Avaliação individual dos atletas de Chelsea x Genk

O meio-campista português foi o destaque do Chelsea pela Champions League

1. Petr Cech – Nosso arqueiro foi pouquíssimo exigido pelo fraco ataque do time belga. Seguro e confiável em suas saídas e interceptações, cravou seu quarto clean sheet (partida sem levar gols) da temporada. NOTA 7

17. José Bosingwa – Em atuação superior à de sua última aparição contra o Everton, o lateral-direito português não produziu muito, mas foi sólido enquanto esteve com a bola, tanto no ataque quanto na defesa. Foi dele o ótimo cruzamento que resultou no quinto gol do Chelsea. Alex o substituiu faltando poucos minutos para o final do jogo. NOTA 6

2. Branislav Ivanovic – Defensivamente, Ivanovic foi seguro, frio e preciso em sua atuação. Bem verdade que não foi tão exigido, pelos mesmos motivos que Petr Cech, mas teve atuação digna de nota. Ofensivamente, anotou o quarto gol da partida ao subir ao quarto andar (terceiro andar é pouco para o que o sérvio subiu) e desviar pro fundo do gol o cruzamento de Malouda. NOTA 7

4. David Luiz – Também pouco exigido defensivamente, David Luiz se destacou por dois motivos, sendo um positivo e outro negativo. Primeiro, falando sobre a impressão negativa, mostrou-se muito nervoso no início da partida. Afoito em seus “botes”, não permitiu perigos maiores ao gol de Cech porque estávamos diante de um adversário fraco. Entretanto, e agora falando dos aspectos positivos de sua partida, apoiou MUITO e COM MUITA COMPETÊNCIA o ataque dos Blues, apoio este vital em razão da tentativa de retranca armada pelo Genk. Recebeu um cartão amarelo merecido por uma entrada dura ainda no primeiro tempo. Fica melhor avaliado mais pela atuação ofensiva que pela defensiva. NOTA 7

3. Ashley Cole – Começo da mesma forma que no texto anterior. O sempre competente lateral esquerdo do Chelsea fez mais uma boa partida em termos ofensivos. Mas, ao contrário do seu desempenho na partida anterior, teve boa atuação defensiva também. Fato que estava diante de um adversário fraco, mas não perde seus méritos. Foi substituído no intervalo de jogo por Paulo Ferreira (!) visando descansar para o próximo compromisso dos Blues, ante uma partida já resolvida. NOTA 6

6. Oriol Romeu – O jovem espanhol começou como titular nesta partida, guardando os dois zagueiros para liberar as subidas de Raul Meireles e Lampard. Teve boa atuação, roubou diversas bolas importantes no meio de campo e marcou bem. Ou seja, fez bem seu papel de primeiro volante. Em sua única chance de gol no primeiro tempo, foi “fominha” e infantil, mas a maturidade virá com o passar dos anos e acredito que ele será o substituto natural de Michael Essien. NOTA 7

16. Raul Meireles – O homem do jogo! O meia português estava, de fato, inspirado. Primeiro, em jogada individual, logo aos sete minutos de jogo, mandou um petardo da intermediária que acertou o canto direito da meta do Genk, abrindo o placar e a “porteira” pra goleada que estava por vir. Criou muitas chances para seus companheiros tramando boas jogadas com Lampard e cruzou para a finalização de cabeça de Fernando Torres no terceiro gol. Ressalto sua garra em campo, bem como as diversas roubadas de bola que promoveu como consequência desta garra. NOTA 9

8. Frank Lampard – Boa atuação de Super Frank. Fez bom trabalho de criação com Raul Meireles pelo meio, ótimo aproveitamento nos passes e deu a assistência que resultou no segundo gol da partida, o primeiro de El Niño Torres, num brilhante passe enfiado no meio da defesa dos belgas. Foi substituído no segundo tempo (22’) para descansar, dando lugar a Salomon Kalou, já que a partida estava ganha. A meu ver, demorou a sair. Com os 4×0 do primeiro tempo, deveria ter saído no intervalo para ser poupado, afinal Lamps já não é mais garoto. NOTA 8

39. Nicolas Anelka – Não nego, gosto do futebol do francês. Nutro uma empatia por ele que acredito ser superada apenas por sua mãe. Seu primeiro tempo foi apagado, mas ele que sofreu a falta que originou o cruzamento de Malouda, que resultou no gol de Ivanovic. Já no segundo tempo, Anelka foi muitíssimo acionado na ponta direita, cruzando bolas perigosas, que não resultaram em gol porque o time já estava sem vontade, subindo com apenas um ou dois jogadores para a área dos belgas. Ressalto também que Malouda foi muito “fominha” em jogada no segundo tempo, que certamente teria resultado no então quinto gol dos Blues, já que Anelka esperava sozinho na pequena área o cruzamento rasteiro, apenas pra empurrar pro gol, mas seu compatriota preferiu chutar sem ângulo e sem perigo. NOTA 7

15. Florent Malouda – Fez um bom jogo, correu bastante, finalizou diversas vezes sem muito sucesso, mas mostrou o que considero mais importante: vontade. Cruzou a bola pro gol de Ivanovic e perdeu chance clara de gol em trama com Torres no primeiro tempo. Foi individualista em alguns momentos, principalmente no lance já descrito com Anelka, mas acredito que tudo reflexo da sua vontade de aparecer positivamente e voltar a ser titular. NOTA 7

9. Fernando TorresEl Niño Torres fez um ÓTIMO primeiro tempo. Marcou dois gols, sendo um oriundo de uma brilhante assistência de Lampard e outro onde brilhou mais a estrela do centroavante com o desvio certeiro de cabeça do que a assistência (cruzamento) de Meireles. Entretanto, perdeu um gol FEITO (não tão feio quanto o de Old Trafford, que ainda dói de lembrar) logo no comecinho da partida, chutando no pé da trave direita na saída do goleiro, e teve um segundo tempo, principalmente na parte final, muito apagado. Mostrou determinação, assim como vários de seus colegas que ainda não tem lugar cativo entre os titulares de André Villas-Boas. Levou uma nota muito boa porque fez dois gols, número este que não virou três (e hat-trick) porque o goleiro dos belgas fez um milagre no lance do gol de Kalou. Sua performance geral (sem levar em conta os gols), merecia um 8, no máximo. NOTA 9

RESERVAS:

19. Paulo Ferreira – Substituiu o poupado Ashley Cole no intervalo, jogando improvisado na lateral-esquerda, que não é a sua. Levando em conta os seus 200 anos sem jogar, o português fez uma boa apresentação. Acertou alguns cruzamentos, mesmo com a perna “ruim” (é destro), se enrolou em outros momentos, mas sem comprometer. NOTA 6

21. Salomon Kalou – Entrou no lugar de Lampard, na metade do segundo tempo. Pouco fez, não procurou a bola com o empenho que esperava de um cara com lugar cativo no banco de reservas. Além dessa reserva constante, Kalou deveria ter buscado mostrar mais pela besteira que fez na partida anterior da Champions League, quando cortou uma bola com a mão dentro da área. Lembrando que a bola estava quase na meia-lua, sem perigo algum de gol do Valencia e no finalzinho da partida, quando o Chelsea vencia por 1×0. Marcou um gol oportunista, resultado de um milagre do goleiro do Genk no arremate de Torres, quando a bola sobrou nos pés do marfinense, para que ele empurrasse-a pra rede. NOTA 6

33. Alex – Substituiu Bosingwa faltando apenas 12 minutos para o final do jogo. Pouco fez pelo pouco tempo que teve. Bateu uma falta horrorosa, com até algum espaço pra mandar aqueles foguetes dos velhos tempos. NOTA 5

TREINADOR:

André Villas-Boas: Descreveria sua performance como quase idêntica à da partida anterior, quando disse: “Suas alterações não tiveram qualquer finalidade tática, visando apenas (…) poupar jogadores importantes. Armou bem o time e sempre é fiel à sua filosofia de postura ofensiva em campo”. Repito as palavras porque foi bem isso mesmo que vimos em campo. Daria uma nota melhor que no jogo passado, afinal o time foi melhor em campo, mas acho que nosso jovem treinador pecou em dois momentos. Primeiro deveria ter substituído Lampard no intervalo, pois a partida já estava resolvida, expondo desnecessariamente o craque a lesões e cansaço. Além disso, não conseguiu motivar o time a submeter o Genk a uma goleada histórica. Os jogadores em campo, apesar do placar já elástico, deveriam estar buscando impressionar o treinador, já que muitos não são titulares absolutos no elenco. Soma-se a isso o fato de que um 8×0 motivaria absurdamente o elenco e meteria um certo medo nos adversários, além de escrever o nome de todos os presentes na história. Se o Chelsea quer ser o primeiro clube londrino a vencer a Champions League, fazendo história, dever saber que a história se escreve em capítulos, com começo meio e fim, não apenas com o levantamento da taça. Responsabilizo Villas-Boas pela lentidão do time no segundo tempo. NOTA 6

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Por fim, amigos, destaco a infeliz narração da ESPN pro jogo. Friso que sou profundo admirador do trabalho a emissora, ela é a minha referência esportiva e elogiarei sempre que o trabalho seguir a ótima linha de seus principais profissionais, como Paulo Andrade, por quem nutro especial admiração dentre os narradores brasileiros. Ressalto também que passo longe da linha politicamente correta, razão pela qual me tornei fã de outro profissional da ESPN Brasil, Mauro Cézar Pereira.

Entretanto, criticar é preciso quando o trabalho é ruim. O narrador da partida sequer se apresentou. O comentarista, que foi Alexandre Oliveira (Alê), o chamou de Wiliam por uma vez, única identificação que vi. O trabalho de ambos foi regado a uma incômoda descontração, deboche para com o Genk e o nível técnico de seus profissionais e muitos erros. Parecia até que eram os dois que haviam metido 5×0 nos belgas, e não o Chelsea, tamanho o deboche. O narrador pronunciava o nome dos Blues como “Chels”, fruto de seu inglês “macarrônico” (numa transmissão internacional?) confundia jogadores constantemente (Raul Meireles por Anelka, Ivanovic por Bosingwa etc.), dentre outros equívocos. O que mais me chamou a atenção foi a propriedade com que Alexandre Oliveira afirmou que o trio de ataque titular de André Villas-Boas é composto por Malouda na esquerda, Torres no centro e Mata na direita. O francês esquenta o banco repetidamente na Premier League, enquanto Mata é titular absoluto da esquerda. Cabe a um comentarista conhecer melhor os principais clubes do mundo se quer falar de futebol a uma nação.

Category: Competições

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10 comments

  1. soh por curiosidade sem nenhum tipo de opinião quem escreveu essa matéria tem interesse em ser jornalista ou outra relação com o jornalismo sem ser o site??
    é apenas curiosidade se alguém souber e falar obrigado

  2. soh por curiosidade sem nenhum tipo de opinião quem escreveu essa matéria tem interesse em ser jornalista ou outra relação com o jornalismo sem ser o site??
    é apenas curiosidade se alguém souber e falar obrigado

  3. Fala Luiz! Tudo bem? Cara, fui eu que escrevi o texto e não sou jornalista nem aqui no site, nem em outro veículo. Sou advogado. Escrevo sobre o Chelsea por amor ao clube.

    Sobre o interesse em ser jornalista, nunca pensei nisso, mas estou justamente numa fase de transição profissional. Caso queira um contato mais formal, anote: gustavo.sco@gmail.com

    Abraço!

  4. Fala Luiz! Tudo bem? Cara, fui eu que escrevi o texto e não sou jornalista nem aqui no site, nem em outro veículo. Sou advogado. Escrevo sobre o Chelsea por amor ao clube.

    Sobre o interesse em ser jornalista, nunca pensei nisso, mas estou justamente numa fase de transição profissional. Caso queira um contato mais formal, anote: gustavo.sco@gmail.com

    Abraço!

  5. Detalhe só pra parte em que diz que o Chelsea quer ser o primeiro campeão INGLÊS da UCL. o correto é LONDRINO, inglês já teve vários.

    De resto, boa análise. Discordo do Anelka, não joga nada, wheuwe.

  6. Detalhe só pra parte em que diz que o Chelsea quer ser o primeiro campeão INGLÊS da UCL. o correto é LONDRINO, inglês já teve vários.

    De resto, boa análise. Discordo do Anelka, não joga nada, wheuwe.

  7. Verdade, Tiago. Juro que pensei londrino e sei lá porque escrevi inglês. O próprio Manchester United foi campeão em cima do Chelsea.

    Sobre o Anelka, eu mesmo reconheço a minha “empatia exagerada” pelo futebol do francês. Avaliar a performance dos jogadores é um trabalho impossível de ser dotado exclusivamente de posicionamentos imparciais. É uma opinião (o que é sempre parcial) que tenta ser menos passional.

    Lembrando que opiniões, favoráveis ou contrárias, são muitíssimo bem-vindas.

  8. Verdade, Tiago. Juro que pensei londrino e sei lá porque escrevi inglês. O próprio Manchester United foi campeão em cima do Chelsea.

    Sobre o Anelka, eu mesmo reconheço a minha “empatia exagerada” pelo futebol do francês. Avaliar a performance dos jogadores é um trabalho impossível de ser dotado exclusivamente de posicionamentos imparciais. É uma opinião (o que é sempre parcial) que tenta ser menos passional.

    Lembrando que opiniões, favoráveis ou contrárias, são muitíssimo bem-vindas.

  9. Não assisti á este jogo mas, considerando o que ocorreu contra o QPR, daria ao Villas-Boas nota 7, que mesmo sendo retranqueiro, fez alterações para tapar os buracos, mas nas substituições ele deixou de lado a tática e pensou apenas na operação “tapa buraco”. Não deveria ter tirado o Mata que era um dos únicos com possibilidade de chegar ao gol, quanto ao David Luiz tá de parabéns pela raça, mas precisa deixar de ser menino e aprender a se esquivar de provocações e agir com frieza. A nota é mais “generosa” porque acredito que a valorização dos acerto deve ser levada mais em conta do que as dos erros, e o objetivo foi alcançado, resguardou o time de levar mais um dos “fubás”.

  10. Não assisti á este jogo mas, considerando o que ocorreu contra o QPR, daria ao Villas-Boas nota 7, que mesmo sendo retranqueiro, fez alterações para tapar os buracos, mas nas substituições ele deixou de lado a tática e pensou apenas na operação “tapa buraco”. Não deveria ter tirado o Mata que era um dos únicos com possibilidade de chegar ao gol, quanto ao David Luiz tá de parabéns pela raça, mas precisa deixar de ser menino e aprender a se esquivar de provocações e agir com frieza. A nota é mais “generosa” porque acredito que a valorização dos acerto deve ser levada mais em conta do que as dos erros, e o objetivo foi alcançado, resguardou o time de levar mais um dos “fubás”.

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Article by: Chelsea Brasil

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