O Chelsea viajou à Liverpool para enfrentar o Everton pela terceira rodada da Premier League e bateu o time da terra dos Beatles, em um jogo espetacular, pelo placar de 6 a 3. Os gols foram marcados por Ivanovic, Matic, Coleman(contra), Ramires e Diego Costa, duas vezes. Pelo lado do time adversário, Mirallas, Naismith e Eto’o fizeram.
Início implacável
A primeira etapa começou e Diego Costa não deu muito tempo para os times se estudarem e para começar uma análise. Logo aos 40 segundos, Fàbregas enfiou bola para o atacante hispano-brasileiro entrar na diagonal e, de frente para Howard, abrir o placar. Ótima situação para o 4-3-3 de Mourinho. Isso mesmo! Após alguns anos de 4-2-3-1 em Real Madrid e na última temporada com o Chelsea, o Special One escala seu time nesta temporada com um 4-3-3 com Hazard aberto na esquerda e Willian pela direita, como foi contra o Everton.
O ímpeto inicial não acabou com o gol do dono da camisa 19. Instantes depois, Ivanovic recebeu de Ramires e aumentou o placar. O time do Everton parecia assustado com os gols que tomou logo no começo da partida. A chegada de Cesc Fàbregas e Diego Costa parece ter resolvido os principais problemas ofensivos que os blues tinham nos últimos anos. O dono da camisa 4 reduz um pouco a verticalidade do time azul, notória em temporadas passadas, cadencia e controla o jogo.
E num ritmo ditado pelo espanhol, o time diminuiu a pegada e administrou o placar. O 4-2-3-1 de Roberto Martinez tinha mais posse de bola, mas não conseguia converter em chances claras. Lukaku caía com frequência pelo lado direito abrindo espaço para Naismith poder entrar na área. Mirallas e McGeady se revezavam nas pontas, mas as jogadas não obtinham sucesso.
Se os problemas de ataque do Chelsea parece resolvido com Fàbregas e Diego Costa, os defensivos seguem. No gol de Mirallas, o atacante belga inicia a jogada no meio de campo e chega na área sem marcação alguma para empurrar de cabeça para o fundo das redes no fim do primeiro tempo.
Seis gols e fim de papo
Na volta do intervalo, a equipe de José Mourinho tinha a proposta de dar campo para os donos da casa e em um contragolpe aumentar a distância no placar. No entanto, os Toffes voltaram muito bem para o segundo tempo e dominaram a partida. Era quase um ‘ataque contra defesa’ com o time da casa empurrando os Blues. A válvula de escape foi a mesma da temporada passada. Hazard fez jogada individual pelo flanco esquerdo e chegando dentro dá área cruzou, a bola desviou em Coleman e matou o goleiro Howard.
Era o gol do alívio, mas a comemoração não durou muito. No minuto seguinte, o Chelsea mostrou outra falha defensiva, quando Ivanovic afunilou e cedeu espaço para Naismith atuando quase como um segundo atacante receber dentro da grande área e bater na saída de Courtois. Cinco minutos depois do gol, Matic fez 4 a 2, em chute de fora da área. No minuto seguinte, em cobrança de falta, Eto’o, que entrou no lugar de McGeady, diminuiu. Na saída de jogo, Ramires, que teve mais espaço para sair pro jogo após a entrada de Mikel no lugar de Willian, fez o quinto parecendo finalizar o duelo. No entanto, Diego Costa ainda queria mais. Recebeu bom passe e driblou Distin para dar números finais à partida.
No fim do jogo, Mourinho demonstrou como pode usar o recém-contratado Filipe Luis na equipe. O atleta brasileiro é lateral-esquerdo de ofício, mas entrou no lugar de Hazard atuando como um ala pelo flanco esquerdo.
A seca de gols dos atacantes está resolvida. Diego Costa parece ter nascido pra jogar no Chelsea com Mourinho. É provocador, é rápido e tem bons números para esse início de temporada. Apesar do bom começo do setor ofensivo, a área defensiva tem falhas. Courtois protagoniza grandes defesas, mas o quarteto defensivo tem vacilado. No terceiro gol de Samuel Eto’o, o camaronês subiu sozinho e desviou de cabeça para marcar. O jogo contra o Everton mostra que os erros no ataque estão sanados, mas os das defesa não.
