
Mark Clattenburg admitiu que desejava não ter expulsado Fernando Torres na partida entre Chelsea e Manchester United.
Clattenburg, que é acusado pelo Chelsea de usar linguagem imprópria e racista com John Obi Mikel e Juan Mata, já revelou que, dadas as consequências do jogo, ele queria ter deixado o jogo seguir. Não há nenhuma possibilidade de o Chelsea tentar anular a expulsão de Torres. Regulamentos estipulam que o segundo cartão amarelo não pode ser cancelado. O atacante espanhol cumpre a suspensão no jogo de hoje da Capital One Cup.
O futuro de Clattenburg na arbitragem poderá estar com os dias contados caso ele tenha usado a palavra “macaco” em sua conversa com Mikel. O jornal britânico The Sun informou que o nigeriano, que não teria ouvido a ofensa, ouviu Ramires dizer que ele teria sido chamado de “macaco” durante a partida.
Quando Ramires disse a Mikel que teria ouvido o árbitro chamá-lo de “macaco”, ao menos três membros da equipe e comissão técnica perguntaram se ele estava certo disso. Ramires, que não fala inglês fluentemente tem certeza de ter ouvido os insultos, embora Clattenburg negue as acusações e conte com o apoio de seus assistentes.
Clattenburg, que foi retirado da lista de árbitros da Premier League deste final de semana, alegou ser inocente. Recentemente, vários árbitros disseram estar chocados e indignados com as afirmações.
A Polícia londrina também investiga o caso
A Polícia Metropolitana de Londres confirmou ter recebido uma queixa da Sociedade de Advogados Negros após o atual campeão europeu ter acusado Clattenburg de usar comentários racistas. As alegações estão também sob investigação da FA.
A FA pode ser forçada a adiar seu inquérito, caso seja solicitado pela polícia, algo que foi bastante criticado nesse ano por causa das polêmicas envolvendo John Terry e Anton Ferdinand.
O comunicado da polícia dizia: “Uma investigação foi iniciada com base em comentários feitos durante uma partida de futebol entre Chelsea FC e Manchester United FC, em Stamford Bridge, em 28 de outubro de 2012. Oficiais do bairro de Fulham estão se comunicando com a FA e o Chelsea FC.”
A Polícia Metropolitana está agora envolvida em seu segundo caso de racismo no futebol em 12 meses após Peter Herbert, do sindicato dos jogadores, ter exigido a investigação do caso Clattenburg.
Herbert defendeu a intervenção, dizendo ao Sky Sports News: “O que não queremos é que este caso seja arquivado. Deve ter uma investigação completa e adequada.”
Herbert admitiu que sua queixa foi baseada em relatórios, em vez de provas em primeira mão, mas acrescentou: “Nós não estávamos lá, isso não é necessário para relatar um incidente.”