os motivos da mudança por Pedro ainda não foram esclarecidos (problemas físicos, momento técnico, etc). Se foi pela segunda opção, discordo bastante. Apesar disso, o português parece ter trabalhado bastante as suas ideias para o retorno da Premier League, e entendeu o real objetivo do momento do Chelsea: vencer as partidas, a qualquer custo.

A principal virtude do Chelsea, enquanto o placar ainda não era confortável, foi a marcação pressão. A saída do Aston Villa foi bastante complicada durante todo o tempo, com Diego Costa, Pedro, Willian e, principalmente, Ramires, apertando. No entanto, quando a roubada de bola não era executada, o time conseguia recompor rapidamente, deixando com que o Villa trabalhasse a bola sem criar oportunidades. Os visitantes insistiram pelo lado esquerdo, com Grealish e Ayew, mas davam de cara com Azpilicueta, que fez mais uma grande partida. Prova disso foram as poucas vezes que Begovic trabalhou durante a partida, comparando com os últimos jogos, em que o bósnio nos salvou de massacres. Ponto para Mourinho.

Na primeira vez em que a marcação pressão deu frutos, Pedro recuperou a bola e construiu uma boa jogada, entregando para Loftus-Cheek. O jovem, surpresa da escalação, acabou demorando para concluir. Na segunda vez, Diego apertou a saída de bola do goleiro Guzan, que foi obrigado a entregar na fogueira para Lescott. O zagueiro falhou, e Willian caminhou, livremente, até o gol. Cara a cara com Guzan, o brasileiro entregou para Diego Costa, que apenas empurrou para as redes. Minutos depois, foi a vez de Ramires. O volante recuperou a redonda e passou para Diego, que acabou falhando na hora de concluir a jogada.

O primeiro tempo se encerrou com 50% de posse para cada um dos times. O Chelsea sofreu pouco, e criou através de bolas recuperadas. Não é o sonho do torcedor, mas pode-se elogiar.

A etapa complementar trouxe Matic para a vaga de Loftus, que destoou bastante do ritmo alto da equipe. Ao contrário de outras ocasiões, Mourinho armou uma trinca com Ramires, Matic e Fàbregas, caracterizando um 4-3-3, sem que nenhum dos três se posicionasse como armador. Mais espaço de campo para o Villa, mas nada que comprometesse a partida.

Ainda com um resultado perigoso, Mourinho continuou subindo Ramires e Fàbregas para marcar em cima. E deu certo. Melhor em campo, Ramires recuperou a bola, com um desarme preciso, e entregou para Fàbregas. O espanhol lançou para Diego Costa, que teve calma para tirar a marcação. Ao tentar passe para Willian, o atacante contou com um desvio para enganar o goleiro Guzan e colocar 2-0 no placar.

Após esse lance, o Chelsea buscou concentrar mais a marcação do meio para trás, deixando com que apenas o trio ofensivo tentasse a recuperação. Willian conseguiu duas vezes, mas sem criar grande chances. Em outro momento, dessa vez de bola trabalhada, o brasileiro encontrou Fàbregas, que finalizou com perigo. Ramires, de fora da área, exigiu Guzan. O restante da partida apresentou uma equipe segura na marcação e sem tanto interesse na construção de um placar mais elástico. Convenhamos, pelo momento, corretíssimo. Vitória importante para tirar o Chelsea do “buraco”.

Considerações: *a partir de hoje, farei um sistema de notas, com avaliação (bem simplificada), se preciso (em especial para aqueles que não foram citados na crônica).

Begovic: 6,5

Azpilicueta: 7,5

Zouma: 7,5: continua em progresso. Titularidade deve ser absoluta.

Terry: 7,0

Baba: 7,0: subiu pouco, mas foi preciso defensivamente.

Ramires: 8,5: esqueçam que ele já foi ponta-direita, definitivamente não pode jogar lá. Foi muito bem como volante, fazendo além de seu papel e sendo o melhor em campo.

Fàbregas: 6,5: ainda um pouco fora de sintonia, mas bem, no geral.

Loftus-Cheek: 5,5: não foi bem. Lento nas conclusões e pouco participativo.

Willian: 7,5

Pedro: 6,0

Diego Costa: 7,5

Matic: 6,5

Hazard e Remy: sem nota

Category: Competições

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Article by: Chelsea Brasil

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